Cartinha do torcedor tricolor ao Papai Noel




Querido Papai Noel,

Por favor, leia minha cartinha com carinho.

Acho que eu, torcedor tricolor, me comportei bem em 2015. E até sofri bastante…

Só para lembrar…

Comecei o ano desconfiado, mas resignado com o fim de meu brinquedinho de muitos anos, a parceria com a Unimed. É verdade que o Papai NoCelso me deu muitos presentinhos durante várias temporadas, mas, por favor, não encare isso como uma traição. Você é insubstituível, Noel!

Tive que aceitar a despedida de ídolos… Ah, o Conca saiu de cara, deixando o meio de campo sem aquele sotaque portunhol diferenciado…

Fiquei sem Carlinhos e Bruno, estes os primeiros a abandonar o barco, que, com as laterais comprometidas, adernou e quase afundou.

De pancada, um lote de contratações… Vieram a granel, deixando-me desconfiado… Muito nome desconhecido: Renato, Guilherme Santos (uma partida oficial apenas), João Filipe (uma partida oficial apenas), Victor Oliveira, Giovanni, Marlone, Lucas Gomes…

Aff, eu sofri!…

Logo de cara um quarto lugar no Florida Cup. Lanterna!

Tive que aturar Cristóvão Borges mantido no início da temporada! Foi dose, Papai Noel! Umas vitorinhas ali no início do “me-engana-que-eu-gosto” do Rubinho… Mas o time não andava, sem jogadas treinadas, sem padrão de jogo, sem nem mesmo uma definição de titulares. Derrotas para Volta Redonda, Vasco, Macaé… Até que o empate contra o Tigres no Maracanã foi a gota d’água, e caiu o Cristóvão Borges. Amém!

Ah, ele se foi, e aí inventaram o pior dos castigos, que só veio para mostrar que nada está tão ruim que não possa piorar. Não veio um técnico! Contrataram um punhado de consoantes, misturaram num saco e saiu: DRUBSCKY!

Se ainda fosse SHAZZAN!…

Pois é, o sopa de consoantes nada mostrou… Perdeu um Estadual mole, não conseguiu fazer um golzinho a mais naquela semifinal no Engenhão em que o fraco Botafogo se arrastava em campo sem pernas, para depois perdermos nos pênaltis. Ah, os pênaltis!… 9 x 8 para eles, com o Cavalieri decidindo, ao chutar uma bola para a Lua.

Tive também que aturar quieto um monte de decisões estapafúrdias de arbitrais viciados da Ferj,  quando o presidente Rubinho e seu comparsa charuteiro prejudicaram meu Fluminense em tudo, desde a picuinha com o lado direito, até divisões de renda, e mesmo retirando nossos jogos do Maracanã. Isso sem falar na perseguição ao Fred que, artilheiro disparado da competição, foi excluído do segundo jogo da semifinal em um julgamento absurdo!

E ainda valeu gol deles de um metro de impedimento… Tudo arranjado, Noel!

Veio o Brasileirão, mantiveram o das consoantes… #$%@&#

Logo no segundo jogo, após uma humilhante derrota para o galo, o sujeito me deu uma entrevista dizendo que não sabia mais o que fazer para que o time evoluísse… Santa ignorância, caiu no dia seguinte!

Já pensou o comandante da aeronave dizer que não sabe apertar os botões?  Já pensou, Noel, você ter que viajar desde a Lapônia pelo Mundo com suas renas embriagadas?

Pois é, aí veio o Enderson…  Com pompas de professor, cheio de marra em seu retorno ao clube… Início claudicante, depois uma sequência razoável… Cheguei a ficar em segundo na tabela, arrotei G4 por várias rodadas, e, no embalo de tanto acreditar em você, querido Noel, passei a acreditar no PENTA! Imagine, Noel… Faltava acreditar em saci-pererê, cegonha, Ronaldinho Gaúcho, e coelhinho de Páscoa…

Mas em Ronaldinho Gaúcho, eu, PauloNense, não acreditei em nenhum momento. Mas ele veio, e, coincidência ou não, um time de guerreiros teve que se amoldar para aceitar um firuleiro fora de forma, de sintonia e sem compromisso…

A maionese desandou…

O time começou a colecionar derrotas, chegando a sete derrotas e um empate em oito jogos seguidos da competição! Isso com o time perdidinho em campo, e nada de tirarem o Enderson! Como demoraram a tomar uma providência! Ah, Mário Bittencourt… Ah, Peter…

E eu ali, Papai Noel, triste, estupefato na arquibancada do Maraca ou na tela do PPV, vendo o time despencar posição por posição, rodada a rodada, e nada acontecia.

E o Mário bancando o Moreira! E o time perdido em campo! E o tempo passando…

Ah, tá, tinha a Copa do Brasil ainda para salvar o ano…

Vagas no G4 foram se afastando, e a brincadeira passou a ser garantir alguns pontinhos no Brasileirão e tentar o BI da Copa do Brasil.

Passamos bem pelo Paysandu, duas vitórias por 2 x 1, depois dois empates contra o Grêmio e a classificação improvável e heroica no Sul, pelo gol qualificado…

Vieram os porcos, Papai Noel, e a porcaria foi feita… Um pênalti inventado contra nós aqui, outro lá, e, o pior, mais uma disputa de pênaltis para selar nosso destino… Mais uma vez uma eliminação… Nos pênaltis, aí com o time já dirigido pelo Eduardo Baptista.

Fim de ano melancólico, a pior campanha do segundo turno dentre os 20 times, e o pior segundo turno da História do Fluminense nos pontos corridos! Uma catástrofe!

Ainda tive que ouvir o Mário Bittencourt, sim, aquele que demorou tanto a tomar uma providência quando o time despencava, dizer que o ano foi positivo para o Fluminense…

Negativo, Mário!

De positivo mesmo em 2015, o início das obras do nosso tão sonhado CT, e o título do primeiro Campeonato Brasileiro da categoria Sub-20, conquistado de forma brilhante e invicta! Aliás, Xerém tem sido nosso orgulho! Mas, como digo sempre em meus boletins da base ao longo do ano, ali, muito mais do que títulos, o importante é formar jogadores, o que até vem ocorrendo satisfatoriamente.

Querido Noel, mereço algo melhor em 2016!

Capricha nos presentes! Um título dos profissionais, porque esse é o meu combustível! Uma campanha digna! Um novo e estável patrocinador e a inauguração do CT! E o PENTA!!!

Wellington Paulista emprestado à Ponte Preta? Começamos bem, bom velhinho!

Pena que o ano já começa sempre tão mal, com esse ridículo Campeonato do Rubinho, cheio de arbitrariedades, perseguições e pênaltis esquisitos para o Vasco. Isso se não vingar mesmo o Sul-Minas-Rio.

E um fim de ano sem confusões políticas, sem baixarias, e que tudo transcorra da melhor forma possível nas eleições do nosso Fluminense!

Que ganhe o melhor candidato, o mais iluminado e competente para conduzir o clube por um triênio vitorioso, com títulos, finalização do CT e saneamento das dívidas!

Pedi muito, Papai Noel?

Olha que por tudo que passei em 2015 até que estou pedindo pouquinho!

Capricha, Noel!

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Aos amigos leitores que nos acompanharam o ano inteiro, um Feliz Natal e tudo de bom junto a suas famílias, e muito obrigado pela força e o prestígio que nos dão, em cada curtida, compartilhada, comentário, elogio ou crítica!

O FLUMINENSE SOMOS TODOS NÓS!!!

Por PAULONENSE

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Um Papai Noel bem Tricolor é o que desejamos neste Natal!