A realidade do Fluminense e a missão da torcida




A torcida do Fluminense sempre apoiando! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
A torcida do Fluminense terá que apoiar muito! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

A bola vai rolar para o Fluminense no Campeonato Brasileiro. Logo de cara, uma pedreira: América-MG, atual campeão mineiro, na casa deles. Parada duríssima! E por falar em dificuldade, preparem-se: estas seis primeiras rodadas serão um verdadeiro “vai ou racha” para o Fluminense: quatro jogos fora (América-MG, Palmeiras, Atlético-MG e Chapecoense), um clássico (Botafogo) e um em casa (Santa Cruz). Na minha visão, se conseguirmos papar uns 10/11 pontos destes 18 que disputaremos, já estará de bom tamanho.

Infelizmente, não temos grana para montar um timaço. A realidade não é das melhores, mas analisando o cenário geral dos clubes, chegamos a conclusão de que não estamos sozinhos nessa. Atlético-MG e Santos estão com os melhores times, mas mesmo assim, não são grandes esquadrões, como por exemplo, o Fluminense de 2012 e o Corinthians de 2015. O campeonato está muito nivelado, quem tiver organizado em todos os aspectos e, principalmente, bem resolvido nos seus bastidores internos, terá chance de fazer alguma graça. Pois é, o grande problema do Fluminense nos últimos anos tem sido justamente ele mesmo. O campeonato de 2015 é o maior exemplo disso, pois chegamos a estar com as mãos na liderança na reta final do turno, para depois terminarmos lutando para não cair.

Contratações sempre serão necessárias. No caso do Fluminense, é de extrema urgência, entretanto, não adianta alimentarmos a esperança de que chegará algum cara para estremecer a estrutura das Laranjeiras, e fazer com que a torcida exploda de felicidade. Além da falta de um patrocinador máster, faltam boas opções no mercado. Hoje, temos três níveis de jogadores disponíveis: pereba de empresário que possui algum conchavo com dirigente, promessa sul-americana que esteja se destacando na Taça Libertadores e brasileiros que não engrenaram na Europa. Se eu fosse dirigente do Fluminense, nem pensaria duas vezes: uns quatro sul-americanos para deixar este time mais aguerrido dentro de campo. Estes caras geralmente não morcegam!

O Fluminense corre o sério risco de vender o Gustavo Scarpa. Caso isso realmente aconteça, será trágico. Não, ele não é o Maradona, mas é o nosso único meia de criação que faz a diferença de verdade. Mesmo tendo uma boa arrecadação com a possível venda, o que deixaria o clube em boas condições de tentar um camisa dez renomado, teremos sérios problemas para encontrar um jogador qualificado e em boas condições de entrar no time de imediato.     

Deixando os aspectos técnico e financeiro de lado, só me resta dizer o seguinte: vamos apoiar o Fluminense nesta guerra que é o Campeonato Brasileiro. A opção de jogar em Edson Passos nos fará reviver os tempos de “alçapão” das Laranjeiras. O estádio do América lotado poderá fazer a diferença em todos os sentidos. Além da pressão no adversário, teremos a oportunidade de envolver os jogadores de forma mais intensa. Um grande aproveitamento no nosso “alçapão” fará a diferença de alguma forma. Pode acreditar que sim. 

A realidade do Fluminense é dura, mas com o apoio da torcida, dá para encararmos com dignidade. Não é para taparmos o sol com a peneira, fingir que não há problemas, entrar na paranoia de que uma crítica significa estar jogando contra… Nada disso! Mas temos a missão de jogar junto com o time. É o que podemos fazer. No restante, a bola está com a diretoria e o time.

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Tirando o Osvaldo, gostei da escalação do Levir Culpi: Diego Cavalieri; Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Edson, Cícero, Gustavo Scarpa, Richarlison e Osvaldo; Fred. Eu meteria o Marcos Junior no lugar do Osvaldo, mas… Espero que o cara queime a minha língua fazendo o gol da vitória! 

2 – Maranhão? O último Maranhão que apareceu na mídia deu uma confusão danada! Deixando de lado a brincadeira, pergunto: até quando teremos que abrigar alguns perebas entubados por empresários? Qual o interesse do Fluminense nisso? Mais um Felipe Amorim da vida? 

3 – Alô, Jorge Macedo! Tá na hora de fazer um tour pela América do Sul. Em 1983, o Fluminense garimpou pelo sul do país para montar um dos maiores times da história do clube.  

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor 

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