Analisando as receitas do Flu – Parte II

14 de março de 2017 Explosao Tricolor EXPLODE TORCEDOR!

Diversas 2013 128 — A arquibancada tem voz no Explosão Tricolor! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Amigos tricolores, no último texto analisamos o cenário do programa de Sócio Torcedor do Fluminense e chegamos à conclusão de que ainda há muito a melhorar.

Notei nos últimos dias algumas tentativas de alavancar o quadro de sócios, uma delas eu particularmente gostei muito: Os sócios mais assíduos do clube (aqueles com maior presença nos últimos jogos do Fluminense) ganharam a oportunidade de viajar com a delegação do Fluminense, uma ação que aproxima o torcedor do time e incentiva a adesão da galera ao programa. Bola dentro da diretoria!

Enfim, dando sequência ao nosso bala , falaremos hoje de um tópico desta matriz que inclusive está diretamente ligado ao Sócio Torcedor: A bilheteria.

Esse assunto hoje representa uma triste realidade para o clube. E é simples de explicar: O Fluminense não arrecada com a venda de ingressos. Basta dar uma rápida olhada no público e na renda dos últimos jogos. No estadual, houve déficit em todas as partidas disputadas com exceção da final da Taça Guanabara para o Flamengo. E não pensem que é só porque estamos sem o Maracanã.

Ano passado, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, jogamos contra o Atlético-PR diante de 40 mil pagantes no Maraca. Ao fim da partida, prejuízo de R$ 50 mil. Explica-se: Naquele jogo, o Fluminense bancou os custos de operação para poder jogar no Rio, já que a concessionária que administra o estádio não queria fazer isso enquanto estava em litígio com o Comitê Organizador das Olimpíadas, a Rio 2016.

Aí é que está o dilema: Com o contrato em vigor, jogar no Maraca era rentável para o Flu, e o clube obtia boa arrecadação quando jogava para grandes públicos. Mas agora, com a Odebrecht em vias de deixar a administração da “Arena Maracanã”, como ficará a nossa situação?

Na sexta passada, o Fluminense divulgou nota oficial à respeito do assunto, revelando ter reunião marcada com o consórcio para debater sobre o futuro do Maracanã. Mas o fato é que é preciso agir rápido. Dia 5 de Abril, o Fluzão estreia na Sul-Americana em duelo contra o Liverpool-URU em casa. Disputar esse jogo no Maraca é quase uma obrigação, seria o primeiro passo para passar a lucrar em boa quantidade com bilheteria, afinal o torcedor costuma se empolgar quando se trata de uma competição internacional. Na semana passada, o Flamengo jogou contra o San Lorenzo no estádio pela Taça Libertadores, e obteve uma renda de cerca de R$ 3 milhões. Nós podemos fazer isso. Temos uma torcida apaixonada e que também precisa fazer sua parte se quiser ver um Fluminense forte, portanto, esperamos que a diretoria sequer pense na hipótese de levar o jogo para Edson Passos, lugar no qual sempre fomos muito bem acolhidos, mas que não condiz com o tamanho da nossa instituição.

Fica a torcida para que a diretoria, especialmente nosso departamento de marketing, estude diferentes formas de trazer o torcedor para perto, independente de onde o Flu for jogar. A ação com os sócios é parte fundamental nesse processo, assim como a fase do time em campo e o próprio esforço da torcida.

No mais, vence o Fluminense sempre!

Curtas

⁃ Ao que tudo indica, mais uma temporada sem patrocinador master.

⁃ O Fluminense tem que dar prioridade total à Copa Sul-Americana, afinal é um torneio mata-mata que temos totais condições de vencer.

⁃ Abel, em quase todos os jogos, tem dado oportunidades à Marquinho e Marcos Junior no decorrer das partidas e esses não costumam corresponder. Hora de testar outras opções.

⁃ Já estamos na semi, mas não podemos esquecer a Taça Rio, pois é importantíssimo ter a vantagem do empate nos jogos decisivos.

Saudações Tricolores!

Lucas Aquino

Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor