Alô, Roger Machado!




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)

Honestamente, não tenho muito o que falar da vitória do Fluminense sobre o Criciúma por 3 a 0, que garantiu uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Em termos financeiros, a classificação foi de extrema importância, pois o clube embolsou R$ 3,45 milhões. Caso avance à semifinal, o prêmio será de R$ 7,4 milhões. Porém, em relação ao campo, não dá para esconder a preocupação.

O Fluminense venceu, mas em nenhum momento convenceu diante de um adversário bem inferior tecnicamente, mas que mostrou uma surpreendente organização tática. A sorte de marcar um gol logo no início do jogo e outros dois após uma pressão do Criciúma durante os primeiros minutos da etapa final acabou fazendo a diferença.

Em entrevista coletiva concedida após o jogo, o técnico Roger Machado desabafou sobre as críticas dos torcedores, conforme segue abaixo:

“Gostaria de falar para o torcedor que quando a gente tiver condições de atuar bem tecnicamente, nós vamos buscar fazer. Nós não temos um super time, temos um time competitivo. Vamos vencer pela nossa competitividade e pela entrega. Não vamos fazer um futebol brilhante como talvez o torcedor mereça ver dentro de campo, e viu nos seus melhores momentos. Esse grupo se caracterizou por essa virtude, não desistir, ir até o final. Se a gente não conseguiu jogar, vamos encontrar outras maneiras de sobrepor as adversidades. O que digo para o torcedor é isso: acreditar sempre. Mesmo que não se sinta representado dentro de campo, esse time vai competir até o final. Das poucas faixas que tinham, talvez a única, tava escrito “não desistam nunca, lutem até o fim”. Esse talvez seja o significado do nosso time”.

Concordo sobre o que ele falou da competitividade da equipe. Na verdade, sempre reconheci isso aqui no espaço e em outros lugares. Contudo, a minha crítica sempre foi direcionada em relação ao aspecto tático. A proposta de jogo escolhida é mais conservadora? Ok, sem problema! Porém, não apresentar uma organização para contra-atacar é algo inaceitável. Assim como é inaceitável, após cinco meses de trabalho, o Fluminense apresentar dificuldade em propor jogo diante de um time da Série B do Catarinense e Série C do Brasileirão.

Infelizmente, o time segue muito engessado. No meio, Martinelli e Yago Felipe voltaram a ficar sobrecarregados. Já o Nenê segue sem ser o camisa dez que o time tanto necessita há tempos. O camisa 77 amarra o jogo justamente numa faixa de campo onde é de fundamental importância que a bola seja trabalhada com velocidade.

Sobre o Fred, remarei contra a maré das críticas ao camisa nove. Primeiramente, os laterais quase não acertam cruzamentos, os pontas atacam poucas vezes e os meias não encostam com frequência. Sendo assim, como é que ele vai aparecer? Mesmo com 37 anos, o Fred ainda tem alguma lenha para queimar. Na única bola que recebeu, ele deu um passe na medida para o Luiz Henrique marcar o terceiro. Não tenho dúvida alguma em afirmar que se ele receber três bolas por jogo, um gol é certo, mas a redonda tem que chegar, caso contrário, será um a menos em campo.

Ainda sobre o desabafo do Roger Machado, ele pede para o torcedor acreditar sempre, porém, também deixarei o meu pedido aqui só que para o próprio Roger:

“Roger, acredite no talento da garotada, dê organização ao time na hora de contra-atacar, apresente variações táticas, crie jogadas ensaiadas, trabalhe triangulações, explore o diferenciado poder de finalização do Fred e deixe o Nenê no banco. É possível entregar um Fluminense bem melhor do que o atual. Basta fazer o básico…”.

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Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo



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