Ano novo, velhos problemas

O efeito prodrômico no jogo contra o Shakhtar se consolidou na partida contra o Internacional, qual seja, falha periódica e decisiva do Gum, engessamento do meio de campo, lentidão na saída de bola, inexistência de transição, o que já vem acontecendo desde 2015.

Estimados leitores e leitoras, cuida-se de um dado concreto cuja desculpa de início de pré-temporada nem de longe merece prosperar.

É claro que ainda não temos um time pronto, ao reverso do Atlético Mineiro que já tinha até retornado ao Brasil com a Taça da Florida Cup de baixo do braço, deixando todos os demais times com “cara de Pateta”.

Lamentavelmente, jogadores como Gum, Pierre, Osvaldo e Jonathan não darão certo esse ano, pois o Técnico Eduardo Baptista, em relação aos três primeiros jogadores, insiste na pecha de não deixá-los no banco, sendo que, com relação ao último, sem se conformar com a obviedade de que só temos o W. Silva, mais uma vez começa improvisando o Higor Leite, volante de ofício, como lateral direito.

Ilusão acreditar que tanto no primeiro jogo, quanto no segundo, fizemos um bom segundo tempo, até porque, em ambas as partidas, saímos atrás do placar.

Ressalto não ter mania de perseguição com ninguém, entrementes, o saldo da Flórida Cup foi 2 X 0 Gum. Separei as duas fotografias mostrando, nos dois duelos, os erros crassos de posicionamento do mencionado zagueiro, decisivos para levarmos o gol.

Indene de dúvidas, a dupla de zaga deveria ser formada por Henrique e Renato Chaves, que na partida de ontem mostraram a importância da zaga na saída de bola – coisa que o promissor Marlon ainda não tem – junto com o primeiro volante, que ao meu sentir tem que ser o Douglas.

Edson está fora de forma, mas já deu amostras de que será bem mais útil do que o Pierre.

Neste eito, se ficarmos com Henrique e Renato Chaves, com Douglas e Cícero logo a frente para fazer a transição para o ataque, temos o Gustavo Scarpa e, com o passar do tempo, Diego Souza, outro que, visivelmente, está muito aquém do que pode produzir.

Lá no ataque, sinceramente me surpreendi positivamente com o Richarlison: o garoto, de apenas 18 anos, brigador, apanhou para cacete, estava em todo o lugar do campo, sem ter com quem jogar.

Injustamente substituído, posto que, para quem está em plena forma, já que o torneio foi encarado pelo Fluminense como “preparação”, melhor seria preparar quem estivesse fora de forma.

Dessarte, espero que os velhos problemas sejam imediatamente corrigidos, o que é factível e possível de se fazer, bastando não começar as partidas com as formações e jogadores até então utilizados que em nada acrescentaram.

Rápida Triangulação:

– noticiou-se novamente na imprensa esportiva que o clube Ucraniano se interessou pelo Danielzinho, propondo uma troca provisória pelo W. Nem, num período de um ano, com fixação recíproca de opção de compra. Dependendo do valor fixado como opção de compra, desde que não seja irrisório e desde que o Flu tenha ao menos 60% dos direitos econômicos do jogador, sou a favor. O Danielzinho não vai colocar Diego Souza no banco, sendo que, se só temos Fred e Richarlysson para toda a temporada, mais o instável Magno Alves, o W. Nem seria um jogador importantíssimo no nosso time, dentro do modelo atual.

– preocupante ver a maneira que o Fluminense vem tratando a sua marca internacionalmente, sem levar as partidas a sério. Atlético Mineiro e Corinthians mostraram que não estão de brincadeira. Muito se falou sobre desmanche do Corinthians, mais vendo, simultaneamente por meio de divisão de tela a partida do “timão” contra o Shakhtar, começo a desconfiar que o Tite realmente é mágico, estando num nível bem acima dos demais treinadores brasileiros;

– a partida contra o Internacional mostra bem o que vamos encontrar esse ano: marcação dura, com muitas faltas, jogo pegado, espaço encurtado e muita gurugumba no quadril, coxa e canela dos nossos jogadores.

Marcos Tulio / Explosão Tricolor

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