Carlos Eduardo Mansur, do Globo Esporte, destaca atuação do Nenê e qualifica o Fluminense a voos altos na Copa Libertadores




FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.



A grande vitória do Fluminense sobre o Cerro Porteño por 2 a 0, no estádio La Nueva Olla, em Assunção, pela partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América, foi o tema da coluna do jornalista Carlos Eduardo Mansur, no portal Globo Esporte.

Em sua publicação, Mansur destacou a atuação do experiente meia-atacante Nenê. Ele também comentou que o Fluminense mostrou armas que o qualificam a voos altos nesta Libertadores. Confira o texto na íntegra:

“Não é fácil ser influente como Nenê aos 39 anos”

Atuação em Assunção credencia o Fluminense a pensar em voos altos na Libertadores

“É justa a argumentação que a presença de Nenê, em especial quando atua junto a Fred, impõe certas adaptações. Por exemplo, um cuidadoso esforço do técnico Roger Machado para administrar os minutos em campo de cada jogador, controlar o desgaste, evitar uma queda física abrupta do time.

Mas também é justo argumentar que não é fácil ser tão influente numa equipe aos 39 anos – e a seis dias de completar 40. E a exibição de Nenê em Assunção, na categórica vitória do Fluminense sobre o Cerro Porteño, foi simbólica neste sentido. Faz pouco sentido discutir seu lugar no time. Sua participação nas ações ofensivas justificam o trabalho da comissão técnica para acomodá-lo.

É curioso que Nenê vem conseguindo render, enquanto o fôlego permite, mesmo neste 4-1-4-1 com que se defende o Fluminense de Roger Machado em boa parte dos jogos. É obrigado a cobrir alguns metros a mais sem bola, mesmo que apenas para ocupar um espaço determinado pelo treinador e fechar linhas de passe do rival. Em Assunção, Nenê fez desarme, executou passes longos quando recebia a bola no início da construção das jogadas e, acima de tudo, mostrou enorme entendimento do jogo ao surgir perto da área adversária.

No primeiro gol, apareceu para finalizar com precisão da entrada da área. No segundo, aberto pela esquerda, criou o lance que terminou no gol de Egídio, após boa trama tricolor na construção da jogada. Foi um dos quatro passes de Nenê que geraram lances perigosos na partida. Em 2021, já soma cinco gols e seis assistências, sem contar os passes que originaram jogadas de gols.

Mais do que a exibição de Nenê, o Fluminense mostrou armas que o qualificam a voos altos nesta Libertadores. O time soube alternar momentos de pressão mais adiantada com uma marcação mais perto de sua área, construiu com trocas de passes quando os paraguaios se colocaram mais atrás, e abriu o caminho da vitória em um contragolpe no início do segundo tempo. Após uma primeira etapa com 30 minutos de domínio tricolor, o time perdeu boa parte do controle antes do intervalo.

Ao colocar Luiz Henrique no lugar de Gabriel Teixeira, Roger resgatou uma arma fundamental deste Fluminense: o uso dos homens de frente, em especial dos pontas, como desafogo quanto o time recupera a bola pero de sua área. Assim como Caio Paulista, Luiz Henrique tem esta capacidade. No lance do primeiro gol, recebeu a bola de costas, protegeu contra a marcação e, após uma combinação com André – outro que teve ótima atuação -, abriu campo para arrancar com a bola. Após o time construir a vantagem de dois gols, Roger seguiu com seu exercício de dosar as pernas dos jogadores. Substituto de Fred, Abel Hernández suportou 72 minutos, dando lugar a Lucca, que teve nos pés a chance do terceiro gol já no fim da partida. Nenê também saiu, dando lugar a Cazares, outro que poderia ter ampliado o marcador.

Numa noite em que mostrou personalidade e muito controle das ações, o Fluminense só teve problemas num momento do jogo em que costuma sofrer pouco: a defesa da área. Em especial nas bolas aéreas, responsáveis por duas boas chances dos paraguaios, sem falar no controverso gol anulado ainda no primeiro tempo. Ainda assim, a vitória foi incontestável. O tricolor está próximo das quartas de final, quando teria pela frente um confronto que está longe de ser inacessível, contra Vélez ou Barcelona de Guayaquil. O Fluminense pode sonhar com voos altos”.

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Por Explosão Tricolor

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