Abad e Abel




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A atuação do Fluminense no imbróglio envolvendo a presença das duas torcidas para a final da Taça Guanabara foi grandiosa? Institucionalmente falando, diria que foi monstruosa! Além da fidalguia, enraizada no hino mais bonito do planeta, o clube salvou um dos mais belos cartões postais do Rio de Janeiro: o Fla-Flu.

Não há como deixar de destacar a postura do presidente Pedro Abad. Não entrarei na discussão se estava certo ou não, mas só dele ter bancado publicamente um posicionamento e ter ido com ele até o final, mostra uma firmeza que não víamos há tempos no Fluminense. 

Com toda sinceridade, na metade da tarde de ontem, cheguei a pensar o seguinte: “Esqueça o Flamengo, porra! Já fizemos o que tínhamos que fazer para tentar colocar as duas torcidas. Se a justiça não quer, paciência! Só não pode a torcida do Fluminense ser punida no lugar de outras que protagonizaram o maior massacre da história do futebol carioca. Portões fechados para a torcida do Fluminense é sacanagem!”

Isso aí, na reta final, pensei desta forma mesmo por achar injusto ficarmos de fora do estádio. Estava errado? Alguns dirão que sim, outros que não… Não me importa! Houve uma visível jogada de mestre entre as duas diretorias, uma verdadeira carta na manga para ser usada no momento certo. Isso é fato. O argumento de que as duas torcidas invadiriam as ruas do Engenhão durante o jogo obrigaria a ter um efetivo da PM igual ou até superior a de um jogo, foi um belo xeque-mate!

Por mais que tenha sido polêmico para alguns, o Fluminense agiu corretamente. Mais uma vez fez história e mostrou o quanto é gigante. Fato!

Hoje, a imprensa está exaltando a postura do clube, mas fica uma pergunta: e se fosse ao contrário, ou seja, a cassação da liminar beneficiasse o Fluminense? Agora, todos estão falando que salvamos o futebol carioca, mas se mandarmos a real pra valer, a torcida do Flamengo é que acabou sendo a maior beneficiada. Como eu disse mais acima, torci para que conseguissem derrubar essa liminar, afinal de contas, o clássico das multidões com uma só torcida ou portões fechados mancharia totalmente a história do Fla-Flu e, principalmente, do futebol carioca, que diga-se de passagem, respira por aparelhos no CTI.

Ainda sobre a imprensa, vale destacar que, na última quarta, ela fez piadas com o Fluminense por causa do não rebaixamento de nenhuma escola de samba do Carnaval do Rio devido aos dois gravíssimos acidentes ocorridos na Sapucaí. Alguns grandes órgãos fizeram questão de associar a imagem do Fluminense ao “Tapetão”. E mais uma vez fomos viralizados pelas redes sociais em forma de chacota. Pois é, o mundo dá voltas… Dois dias depois, os caras tiveram que procurar um buraco para se esconder ou dar um discurso exaltando o Fluminense.

E o Abel Braga nessa história? O nosso comandante não fugiu da dividida. Sem papas na língua, Abelão falou o seguinte:

“Eu era a favor da liminar. Era uma maneira de educar a população. Com torcida mista, não deixaria meu filho ir ao estádio. Meu filho só iria ao estádio, mesmo com torcida única, se fosse sem a camisa do clube dele. Ele pode ser linchado em qualquer lugar”.

“Como que pode não ser no Maracanã, e o Flamengo vai jogar lá na quarta-feira (contra o San Lorenzo pela Libertadores). Quem que não deixou? Pode me dizer? É estranho. O Fluminense está ficando parceiro de muita gente”.

Meus amigos e minhas amigas, é por isso que gosto pra cacete desse cara. Com ele não tem tempo ruim. Se gostou, beleza, se não gostou, tenha peito pra encará-lo ou se encolha no canto. Sobre a primeira declaração, não tenho como discordar dele. Com relação a questão do Maracanã, quem me acompanha aqui no Explosão Tricolor, sabe que levantei essa bandeira nos últimos dias.

Ninguém aqui quer guerra. Apenas queremos transparência. O Fluminense possui contrato com a administradora do Maracanã. E o Flamengo bancou as contas atrasadas e reparações necessárias para colocar o estádio em condições de uso. Não há certo ou errado nessa história. Só não tentem me convencer que o Flamengo fez uma boa ação e não será ressarcido do valor investido, pois foi essa ideia que a imprensa vendeu para exaltá-lo e acusar o Fluminense de omissão. Ninguém faz nada de graça. Muito menos a competentíssima diretoria do Flamengo, que de boba não tem nada. Essa ideia que a imprensa vendeu de que o Flamengo é o “Salvador da Maracanã” é bastante perigosa. Espero que a diretoria tricolor fique com os olhos bem abertos nas negociações envolvendo o Maracanã. Temos um contrato de 32 anos…  

Apesar de todos os problemas, o Fluminense saiu bastante fortalecido. Espero que essa vitória moral seja o ponto de partida para o clube liderar movimentos mais ousados. Temos o DNA vanguardista, a história do futebol brasileiro mostra isso. 

É isso. A bola agora está com a torcida. Aqui no site, por exemplo, recebemos diariamente, no mínimo, 35 mil leitores. Para lotar o nosso lado no Engenhão, o Fluminense só precisa de uns 18 mil guerreiros e guerreiras. Será que é pedir muito?  

Vamos à luta! 

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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