Bom momento individual, solidez defensiva, briga por títulos nacionais e muito mais; confira a coletiva de Nino




Nino (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



Zagueiro conversou com a imprensa no CT Carlos José Castilho 

Na tarde desta terça-feira (26), o zagueiro Nino concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. Confira abaixo todas as respostas do defensor:

Bom momento individual

“Estou há três anos e meio no clube. Entendo que esse seja meu melhor momento individualmente e, desde que cheguei em 2019, o melhor momento do clube de harmonização, organização, de elenco. Enxergo que a gente vem numa crescente, acredito que seja natural que a gente seja valorizado pelo nosso trabalho. O professor Diniz, quando chegou, falou que o objetivo dele era fazer que o coletivo fosse forte para o individual ser valorizado. Acredito que isso vai acontecer cada vez mais, outros nomes vão estar cada vez mais em evidência.

Estou muito focado aqui no Fluminense, sempre deixei muito claro que sou muito feliz aqui e muito grato pela oportunidade de vestir essa camisa. Eu tenho uma relação muito boa com presidente, funcionários e todos os jogadores. Realmente enxergo isso de uma maneira muito boa, esse momento que a gente está vivendo. Meu foco é só para que a gente continue, que a gente siga crescendo. Realmente enxergo a gente com possibilidade de título, sim. Claro, etapa por etapa. Mas sempre acreditando que a gente pode ser campeão.”

Interesse do Fenerbahçe

“A maioria das coisas que eu sei foi o que vocês noticiaram. Faz uns 10 dias que eu não converso com meus agentes. A última vez que conversei, fiquei sabendo de uma possível proposta (do Fenerbahçe), um interesse. Desde então isso é tudo que eu sei. E eu prefiro que seja assim, temos jogos muito importantes daqui para frente. A cabeça tem que estar aqui no Fluminense sempre.”

Sequência intensa de jogos e desgaste físico 

“A gente tem um ótimo grupo de fisiologia e preparação física, a gente precisa ressaltar o trabalho deles, é um trabalho espetacular. Apesar de ter algumas lesões nos anos passados, isso não quer dizer que o trabalho deles não estava sendo bem feito. A gente em um calendário muito congestionado por diversas coisas que aconteceram nos últimos anos, temos muitas viagens no Brasileiro, um espaço muito curto de um tempo para outro. Tudo isso coopera para que lesões aconteçam, que os desgastes sejam maiores. Mas eles têm nos ajudado muito e feito de tudo para que a gente esteja sempre em campo.”

Apoio da torcida tricolor em outros estados

“Temos acompanhado, sim. Ficamos felizes com a mobilização da torcida, em todos os estádios que a gente joga a gente acompanha que os ingressos têm sido esgotados. A gente fica muito feliz que a torcida tem vindo com a gente, acompanhando nossa ideia, acreditando no nosso time. A gente espera que essa harmonia entre time e torcida continue porque os frutos que pode essa relação podem dar são muito bons.”

Fluminense tem o melhor futebol do Brasil?

“Acredito que a gente tenha potencial para ser a melhor equipe do país, mas acredito que temos que continuar crescendo jogo a jogo. Nesse processo, é natural que a gente em algum momento venha a oscilar, mas precisamos saber que a verdade está sempre aqui. As vitórias não querem dizer que está tudo certo e as derrotas também não vão dizer que está tudo errado. É um começo de trabalho do professor Diniz, mesmo nas marés boas, como está acontecendo agora, temos que manter os pés no chão e melhorar jogo a jogo. Mas acho que temos potencial para ,se tudo der certo, se continuarmos focados, que daqui a algum tempo possamos ser a melhor equipe do Brasil.”



Briga por títulos nacionais

“Copa do Brasil, por ser menos jogos, parece que está mais próximo para a gente. O Brasileiro é um tiro mais longo, são 19 jogos. Temos que manter a constância, encarar todo jogo como uma final, uma decisão. Acho que só assim vamos conseguir conquistar o título que for.

A gente já tem uma decisão contra o Fortaleza, uma equipe muito organizada, com ótimos jogadores, com um treinador que já está há um tempo implementando a filosofia dele. Um estádio que é sempre muito difícil de jogar. A última vez que tivemos a oportunidade de jogar lá choveu muito, não tivemos noção de como o gramado estava. Já joguei lá com gramado bom e já joguei com gramado não tão bom assim, então não sabemos como vamos encontrar. Sabemos que vamos encontrar um clima de uma torcida que vai querer empurrar o time o tempo todo, temos que estar focados, concentrados para trazer um bom resultado de lá e decidir em casa.”

Motivos da boa fase

“Cheguei em 2019, presidente Mário entrou no meio daquele ano. Portanto, a maior parte do meu tempo no Fluminense foi com ele. Eu enxergo a trajetória dele muito parecida com a minha, de uma crescente constante. Acho que quando se tem tempo para trabalhar, a probabilidade é que o trabalho esteja sempre crescendo. Enxergo sempre assim.

Acho que o elenco de 2029 para 2020 foi se encorpando dentro do processo, pudemos ter uma continuidade na medida do possível. Acho que todas essas coisas cooperam. A chegada de jogadores muito experientes este ano, acostumados a título. E a mescla que a gente tem com Xerém, que sempre revela jogadores de ótima qualidade. Acho que essa organização e essa harmonia no clube como um todo tem cooperado para que esses resultados aconteçam, para que isso seja cada vez mais visível.

Então vejo tudo numa crescente e acho que isso vai continuar, isso me deixa individualmente muito otimista com o futuro aqui no Fluminense. Acredito que a gente tem tudo para ir crescendo cada vez mais como um grupo e instituição. Claro que a história do Fluminense já é enorme. Mas, de 2019 para cá, eu enxergo uma organização maior, essa é a palavra.”

Braçadeira de capitão 

“Ser capitão para mim é uma honra muito grande, tive dois anos de escola com o maior capitão que eu pude conhecer e conviver, que é o Fred. Acredito que o fato de eu começar a ser o capitão da equipe aconteceu de forma muito natural. Claro que sempre tem o desejo, mas é algo que eu não sonhei, não tinha o objetivo pessoal, simplesmente aconteceu. E o Fred foi muito importante para isso, foi uma das pessoas que pesaram muito para que eu fosse o sucessor dele na braçadeira de capitão. Substituir ele nesse posto de líder é muito difícil para mim, mas tenho tentado colocar em prática tudo que ele me ensinou.

Temos muitos outros líderes no grupo, o que facilita muito. O Fluminense brigando por título acredito que também é muito natural, três meses atrás ninguém nos colocaria postulantes ao título. Mas nosso trabalho tem feito com que as pessoas acreditem em nós. Acredito que, nesses momentos, a atenção tem que redobrar. A gente só chegou aqui graças ao que a gente tem feito, e os títulos só vão acontecer se a gente mantiver a mesma pegada, a mesma concentração, a humildade que a gente sempre teve. Acho que esse e o caminho. E com certeza tenho o sonho de um dia levantar a taça, seria um momento muito especial na minha carreira, acho que é o sonho de todo jogador.”

União do elenco por títulos 

“Eu acredito que o discurso esteja sincronizado com que a gente acredita, a gente realmente acredita muito no nosso grupo, no nosso trabalho, no trabalho do professor Diniz. Mais uma vez eu quero ressaltar que o que nos trouxe até aqui e o que nos tem feito sair com as vitórias é a nossa humildade, o respeito pelo adversário, é saber que cada jogo é muito importante. Nesse momento não vai ser diferente, nossa essência vai ser sempre de um time humilde, que luta, que se entrega dentro de campo. Só assim nós vamos conseguir chegar aos títulos que a gente acredita que podemos conquistar.”

Solidez defensiva

“Eu acredito que não, não colocaria um parceiro que encaixe mais. Eu enxergo que nossa força tem sido a força do sistema, quando a gente não toma gol, as pessoas tendem a colocar muita atenção na dupla. Mas a nossa força tem sido a força do sistema. Se vocês repararem, o Ganso roubou umas duas bolas nesse último jogo que seriam contra-ataque do Bragantino, e a gente não teve que correr atrás porque ele roubou. Tem sido um empenho de todos, de quando perder a bola os atacantes voltarem. Os adversários têm sempre que passar por 11 jogadores para fazer o gol. Acho que nossa força, independentemente de se eu jogar ou não, vai permanecer porque nosso sistema tem se empenhado muito para deixar o time protegido, deixar o Fábio protegido. Acredito que esse é o nosso diferencial, independentemente de quem jogue.”

Sonho de disputar a Copa do Mundo 

“Em relação à Seleção, é um sonho que todo jogador alimenta. Uma Copa do Mundo chegando, todos nós quando crianças sonhamos em jogar uma Copa do Mundo. As coisas vão acontecer no momento certo. Se tiverem que acontecer, vai ser por causa do nosso trabalho aqui. Tomo as palavras do professor Diniz: que o nosso coletivo continue crescendo para que o individual apareça.”

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Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com

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