Até o capeta está com inveja




Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

Até o capeta está com inveja

A torcida fez a parte dela já na véspera do duelo contra o Atlético-PR. As redes sociais tricolores foram tomadas de mensagens de apoio altamente positivas e contagiantes. Torcedores, figuras públicas e jornalistas criaram um excelente clima. No fundo, a maioria sabia que não daria, mas todos resolveram comprar o barulho. Era uma questão de honra mostrar para o mundo que o Fluminense permanece vivo mesmo diante de tantas sacanagens.
No esquenta pré-jogo, milhares de tricolores espalhados em diversos pontos das redondezas do estádio deram um show de exaltação de amor ao Fluminense. O povo resolveu abraçar de verdade mesmo com tantos perebas nos gabinetes da administração e no gramado. Na subida da rampa do setor sul do Maracanã, a torcida cantava sem parar. Apesar da dura realidade do nosso futebol, o lado torcedor estava acionado no “modo máximo”. Não tem jeito, por mais que a razão aponte que vai dar merda, a emoção entra no ar e passamos a acreditar que o impossível não existe. É assim que funciona. E é assim que sempre será. Tá na essência do torcedor.
Já na arquibancada, a torcida cantou com força. Era a explosão de um amor que tem sido destruído de forma irresponsável por um grupo que se acha acima do bem e do mal. Cantamos, apoiamos e colocamos nossa imensa fé tirada do fundo das nossas almas.
Infelizmente, bastaram cinco minutos para que a nossa dura realidade voltasse com força total e, consequentemente, acabasse de vez com a esperança dessa massa sofrida. Para piorar, vimos mais um show de horrores de um time cheio de perebas descompromissados e pessimamente treinado. A escalação inicial foi uma das coisas mais bizarras da história do Fluminense. No restante do jogo, até vimos o juiz nos sacaneando em alguns lances. Mas convenhamos: não tínhamos força nem para xingá-lo.
Eliminação justíssima. Por mais que os deuses do futebol gostem de mudar algumas situações improváveis, nem eles suportariam premiar uma diretoria como essa do Fluminense. Não dá. Os caras não merecem de forma alguma. Avançar à final e até dar uma sorte de conquistar o título continental seria premiar a arrogância, irresponsabilidade e incompetência da gestão mais medíocre da história do clube.
Até aqui, o presidente Pedro Abad e toda a sua turma pavimentaram bonito a estrada para a Série B. O que será do Fluminense no próximo domingo? Quando o torcedor tricolor manifesta um enorme medo de encarar o América-MG, em pleno Maracanã, é sinal de que a destruição já está finalizada. Até o capeta está com inveja dessa turma da Flusócio. Pobre Fluminense. Acabou.
Vinicius Toledo