Após golaço contra o Vasco, Germán Cano concede entrevista ao diário Olé, da Argentina; veja todas as respostas do atacante






Argentino concedeu entrevista ao tradicional jornal argentino “Olé”

Autor de um gol antológico na vitória do Fluminense por 2 a 0 sobre o Vasco da Gama, na noite do último domingo, no Maracanã, o atacante Germán Cano concedeu entrevista ao diário ao “Olé“, da Argentina, nesta segunda-feira. Confira abaixo todas as respostas do artilheiro tricolor:

Golaço contra o Vasco 

“É incrível. Foi uma noite sonhada, não achava que faria um gol do meio de campo. Ficou marcado para todos nós. Para minha família, em especial, que estava no estádio e também para todo mundo que gosta de futebol. Vai ficar na história do Maracanã que tem muitos anos de história e partidas com gols incríveis. Ficar marcado na história desse estádio é um orgulho muito grande. Estou muito feliz de fazer esse gol, tentei várias vezes, mas nunca tinha dado certo. Foi maravilhoso fazer esse gol assim, tudo foi perfeito para que fosse dessa maneira.

Tentativas anteriores 

“Geralmente, quando as nossas linhas estão atrás do meio, o goleiro do time adversário tende a sair um pouco da sua área. A gente vê isso nos treinamentos, sempre temos a possibilidade de fazer. Em várias oportunidades eu fiz. Agora recebi um vídeo de algumas partidas do Brasileirão de 2022, tentei várias vezes, mas nunca tinha acontecido. Ou o chute saía curto ou mandava depois do gol. Tinha pensado em fazer em alguma partida do Brasileirão. Busquei, tentei e, graças a Deus, consegui fazer.”

Sensação de marcar contra o ex-clube

“É lindo fazer um gol no rival que é o nosso clássico. Joguei no Vasco entre 2020 e 2021 e tenho as melhores lembranças da minha equipe, que respeito muito. Enfrentá-los foi especial. Jogo todos os jogos como se fosse uma final, e fazer esse gol vai ficar marcado no meu coração, é o mais bonito da minha carreira.”

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Principal objetivo para a temporada 2023

“Ser campeão do Mundial de Clubes, é o meu sonho. Ser campeão da Libertadores e do Mundial, é meu sonho. Os sonhos existem para serem realizados. Essa é a minha meta daqui até dezembro. Espero que consiga cumprir. É meu sonho pendente. Espero que com a ajuda do trabalho, dos meus companheiros e apoio de todo mundo possamos chegar até lá e ver que nada é impossível nesta vida.”

Como foi o ser quinto artilheiro do mundo em 2022, com 44 gols?

“É algo inimaginável. Você trabalhar para ajudar a equipe, fazer gols. Não imaginava marcar 44 gols em um ano, é inédito, e nenhum de pênalti. Tive várias chances de fazer de pênalti e não quis bater. Meus companheiros me ofereciam para bater e eu dizia que não porque tinha melhores do que eu para cobrar. Fazer 44 gols e nenhum de pênalti é incrível. Tudo isso mostra que vale a pena trabalhar, ficar depois dos treinos praticando finalização. Você vê os resultados ao fim da temporada. Ficar entre os artilheiros de todo o ano é um orgulho e um prazer muito grande. Trabalhei para isso. Nunca me conformei com nada e sempre fui em busca de mais.”

Pensa em ser artilheiro da Libertadores?

“Nunca pensei em ser artilheiro de nada. Sempre fui jogo a jogo. Confio na minha capacidade dentro de campo, cada vez que jogo penso que é uma final. Depois, no fim, você vê os números para saber se foi bem, se trabalhei para isso, pude ser artilheiro ou campeão. Isso reflete mais do que definir uma meta.”

Teve possibilidade de jogar na Argentina ou a situação econômica do país impediu isso?

“Não foi a parte econômica. É mais um tema familiar. Há muito tempo deixei a Argentina e praticamente me formei fora do país. Morei muito tempo no exterior e, por uma questão familiar, decidimos não voltar, principalmente por como é o país, mas além da economia. Hoje minha vida está no Rio de Janeiro, no Fluminense, tenho mais três anos de contrato. Tenho 35 e ter mais três anos num clube que me valorizou muito é muito importante.”

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Por que acha que mostra a sua melhor versão no fim da carreira?

“Porque quando você está mais velho, pensa diferente, as coisas mudam. Quanto mais velho, melhor joga. Jogamos com garotos de 20 ou 21 anos que voam, são fortes fisicamente. Então, quem tem uma idade maior se cuida mais, treina melhor, come melhor e isso faz com que consiga aguentar os 95 minutos de um jogo atrás do outro e dar o melhor. Então, sim, tenho 35 anos, mas é só um número. Mas não me sinto com 35, me sinto com muito menos, pelo cuidado que tenho em casa no dia a dia e o que me dão no clube para que eu possa render um jogo depois do outro porque aqui se joga a cada três ou quatro dias. Ano passado joguei 70 vezes e esse cuidado me ajudou muito.”

Se via na lista da Argentina para a Copa do Mundo?

“Não porque a seleção já estava em um processo de muito tempo, com os mesmos jogadores, que se entendem muito bem. Dava para ver isso de longe. Mas ser lembrado, e claro que todo jogador sempre que estar na seleção, eu sabia que estava muito longe. Pelo ano que eu fiz, muita gente dizia: ‘Cano tinha que estar na seleção’. Não tenho nada contra. Você trabalha para o clube e não tenho controle de poder escolher se posso estar na seleção.”

Por ser argentino, foi mais difícil contar com o apoio dos torcedores brasileiros?

“Desde que cheguei, em 2020, me trataram muito bem. Não só os torcedores do Vasco e Fluminense, mas Botafogo e Flamengo também. Muitos torcedores de outros times me deram muito carinho além da rivalidade, que existe. Quem vive aqui sabe que não é questão de vida ou morte. Se desfruta porque somos apaixonados pelo futebol, tanto os brasileiros quanto os argentinos.”

 



Por Explosão Tricolor

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