Alianza Lima x Fluminense: “quarta-feira é guerra”




Libertadores

Alianza Lima x Fluminense: “quarta-feira é guerra”

(Por Lindinor Larangeira)

A capital peruana nos traz boas lembranças. Lá começou a nossa trajetória rumo a conquista inédita da Libertadores. Uma vitória tranquila e sem sustos sobre o bom time do Sporting Crystal. Agora, o adversário é outra das mais tradicionais equipes do futebol do Peru, o Club Alianza Lima.

Time mais popular do país, o Alianza tem uma torcida apaixonada, que costuma jogar junto. Segundo maior vencedor de títulos nacionais, com 25 campeonatos, e atual vice-campeão, ocupa, neste momento, a quinta colocação no Torneio Apertura Liga 1. Em 2024, vai disputar sua 29ª Libertadores. Detalhe: perdeu muito mais do que ganhou na maior competição continental.

Deixando um pouco a história de lado, vamos ao presente. Noves fora a tradição e o peso da camisa, o Alianza de hoje é um time que tem mais defeitos do que virtudes.

Os jogadores mais perigosos são os veteranos Barcos, nosso velho conhecido, e o panamenho Waterman. O pirata argentino dispensa comentários. Mesmo aos 39 anos, continua a ser um centroavante que dá muito trabalho as zagas adversárias. Já Waterman, atacante experiente, de 32 anos, tem força física, velocidade e alguma habilidade. É uma dupla de ataque que se completa bem, principalmente no jogo de bola longa e transição rápida do time, que normalmente joga em um 3-5-2, com variações.

Mesmo com uma linha de cinco no meio, o Alianza costuma dar muitos espaços aos adversários, por não exercer uma marcação muito agressiva e ter um jogo pouco consistente de passe e posse de bola. O destaque do meio-campo é o uruguaio Rodriguez, que dita o ritmo do time. Outros jogadores que merecem atenção são o zagueiro e capitão Zambrano, principalmente nas jogadas de bola parada, e o zagueiro de origem, que atua como ala, Freytes, que se transforma, muitas vezes, em verdadeiro ponta.

O principal problema do Alianza talvez seja na marcação pelas laterais do campo, onde, normalmente aparecem os espaços para os adversários. A zaga também não é lá muito firme no jogo aéreo.

Mas como cada jogo tem a sua história, não se animem muito com o meu diagnóstico. Será uma partida de vida ou morte para os locais, que deverão exercer uma pressão inicial, no embalo da sua torcida. Se essa situação se configurar, o Fluminense tem que estar bem postado em campo para não permitir a pressão e também evitar o veloz jogo de transição, além da bola longa, que tantos problemas tem nos causado este ano.

Em condições normais de temperatura e pressão, o tricolor é muito favorito. Mas tem que entrar focado, desde o apito inicial do bom árbitro uruguaio Andrés Matonte. Praticar seu jogo de posse de bola, jogando no campo do adversário. E, sobretudo, explorar os lados do campo, buscando a profundidade, o que não tem sido uma das características do time na temporada.

A sorte está lançada. “Quarta-feira é guerra!”

Feliz Páscoa pra vocês!

PS: hoje é Sábado de Aleluia. Quem é o seu Judas no futebol? O meu é o árbitro Raphael Claus. O juiz paulista apitou 33 jogos do Fluminense. Foram 20 derrotas, 8 vitórias e 5 empates.