Cada dia mais orgulhoso com o Fluminense




Devido a alguns contratempos, não pude assistir ao vivo a batalha da última quarta-feira entre Fluminense e Palmeiras. Revivi um costume da minha infância ao ouvir boa parte do jogo no rádio. Sabemos que este veículo de comunicação passa muito mais a emoção do jogo que a TV.

Ouvi um Fluminense vivo, ouvi um time com alma. Infelizmente, determinadas escolhas da diretoria dificultaram. Mas ao contrário dos anos de 2013 e 2014, chego na parte final da temporada bastante orgulhoso do time.

Vi o VT, com a frieza de quem já estava eliminado. Um Fluminense com todos os defeitos que qualquer tricolor com idade acima de 12 anos sabe. A linha de defesa jogou como adolescentes, principalmente no primeiro tempo. Os dois zagueiros batendo cabeça (não excluo mais o Marlon das críticas – péssima fase), dois laterais que erram fundamentos básicos. O time padeceu. 2 a 0.

Chegou o segundo tempo e, quem diria, o Fluminense se agigantou principalmente devido a entrada do Gerson. O rapaz entrou pra destruir. Fluminense com um volume ofensivo muito grande, mas como sempre confuso na hora de decidir os lances. Quem vê a repetição dos lances sempre fica com a impressão de que o jogador poderia ter dado o passe. Ou então bater pro gol enquanto esteve de frente. É de regra não concordarmos com os participantes.

Essa regra só não vale pro Fred. Que jogador sensacional. A torcida arco-íris não tem o prazer de acompanhar atualmente um ídolo. Um cara que joga machucado, se arrastando. E consegue, neste estado, ser decisivo. Quem no elenco tem coragem de calçar o “chinelinho” vendo o que esse cara faz?

Na história recente do Fluminense, nossas maiores provas de paixões estão nas derrotas. Os vices da Libertadores (2008) e Sul-Americana (2009), somadas à essa dura eliminação, mostram que o perdedor nem sempre sai de mãos abanando. Acordamos nessa quinta-feira mais tricolores do que na quarta-feira. No apito final do jogo, lá no fundo já sentíamos que o caldo já tinha entornado. Mas o trabalho já estava feito: nossa paixão e nosso orgulho já estavam renovados.

Tabelinha:

1 – Na minha modesta opinião o Marcão está muito omisso. Muito tempo de Fluminense. Toda troca de técnico os coitados têm que experimentar os mesmos jogadores erroneamente. Além de tudo, deixou o Gum ser escalado para bater um pênalti. Gum só bate no Escudero.

2 – Ainda falando de zagueiro, o que houve com o Marlon? Será que é muita convivência com Gum?

3 – Osvaldo melhorou mais 10%. Ano que vem teremos um jogador razoável.

4 – Eduardo Batista é o técnico da próxima temporada. Se bancaram o Cristóvão Borges ano passado não há motivos para não bancar o “Dudu” agora.

5 – Cavalieri; Jonathan, Marlon, Nogueira e Giovanni; Edson, Cícero, Biro-Biro, Gustavo Scarpa e Osvaldo; Fred. Olha que já é um bom time pro ano que vem.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor