Atuação do Flu no mercado, Ganso, Fred, três volantes e muito mais; veja a entrevista com Odair Hellmann




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Entrevista com o Odair Hellmann

Em entrevista concedida ao portal GloboEsporte.com, o técnico Odair Hellmann falou sobre a opção  por trabalhar no Fluminense, atuação do clube no mercado da bola, vitórias no início da temporada, estreia de Ganso em 2020, Fred e muito mais. Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Como foi a decisão de treinar o Fluminense?

Quando eu recebi o convite, conversei com o presidente, com o Paulo. Nós conversamos a respeito de todas as situações do clube. E o presidente tem feito movimentos importantíssimos em relação a essa estruturação fora do campo: aqui no centro de treinamento, na estrutura do dia a dia, nessa parte financeira, colocando salários em dia…

Acho que ele pagou mais salários até do que tempo de cargo que ele tem. Isso mostra o desejo e a linha que ele quer buscar e que ele quer trazer no seu trabalho. Isso é importante. Claro o clube pode atravessar em algum momento alguma dificuldade, também temos que saber participar dela dentro de uma normalidade, como eu disse, dificuldades nós todos temos.

Na nossa casa, no nosso emprego, na nossa família, no nosso clube. E vamos tentar juntos buscar soluções. O presidente e a direção estão fora do campo, buscando a melhor estrutura e a parte financeira pro clube, e nós, da comissão técnica, dentro do campo, estruturando essa parte técnica, tática e física para que possamos construir uma equipe muito competitiva, forte que possa disputar os campeonatos com muita força e que consigamos construir essa ideia de jogo o mais rápido possível pra dar essa resposta paro nosso torcedor.

Você volta ao Fluminense vinte anos depois – jogou na campanha do título da Série C em 1999. O que melhorou no clube de lá para cá?

Nós treinávamos nas Laranjeiras. Agora tem o centro de treinamento, que é de qualidade, que nos oferece condições de trabalho. O Fluminense passou daquele momento difícil e ganhou vários títulos importantes. E essa é a retomada. É a manutenção dessa estrutura e dessa organização fora do campo, que o presidente está buscando, está dando ao clube.

Uma casa, para que ela dure anos, ela precisa ser feita em um alicerce muito forte. Porque se você construir o telhado primeiro com a parede e se esquecer do alicerce, ela cai rapidinho. Qualquer vento que apareça, ela desequilibra. Se você tiver um alicerce forte e for construindo as paredes e as coisas a cada passo, certamente teremos um Fluminense forte e cada vez mais consolidado. Como fez, daquele momento lá em 1999, quando estava na Série C, saiu daquele momento e veio para um outro momento importante, de títulos expressivos. Essa é a história do Fluminense.

Esperamos poder coroar esse ano com conquistas, títulos. Mas sabemos que ainda está muito distante, que precisamos trabalhar muito no dia a dia e precisamos ir para dentro do campo de jogo, que é onde as coisas se conquistam realmente, e fazer essa equipe forte para alcançar nossos objetivos.

Pelo que o Fluminense brigará em 2020?

Eu penso que você não pode colocar limite para brigar. Tem que brigar por tudo, por todas as competições. E aí dentro do campo você precisa mostrar essa condição, trabalhar para isso. Nós temos um grupo de qualidade. Estamos construindo um grupo e a ideia é construir uma equipe forte e de qualidade. Para isso que vejo a importância do grupo, porque são muitas competições. Criar entre os jogadores essa competição aqui interna para evoluir e levar isso para dentro do campo de jogo. Então, limite não colocamos. Temos sempre que mirar o mais alto possível porque sonhar pequeno você chega só no pequeno. E o Fluminense é gigante e tem que pensar sempre nos primeiros lugares, sempre em disputar todas as competições. Mas sabendo sua realidade. E nossa realidade hoje é que perdemos muitos jogadores que tinham uma identidade e um entrosamento como equipe.

Jogadores que eram titulares, que estavam jogando, que se destacaram, que foram para outros clubes. Daniel, Yony, Caio, Allan… Está se constituindo uma nova equipe. O Nino está na Seleção, o Digão voltou faz uma semana. Tem Henrique, Egídio, Ganso, Muriel, jogadores que não conseguimos estrear ainda. Então, há uma construção de equipe e precisa de tempo para essa construção e essa evolução. Claro que nós temos jogo e nós precisamos ganhar, como fizemos, mas sempre evoluindo para o próximo jogo, recebendo mais jogadores para que possamos consolidar esse novo time, essa nova ideia. É uma nova equipe. E uma nova equipe, para consolidar sua ideia de jogar, precisa de tempo, mas precisa dar passos de evolução. E é isso que estamos treinando, cobrando, para que possamos evoluir a cada jogo dentro da nossa construção.

Na apresentação, você disse não gostar de rótulos, algo que, nós da imprensa, costumamos usar muito. Qual rótulo que colocam em você que você menos gosta? É o de treinador defensivo, retranqueiro?

Clique aqui e veja a lista com as últimas notícias do Fluzão!



Por Explosão Tricolor / Fonte: GloboEsporte.com

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com