Fomos abatidos pelos “ados”





Derrubados pelos “ados”

Buenas, tricolada!

Data estrelar de 07 de junho de 2018, rodada #10 do Brasileirão, 20h, e um reincidente Fla-Flu na Capital Federal! Tomem jogos duros pelo Campeonato Nacional , mais uma vez o nosso time esteve desfalcadíssimo, novamente assistimos ao adversário se divertir com a bola, de novo corremos como tresloucados e nos doamos, e pelo terceiro embate consecutivo o Abelão plantou a equipe atrás, assim como nas atuações contra Grêmio e Paraná, e sequer incomodou os quero-queros que visitavam a área rubro-negra muito eventualmente, no ar ressequido do DF!

Perdoem-me aqueles que pretendem somente – eu disse SOMENTE – detonar a diretoria, culpabilizá-la por todos os males que nos acometem, e sei que ela é fragilíssima, incompetente, amadora e despreparada, de fato, mas o Abel Braga tende a despejar esgoto abaixo as boas memórias recentes que conquista, de performances eficientes e expeditas, e resultados até mesmo surpreendentes… Ele sempre agiu desta maneira, desde os idos de 2005, quando dirigiu o Flu pela primeira oportunidade e desandou a entregar o pepino, após um começo promissor e um título do Carioquinha!

Já escrevi aqui e em outras mídias que tornei-me favorável ao 3-5-2 que ele instituiu, porque o time começou a jogar futebol, o que não vinha acontecendo há séculos! Encaramos de igual pra igual algumas equipes que certamente brigarão no topo de todas as tabelas e por todos os títulos, e que dispõem de elencos e de onze titulares bastante aceitáveis para os padrões tupiniquins, como o próprio Fla, no Cariocão, o Corínthias, o São Paulo, o Cruzeiro e o Grêmio, além de quebrarmos uma escrita contra a simpática Chape que me causava insônias e ânsias de vômito sistemáticas! Oras, valia o otimismo que os tricolores vinham demonstrando no decorrer dos 3 últimos meses, por conseguinte – e me incluo neste rol! Apenas os muitos senões nas partidas contra o Avaí, pela Copa do Brasil!

Caramba, abdicar totalmente de agredir os adversários resulta em punições nos resultados e na tábua de classificação: há 3 partidas, brigávamos pela liderança, hoje, estamos a 9 pontos do Fla, faltando duas rodadas para a parada da Copa da Rússia! Jamais incomodaríamos o bem montado time molambo atuando com 3 zagueiros e 3 volantes, dois laterais pouco ousados – na primeira etapa -, além de um centro-avante pesadão, assustado, e que trata a pelota com respeito em demasia! Era óbvio que os caras iriam propor o jogo, no primeiro tempo, portanto, o correto seria manter o tal esquema com 3 zagueiros, que libera os laterais para as jogadas de fundo , mas que escalássemos um ataque veloz e incisivo, com Matheus Alessandro flutuando pelos dois lados, e o Pablo Dyego mais centralizado – e ainda aproveitando-se de sua rapidez para também cair pelos lados de campo! Decerto o Barbieri não liberaria com tanta frequência o Cuellar e o Paquetá para armar as suas jogadas, a partir da meiúca!

Não sou adepto de rótulos, gosto de aguardar longos períodos para formar opiniões e taxar algum jogador de bom ou ruim, mas o meu campo de observação, depois de 56 primaveras, permitiu-me algumas licenças poéticas… Logo, infelizmente, tenho que mencionar alguns deles, que não reúnem o mínimo aparato necessário para pisar em Álvaro Chaves sequer como sócios-torcedores:

Marlon – Lateral esquerdo enrolado, atrapalhado, que raramente bate bem na bola e opta pelas jogadas menos promissoras ou efetivas. Seus cruzamentos via de regra acertam os umbigos dos defensores adversários, no primeiro pau, ou passam por toda a extensão da área inimiga… Pô, o cara não põe uma bola na cabeça de um atacante tricolor!!!! Marca razoavelmente, mas vive desatento – o pênalti que cometeu contra a molambada é prova cabal – e não consegue um triunfo ofensivo no mano-a-mano (contra o Fla, ele esteve por 3 ou 4 oportunidades sozinho contra a marcação do Marlos Moreno e tropeçou na bola). Numa boa, talvez seja melhor trazer de volta o Mascarenhas (de quem não sou fã incondicional, mas…) e devolver o atual titular parrudinho, pela ausência do Ayrton Lucas, ao Criciúma, no final da temporada!

João Carlos – Menino esforçado, lutador, doa-se os 90 min., em suma, trata-se de um trator, mas porque tem mais pneus do que bola pra jogar! Se pintar de amarelo, então… Sem deboches ou menosprezos, que não fazem parte da minha cultura e educação, ele não poder trajar um manto centenário e glorioso como o nosso! Nem na Terceirona eu vi centro-avantes tão desprovidos de uma mínima técnica, e olhem que convivi com Toinzinho, Neinha, Chiquinho, Hélio, Paulinho McLaren (com 104 anos), Gaúcho (com 105), Túlio (com 106), Télvio, Parraro, Ademílson e Jason! Assisti até mesmo ao irmão do Neguinho da Beija-Flor envergar a nossa camisa… Ô, fase! Costumo dar tempo ao tempo para tais avaliações – espero quebrar a cara, ali na frente, com mais esta -, mas as literais pisadas na bola do malandro demonstram o seu desconforto num campo de futebol… Não é a sua praia!

Robinho – Ando com uma vontade tremenda de apelidá-lo de… Cícero! Ô, garoto indolente, preguiçoso, de semblante idêntico em quaisquer jogadas – boas ou más, sem fibra e desentendido do que significam essas três cores a que vem defendendo! Parece o Arlindo Orlando, do inesquecível tricolor Evandro Mesquita: vive de farol baixo! Eu tentaria a sua utilização, nestes dois últimos jogos antes da Copa do Mundo, como centro-avante, e explico as minhas razões: ele tem certa habilidade, portanto, pode atuar de costas pros zagueiros e fazer o pivô a contento, seja tabelando com os companheiros mais próximos, seja segurando a bola na entrada da área adversária para chamar faltas, seja tocando de prima e encontrando um parceiro desmarcado, enfim… Ademais, tem alguma velocidade para puxar os contra-ataques, finaliza bem e pode cair pros lados, para abrir espaços para quem venha de trás! Perderemos nas jogadas aéreas, mas a pelota não tem chegado mesmo, e quando pousa na cabeça do nosso camisa 29 não resulta em nada! É uma tentativa temerária escalar o Robinho mais centralizado? Sim, evidente, mas o pobre João Carlos corre riscos de ser encarcerado pelos frequentes atentados à bola!

Em suma, fomos derrotados por tranquilos 2a0 por conta dos “ADOS”: em primeiro, pelo elenco limitADO! Abad e trupe têm que trazer urgentemente uns 4 nomes para meiúca e ataque, e venho insistentemente batendo nesta tecla! Em segundo, porque o nosso onze ideal tem estado muito desfalcADO! Uma equipe que tem a conta do chá não pode se dar ao luxo de perder três dos seus principais jogadores da atual temporada, o Ayrton Lucas, o Marcos Júnior e o Pedro – e ainda houve a contusão do Pablo Dyego, no comecinho do segundo tempo, quando acabara de entrar em campo! É demais, especialmente por causa da falta de uma boa reposição! E em terceiro e último, em função de adentrarmos as quatro linhas mal escalADOS, como já mencionei em parágrafo anterior! Uma equipe como a do Flu, tradicional e vencedora ao longo de sua trajetória, não pode enfrentar o seu maior rival no Estado como espectadora, então, 3 zagueiros, 3 volantes, dois laterais presos na marcação, um meia somente (aliás, o gringo necessita de um choque de 220v para retomar à sua estrada), e um homem de área apenas esforçado, jamais serão adequados a uma estratégia de combate a uma equipe de peladeiros bem treinada, quanto mais ao Flamengo!

Ainda dá para sonharmos com uma pré-Liberta, ratificando a minha opinião, porque o nível do futebol na Terra Brazilis é bastante baixo, excetuando-se àqueles 3 ou 4 bons elencos a que sempre me refiro, mas para tanto, reitero mais uma vez, porque é premente, basta que a diretoria contrate nesta próxima janela de meio de ano (o mercado Sula estará fervilhando), torcermos para que as lesões minimizem, e para que o Abel Braga retome a sua sanha vitoriosa, de bons ventos, e não reinvente os modismos que sempre auto-destruíram o seu próprio trabalho!

No mais, Fluzão, sempre Fluzão, na cabeça, na alma e no coração!

Saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon


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