Através de rede social, sócio da Ernst & Young fala sobre as finanças do Fluminense em 2017 e afirma: “Gastos acima da realidade”

1 de maio de 2018 Explosao Tricolor NOTÍCIAS

As informações sobre o balanço patrimonial do Fluminense estão gerando muitos debates entre os tricolores nas redes sociais. O aumento da dívida total para R$ 652 milhões assustou muitos torcedores que ainda não possuíam a noção exata do tamanho do problema do clube. Um dos sócios da Ernst & Young, Alexandre Rangel utilizou seu perfil pessoal no Twitter para comentar a situação do Fluminense. Segundo Alexandre, o grande problema do Fluminense em 2017 foi o de gastar muito acima da sua realidade (veja a íntegra do comentário no final). Ele ainda citou que o Fluminense teve uma considerável entrada de receita no ano passado.

A Ernst & Young é uma das quatro maiores empresas de serviços profissionais do mundo. No início da gestão do presidente Pedro Abad, a empresa foi contratada para realizar uma consultoria de governança, risco e compliance.

– O trabalho, a priori, termina no final de maio. Eles vão fornecer consultoria em GRC, ou seja, governança, risco e compliance. Vão fazer uma análise dos contratos críticos, entrar na projeção do fluxo de caixa para o ano todo, reorganizar o quadro de funcionários, com planos de cargos, salários e organograma. Para que possa haver uma política de pessoal com remuneração mais justa, possibilidade de evolução. Estão nos ajudando a elaborar um planejamento estratégico para o Fluminense, sobre a natureza do clube, o que vai buscar, como vai se posicionar no mercado – disse Pedro Abad, em abril do ano passado, que ainda comentou sobre os efeitos da consultoria no dia a dia do Fluminense:

– Ele gera um resultado técnico que nos ajuda a fazer todos os ajustes que precisam ser feitos, enfrentados, e tira a carga política dos ajustes. Quando há respaldo técnico, é mais fácil de tomar atitudes impopulares. Elas envolvem cortes de gastos. Um funcionário ou outro que precise de reajuste dentro da estrutura do clube. Vamos colocar as pessoas certas nos lugares certos. Além de cortes em gastos que fogem do nosso controle e outros, como luz e água – disse o presidente do Fluminense.

O problema do Fluminense em 2017 não foi a receita: ela foi maior até que do Vasco e muito maior que a do Botafogo. O problema foram os gastos acima da realidade do clube. Imagino que as despesas operacionais vão estar melhor controladas em 2018, mas o peso da divida é asfixiante

— Alexandre Rangel (@alex_rangel_br) May 1, 2018