Cadê a “defesa institucional”, Mário?




Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.

Cadê a “defesa institucional”, Mário? (por Mário Bittencourt)

Sete rodadas e o Fluminense foi claramente prejudicado, pelo menos, em quatro. Na suada vitória da noite de sábado, o time teve que derrotar o Sport, a arbitragem de campo e o VAR.

O mais estranho é o silêncio pusilânime e cúmplice da diretoria do clube. A tal “defesa institucional“, um dos principais compromissos de campanha de Mário Bittencourt, na vida real é algo que não acontece.

Antes que você diga, “que cara chato. O time ganha e ele reclama”, vou falar do jogo também. Mas, cada vez mais, no futebol brasileiro, não somente o campo/bola ganha jogo. Mesmo com atuações irregulares, se o time não tivesse dois pontos subtraídos pela arbitragem, no jogo contra o Vitória, time do presidente da CBF, dormiria na liderança do Brasileirão.

Presidente, até para ser CEO de uma futura SAF, o senhor tem que ter atitude de presidente de clube associativo. Cadê a defesa institucional, Mário?

Como torcedor e sócio do clube, desculpe, mas estou farto de ver o Fluminense ser garfado por arbitragens tendenciosas, pra não dizer, criminosas.

Tome uma atitude, homem! Terceirizar para o treinador é muito fácil. 

Sobre a partida, Renato já errou antes do início, na composição do banco, sem uma opção de centroavante. Em caso de contusão de Everaldo, quem o substuiria?

Ao invés do já testado e reprovado Paulo Baya, por que não o garoto Kelwin?

Um primeiro tempo pavoroso, com um time espaçado, desorganizado e sem intensidade. Fábio salvou a equipe de um desastre e Fuentes era o jogador mais lúcido.

O meio campo não organizava ou combatia, com atuações pífias de Martinelli e Hércules. Ganso, infelizmente não pode entrar de cara sem estar em perfeitas condições. Tem que ir ganhando minutagem para recuperar o ritmo. O 4-3-3, com PHG10 meia bomba e dois volantes de pouca pegada, é um suicídio anunciado. E o Sport marcou alto, dificultando a saída de bola do Fluminense.

Na segunda etapa, Serna deu mais força física e objetividade, ao entrar na vaga de um nulo Canobbio. Porém, o time continuava mal no jogo, apenas melhorando com as entradas de Lima e Nonato.

A partir das mexidas no meio campo, o time, mesmo sem jogar bem, foi para cima, teve a coragem de time grande e imprensou o Sport no seu campo. 

A vitória no último lance trouxe a justiça e premiou um jogador, que mesmo com deficiências técnicas, não se omitiu. Everaldo completou lance genial de Arias, que no segundo tempo gastou a bola.

Santa e doce vitória. Na raça, no peso da camisa e na categoria de Arias, coadjuvado por seus compatriotas, Fuentes e Serna.

PS1:  Chega de sermos garfados. Reage, Mário!

PS2: “Plunct, plact, zum. O Fluminense derrubou mais um.”

PS3: Chega de 4-3-3, Renato!

PS4: Centroavante, meia e primeiro-volante. E pra ontem.