Bola fora






Bola fora

Buenas, tricolada! Achei uma tremenda errata a negociação do jovem Leandro Spadacio pro Mundo Árabe! Bola fora, mesmo!
Em primeiro lugar, no meu modesto entendimento, o Spadacio era a grande promessa de nossa base, depois daqueles bólidos do sub-17. Isso aí, Marcelo, Calegari, Luan, André, Wallace, Marcos Paulo e Jotapê são farinha pura. Se bem trabalhados, podem dar muito caldo no Planeta Futebol! Ah, tá, o Jotapê sairá no fim da temporada, eu sei…
E a partir deste ponto é que aumenta a minha crítica, e por isso vem o segundo item: na campanha presidencial, Mário e Celso sentaram a pua na transação do Jotapê capitaneada pela antiga gestão. Cá pra nós, ela foi absurda, de fato! Porra, na primeira oportunidade os caras fazem igual? Ou pior?
Em terceira instância, houve uma falta de sensibilidade fenomenal de TODAS AS PARTES, nesse negócio. Do Flu, que torrou uma joia e não vislumbrou um futuro próximo. Sei que estamos duros, vendendo almoço pra comprar a janta, mas “doar” um moleque bom de bola por mariolas vencidas contraria os discursos – e o profissionalismo que o business de hoje em dia exige.
Também houve precipitação do atleta e da família. Aliás, creio que jogador de futebol tem cérebro somente na assinatura de contratos – ou nessas conciliações estapafúrdias! Caceta, com o potencial que ele tem, um mercado mais proeminente logo, logo viria buscá-lo. Mundo Árabe? Quatro anos de contrato? Peralá!
Erro igual cometeram os seus empresários. Ganhar agora foi a meta! Ganhar mais, ali adiante, foi jogado pra escanteio – será que os malandros duvidaram do seu “produto”? Sei que o desporto é dinâmico, que um menino pode não vingar quando ascender aos profissionais, mas o momento do FFC é propício para que os representantes apostem no sucesso de seus pupilos. Não há dinheiro para loucuras e, por conseguinte, o Diniz está dando chances gradativas a todos aqueles em que ele acredita: Jotapê, Marcos Paulo, Luan, Miguel e etc.
Em quarto, não sou de fazer valores de juízo, especialmente aqueles que pressupõem dúvidas, mas há notícias que dão conta do seguinte: o Flu receberá 500 mil dólares pelo garoto e manterá 30% dos seus direitos econômicos. Numa boa, estes números são irrisórios no futebol moderno. Falando-se de um diamante bruto, então… Daqui a pouco, esse moleque aparece nos Molambos, no Porco, na Raposa… Qual a saída? Difícil, rapaziada!
Em quinto e último, vi as explicações do Presidente sobre a venda do Spadacio nas redes sociais. Tenho uma convicção inegociável: cada jogador tem o seu tempo. Não é porque o Jotapê arrebentou no time de cima aos dezesseis anos, que A ou B terão que repetir a sua performance. Faço sempre questão de lembrar que um dos grandes ícones da nossa história chegou às Laranjeiras aos 28 anos, depois de passear por outros grandes clubes e fracassar: o Carrasco Assis! Óbvio que não estou comparando fulano com beltrano, que preservo respeito a temporalidade e as épocas distintas, e essencialmente os vigores físicos menos exigentes que a década de 80 demandava. O meu aparte, neste sentido, busca apenas parâmetros e paradigmas.
Portanto, espero que a nova diretoria não incorra nas mesmíssimas ambiguidades do povo da FluSócio! A torcida cansou de “romaneios”. Ela quer clareza nas informações e fidelidade nas atitudes, que tornaram-se motes eleitorais/eleitoreiros!
Por hoje é só! Até a próxima!
Saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon