Classificar é sempre bom, mas a forma que o Fluminense avançou à segunda fase da Copa do Brasil foi desanimadora. Levar calor do Moto Club é o fim da picada. O time até teve frieza para construir a virada, mas, com toda sinceridade, não fez mais do que a sua obrigação.
Após a vergonhosa eliminação na Copa Sul-Americana, o mínimo que a torcida esperava era um time com atitude desde o primeiro minuto de bola rolando no Castelão.
Pois é, a bola rolou e o Moto Club quase marcou um gol com apenas doze segundos. Porém, trinta segundos depois, os maranhenses não desperdiçaram a chance de abrir o marcador. Cochilo geral de um time que tinha o compromisso moral de ter entrado em campo “ligado no 220”. Para piorar, a rapaziada comandada pelo Sr. Odair Hellmann conseguiu a proeza de levar mais um gol aos doze minutos. É ou não é o fim dos tempos?
Por sorte, Nenê estava em grande noite. Sofreu pênalti e converteu. Teve uma falta na entrada na área e também converteu de forma magistral. Cobrou outra falta e colocou a bola na cabeça do Nino, que marcou o gol da virada. Com muita técnica e frieza, Marcos Paulo marcou o quarto.
Conforme comentei no início, classificar sempre é bom, mas a forma que o Fluminense conquistou a vaga para a segunda fase foi brochante, pois não sinalizou qualquer evolução tática ou técnica. Um clube que faz uma propaganda enorme de sua divisão de base e contrata aos montes não pode depender de um jogador de quase quarenta anos de idade para superar um time do nível do Moto Club.
Sobre o técnico Odair Hellmann, concordo com quem alega que ainda está no início, entretanto, com dois meses de trabalho, o Fluminense já era para estar, no mínimo, passando por cima de adversários dos níveis do Unión La Calera e Moto Club. O meio de campo, por exemplo, segue totalmente engessado e o time ainda não possui uma identidade.
A gente tenta apoiar, mas tá difícil…
Curtinhas:
– Nino fez um gol importante, mas deu mole nos dois gols do Moto Club. Não voltou bem.
– O que faz o Henrique no Fluminense?
– Acho essa formação com três atacantes um grande conto de fadas. Não temos time para isso.
– Ainda acho que o tradicional 4-4-2 seria mais interessante com Yuri, Dodi, Yago Felipe e Nenê (Ganso) formando um losango no meio de campo. Penso que seria uma boa tentativa de acelerar a transição e preencher bem os espaços do setor.
Forte abraço e ST
Vinicius Toledo

