Alguém do Fluminense entende de futebol?




Fred
Um Fluminense apático e sem poder algum de reação (Foto: Fluminense F.C.)

Só para começar: na minha visão, o Atlético/MG possui um dos três melhores times do país. Desculpa para o vexame? Não. Mesmo tendo essa visão, não dá para aceitar o vareio de bola que levamos dos mineiros. Foi humilhante e extremamente constrangedor. 

Começarei falando do treinador, se é que podemos chamá-lo assim. Culpa dele? Não. Mas ele não pode ser treinador do Fluminense ou de qualquer outro clube grande. O currículo dele mostra isso. Quando foi contratado, fiz um pacto comigo mesmo de não criticá-lo por causa do seu histórico profissional. Na época, considerei que ele estava chegando no fogo da reta final do Estadual. No jogo decisivo contra o Botafogo, a desastrosa escalação do Vinícius como atacante acabou confirmando algo que sempre falei na minha vida: “Nunca confie em pessoa cheia de teorias em um trabalho que exige visão, lucidez, raciocínio rápido e sabedoria”.

Hoje, além de time e elenco, faltou treinador para ter “aquilo roxo” e tentar mudar algo ainda no primeiro tempo. O vareio de bola que levamos foi um esculacho total. Colocar Wagner e Magno Alves na metade do primeiro tempo mudaria a história do jogo? Acho até que não, mas alguma atitude tinha que ter sido tomada para tentar reagir. Fomos esmagados sem dó nem piedade. Levamos dois gols, duas bolas no travessão e o Cavalieri ainda fez algumas defesas. 2 a 0 foi lucro. Era para ter sido uns 6 a 0 nos primeiros 45 minutos. O Ricardo Drubscky não é o principal culpado, mas não é treinador para o Fluminense.

E o time? Apatia total e um show de horrores. Cavalieri falhando e mostrando muita insegurança. Nas laterais, dois inoperantes com uma zaga totalmente perdida. Os três volantes entraram na roda dos mineiros. O garoto Gerson já acusou o golpe do peso da responsabilidade e está na hora de sentar no banco. Vinícius tem cara de décimo segundo jogador e olhe lá. O Fred é o reflexo do restante do time e não pode fazer milagre sozinho. No banco, uma pobreza técnica de dar dó. Só um atacante quarentão e um ex-camisa 10 que virou um camisa 5.

Não ficarei aqui caçando bruxas, apontando culpados ou profetizando o apocalipse, mas é bom lembrar que a atual Diretoria já conseguiu rebaixar o Fluminense uma vez e com um pequeno detalhe: tendo o milionário patrocínio da Unimed. Ano passado, mesmo com um elenco recheado de craques, o Fluminense foi incapaz de beliscar uma vaga na Libertadores. Hoje, sem o aporte financeiro do ex-patrocinador, confesso que estou no muito preocupado. Que fique bem claro: isso aqui não é discurso político. É apenas uma séria preocupação com uma gestão que já mostrou que não entende rigorosamente nada de futebol.

Apesar da humilhação, estarei lá no Maracanã, no próximo domingo, apoiando durante os noventa minutos, mas sem tapar o sol com a peneira ou criar grandes expectativas. 

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Perder faz parte. Mas levar de 4 e sair com a sensação de que ficamos no lucro é algo terrível que serve para reflexão da turma que ainda não caiu na real.

2 – O Lucas Pratto na área do Flu parecia um “Caveirão do Bope” invadindo uma comunidade carioca. Desespero total dos nossos zagueiros.

3 – Definitivamente, o Wagner é o marcador mais caro do país. Criatividade: ZERO. Resta saber se ele está se escondendo do jogo ou está cumprindo ordens do treinador.

4 – O treinador é catedrático, escritor, culto e o cacete a quatro. Mas futebol que é bom, o cara não entende nada. Jean na ponta esquerda? Vá inventar assim lá na p@%# q@$#%#&*! 

5 – Espero que a política não sirva como justificativa para tanta incompetência. 

Saudações Tricolores

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor