A negligência da diretoria do Fluminense

A negligência da diretoria do Fluminense (por Leandro Alves)

A diretoria do Fluminense não aprendeu com os muitos erros da temporada passada. Novamente, os dirigente tricolores negligenciaram posições carentes que precisam ser reforçadas. Vou citar especificamente a posição de centroavante, que ficou ainda mais enfraquecida neste início de 2025.

A direção vendeu o Kauã Elias e contratou o Everaldo para ser o reserva imediato do Germán Cano. Isso é incompreensível. Principalmente se lembrarmos que o Fluminense vai disputar o Super Mundial de Clubes da FIFA.

A situação só não está pior porque o Germán Cano se recuperou dos problemas físicos e voltou a jogar bem. Caso contrário, o Fluminense teria pouquíssimos gols no ano.

Ainda sobre o Everaldo, ele vai fazer alguns gols. Inclusive já balançou as redes com a camisa tricolor. Porém, é um atacante que está muito abaixo do Germán Cano. Não passa confiança ao ponto de ser titular em grandes jogos da temporada.

O Fluminense precisa de um centroavante que chegue para ser titular. Hoje, o Tricolor segue dependendo do Germán Cano. A dependência, inclusive, é ainda maior após a saída do Kauã Elias.

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Por falar em Kauã Elias, onde foi parar a grana da venda do garoto? Parte do dinheiro seria usado para a contratação do Rony. O atacante trocou o Palmeiras pelo Atlético-MG, e o Fluminense, que estava disposto a gastar R$ 50 milhões, se contentou com o Everaldo.

Para completar, a diretoria fez a cagada de emprestar o John Kennedy para o Pachuca. Eu cansei de avisar que isso seria um erro. Não estou dizendo isso pelo simples fato de o Urso estar voando baixo no futebol mexicano. A grande questão, independentemente do momento dele no México, é que o Fluminense perdeu um grande jogador. Uma peça que foi fundamental na conquista do título inédito da Libertadores.

Eu sei que o John Kennedy tem muita dificuldade de se manter focado no Rio de Janeiro. De fato, o desempenho em 2024 foi ruim, muito por conta dos novos problemas extracampo. Porém, ele é um jogador tão bom e decisivo, que eu jamais abriria mão dele de forma tão indiferente caso fosse dirigente do Fluminense.

Ninguém tem bola de cristal. Quem garante que o John Kennedy não entraria na linha caso tivesse continuado no Tricolor. Hoje, talvez, ele fosse o camisa 9 titular do Fluminense.

Os 9 gols em 12 jogos pelo Pachuca não me surpreendem. Motivado e focado, o John Kennedy vai render dentro de campo. Infelizmente, não está sendo no Fluminense.

E o pior de tudo é que vamos perdê-lo em definitivo. Hoje é quase certo que o Pachuca vai exercer a opção de compra do Moleque de Xerém. Os seis milhões de dólares não serão um problema para os mexicanos.

Enfim, se não contratar um centroavante de peso, o Fluminense vai sofrer na sequência da temporada, até porque o Germán Cano, que já tem 37 anos, não vai poder atuar em todos os jogos.

E eu citei apenas um dos problemas. A lateral-direita também precisa ser reforçada; a lateral-esquerda só tem o Fuentes com capacidade de ser titular; o Thiago Silva não tem um bom companheiro de zaga; o Mano Menezes não consegue fazer o time jogar… São situações que a diretoria tricolor precisa corrigir urgentemente.