Bom nome, mas…

22 de junho de 2018 Explosao Tricolor COLUNAS, Vinicius Toledo

No embalo da sofrida vitória da seleção brasileira sobre a Costa Rica, na Copa do Mundo da Rússia, o Fluminense anunciou a contratação do treinador Marcelo Oliveira.

Boa escolha? No mundo ideal, não. Mas como a situação do clube é calamitosa em todos os sentidos, sou obrigado a dizer que a diretoria até que escolheu razoavelmente bem. O que chama atenção é que nem mesmo a torcida tricolor chegou a cogitá-lo entre os seus preferidos.

Resta saber se o Marcelo Oliveira terá paciência para trabalhar com um elenco limitadíssimo. Outra coisa que preocupa é a questão dos atrasos salariais. Com Abel Braga, mal ou bem, a equipe era comprometida. O antigo treinador conseguia controlar o grupo mesmo com tantos problemas nos bastidores. E outra: deixava a diretoria numa tremenda zona de conforto.

Sobre a questão tática da equipe, fica a pergunta: Marcelo Oliveira manterá a formação utilizada pelo Abel durante todo o primeiro semestre? Vale destacar que o Gilberto e Ayrton Lucas, que são duas peças fundamentais, estão voando como alas. Mas será que eles terão a mesma performance como laterais? Em outros clubes, o nosso camisa dois foi um fiasco como lateral.

Enquanto teve todos os jogadores à sua disposição, Abel Braga fez a equipe jogar de forma competitiva. Mas quando necessitou de peças de reposição, a coisa desandou. O histórico da temporada mostra isso.

O elenco tricolor é muito pobre de opções. Para piorar, perdemos o Luan Peres. E ainda podemos perder o Nathan Ribeiro. O Fluminense pode retornar nos pós-Copa com apenas Gum, Roger Ibañez, Renato Chaves e Frazan como opções para a zaga. E aí?

Sobre o setor de criação do meio de campo, preciso comentar o fato termos apenas o Junior Sornoza como opção? E se vender o Pedro? João Carlos comandará o nosso ataque? Mascarenhas retornará, caso o Ayrton Lucas seja vendido?

Espero que o Marcelo Oliveira saiba onde está pisando para depois não ficar de historinha. O atual Fluminense é para quem tem estômago dos bons. De qualquer forma, fica a torcida para que tudo dê certo mesmo sabendo que uma simples troca de comando técnico não será o suficiente para encararmos os desafios do segundo semestre.