Mesmo sem provas contundentes, MP deve acionar cartolas por culpa no “caso Héverton”




Apesar das suspeitas do órgão de que cartolas receberam pagamento para omitir da comissão técnica a informação de que o jogador estava suspenso e não poderia atuar na última rodada daquele torneio, a promotoria ainda não encontrou documentos que comprovem essa teoria.

Mesmo assim o promotor Roberto Senise, que encabeça o inquérito, acredita ter indícios suficientes para que os ex-dirigentes enfrentem uma ação civil pública.

Entre os apontados como responsáveis pelo erro que levou a equipe à segunda divisão estão o ex-presidente Manuel da Lupa, o ex-vice-presidente de futebol Roberto dos Santos e o advogado Valdir Rocha.

A investigação de Senise ainda não foi concluída. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apura o episódio sob sigilo. É provável que nos próximos dias ambos convidem o ex-presidente Ilídio Lico, sucessor de Da Lupa, para esclarecimentos.

Lico afirmou ao jornal Diário de S.Paulo, em entrevista publicada na última terça-feira, que o Fluminense e a Unimed, antiga patrocinadora do clube carioca, estariam por trás do caso – Héverton, suspenso, entrou em campo contra o Grêmio e fez com que a Portuguesa perdesse quatro pontos no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Pouco depois, voltou atrás e afirmou ter sido mal interpretado. Lico afirmou que pretende se explicar através de nota oficial.

 Da Lupa enviou a Senise pedido para que Lico seja convocado a prestar depoimento após as declarações e ainda encaminhou, ao senador Romário, documentos para que o “caso Héverton” seja investigado plea CPI do Futebol.

Por Explosão Tricolor / Fonte: GloboEsporte / Foto: Futura Press