Coletiva completa do técnico Luis Zubeldía após a vitória sobre o Botafogo




Zubeldía conversou com a imprensa após a vitória sobre o Botafogo
Foto: Marina Garcia / Fluminense FC

Coletiva completa do técnico Luis Zubeldía após a vitória sobre o Botafogo

Novo técnico do Fluminense conversou com a imprensa após a vitória sobre o Botafogo

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Luis Zubeldía após a vitória do Fluminense Football Club por 2 a 0 sobre o Botafogo, na tarde deste domingo (28/09), no Maracanã, pela 25ª rodada do Brasileirão 2025:

Vitória sobre o Botafogo 

“Primeiro dar parabéns a todos os jogadores, ao presidente, aos dirigentes e à comissão técnica que saiu do Renato. Fez um trabalho muito bom até aqui. A equipe vinha bem, apesar do dado estatístico de muitos jogos sem ganhar o clássico, acredito que a equipe estava funcionando bem. Com a nossa chegada só colocamos um pouco do nosso trabalho, mas o do Renato com a comissão dele era muito bom. Infelizmente ele não seguiu, nós assumimos imediatamente para estar no clássico.

Confio que a equipe e os jogadores podem seguir fazendo um bom trabalho, crescendo. Continuar o que estavam fazendo de bom, corrigindo algumas coisas que às vezes não saem. E veremos. Muito cedo para dizer ou assegurar o que tem de melhorar. O mais importante para nós é ter uma organização prática e que a complexidade do jogo será dada aos jogadores através das relações, da mente. Acredito que é a combinação prática e a complexidade que dão os jogadores. O treinador não dá complexidade de jogo, dão os jogadores. Eles crescem e estão bem, possivelmente a equipe estará bem também.”

Vaias da torcida para Soteldo 

“O Fluminense tem bons extremos, tem opções, jogadores com mais e menos experiência, jogadores do Brasil e de fora. Vou tratar de usar o que podemos da melhor maneira. Já conhecia o Soteldo. Quando eu treinei a LDU o enfrentei no Zamora. Meu lateral-esquerdo era o Estupiñán, da seleção do Equador, e me recordo que esse extremo (Soteldo) complicou bastante a vida dele. Conheço o Soteldo desde essa época. O torcedor sempre vai focar em um. O mais importante é ter caráter. Vamos ajudá-lo a melhorar, a somar para a equipe. Depois, o jogador faz um, dois gols, e a opinião muda. Espero que tanto ele quanto os demais possam fazer as coisas bem, porque a equipe precisa desse duelo individual, dessa profundidade para ter um bom desempenho.”

Porque não utilizou o atacante John Kennedy?

“É um jogador interessante. Creio que é antagônico ao Cano e ao Everaldo, tem essa velocidade de 15 metros. Define bem, tem gol, como o Cano. Everaldo já é mais atacante de centro e pode trabalhar mais com a equipe em certas funções para ter mais opções de gol e poder completar. No caso do John Kennedy vamos seguir trabalhando com ele, o colocar bem física e mentalmente. Me disseram que ele estava bem, já passou a situação de sair de uma equipe, voltar e se readaptar.

Ele pode conseguir coisas muito interessantes com a equipe. Mas é 50% de nós e 50% dele. Isso em quase todos os jogadores. Não 80% para o treinador, não é assim. 50% eu e 50%. Mas tem de dar, de vontade, energia e treinamento. Creio que vai fazer. Hoje pelo jogo tinha que reter mais a bola, trabalhar em bola parada. Parecia que o melhor era o Everaldo. Não porque não queria ele, mas tenho consideração, o conheço, sei quem é.”

Importância do meia Luciano Acosta

“Temos uma equipe ampla. Eu disse isso na coletiva da apresentação. Temos uma equipe ampla, não como uma crítica, mas como algo bom. Depois, nós temos que ter a capacidade de gerenciar, que é uma das artes que tem que ter o treinador e sua comissão técnica. E Lucho entra nessa situação que não tinha minutos ou tinha poucos minutos. Normal de alguém que chega e chega de fora. Aqui no Brasil há muito bons jogadores. Então, a concorrência não é fácil para quem vem de fora. E, Lucho, pensávamos que poderia dar essa intensidade atrás de Germán Cano como um meio atacante, como um terceiro homem no meio, um jogador criativo para tocar, tabelar, fazer paredes. E, além disso, eles fizeram um bom trabalho táctico, que era o mais importante. Porque o Botafogo abre bem a equipe, tem dois bem abertos. Então, tínhamos que ter uma equipe ampla, mas não descuidar a zona central, claro. E eles fizeram um bom trabalho, Cano e Lucho, além de Martinelli e Hércules.”

Mobilidade no setor ofensivo

“Sempre digo que o futebol ideal é ter antagonismo. Se todos os jogadores vierem de apoio, acaba a surpresa. Se tem jogadores que vem de apoio e outros que vão em profundidade, temos o antagonismo de perfil de jogadores. Isso é muito importante para a minha maneira de ver futebol, é o básico para fazer uma equipe organizada com bola e sem. O Cano pode se transformar em um 9 mais meia para depois terminar na área. Quando isso dá certo, acontecem duas coisas: a profundidade dos extremos ou dos laterais, dependendo se temos esse tipo de laterais. No primeiro tempo o Samuel (Xavier) fez isso, o Renê é um lateral mais posicional, a profundidade é com pegada e chute. Mas tínhamos o Serna, aí tínhamos profundidade. Se o Cano está mais atrás, temos profundidade com o Canobbio e o Serna. Se trocamos passes e damos um tempo a mais, o Germán já participa de dentro da área. Exemplo é o gol. Me parece algo importante da característica do Cano, que pode se transformar em um “9 meia”.

Vai rodar o elenco? 

“Agora vamos ter alguns jogos seguidos, mas, quando terminarmos essa sequência, acredito que vamos ter mais tempo para recuperar jogadores e continuar trabalhando. Agora temos que ir partida por partida. Ver como vão se recuperar os jogadores e tudo o que podemos incorporar e melhorar será bem-vindo.”

Gol de Germán Cano

“Primeiro, o Germán Cano é um goleador muito importante na história do Fluminense. E ele conquistou isso. Ninguém lhe deu nada. Segundo, ele é bom para associar-se e para gerar esses movimentos que acabei de mencionar, com dois extremos que podem ter mais saída que ataque posicional, o qual entra dentro da lógica da organização. Ele tem experiência, pode ajudar em momentos complicados. Então, eu o conheço, ele me conhece e o Fluminense o conhece. Então, me parecia lógico, super lógico que jogasse, e ele fez muito bem. Sobretudo, para um nove é muito importante converter. Conheço os “noves”, como pensam os centroavantes e quando eles não marcam, eu sofro. Eu diria que sou o primeiro que sofre junto com eles. Então, fazendo o gol já nos dá muito e depois se colabora no tático que é importante, colabora em situações pontuais.”

Utilização da base

“Pouco a pouco. É claro que a longo prazo vai haver a incorporação de jogadores, também quando houver espaço nos treinamentos. Pretendo ir conhecer o lugar onde eles treinam e incorporá-los nas partidas daqui até o fim do ano, se houver possibilidade. Se não tiver, vamos preparando-os para o que está por vir. Sei que são parte importante de todas as equipes. Vou conhecê-los cada vez mais. Agora, estou prestando atenção ao grupo que tenho trabalhando comigo e, depois, vou ampliar a informação para ter um menu de opções, pensando também no próximo ano.”

Jogadores que não foram relacionados

“É difícil, são mais de 30 jogadores, tenho que tomar uma decisão. Tem um treinador que se chama Miguel Russo, que está agora no Boca Juniors. E ele tem uma frase muito importante que dizia: “são decisões.” E os jornalistas, em um momento, riram. Mas essa frase tem muita profundidade. Por que tem profundidade? Porque, no final, você tem que tomar decisões. Não há outra opção se não tomar decisões. Essas decisões, às vezes, podem estar a favor do que pode pensar um setor, a favor do que pensa outro, contra o que pensa um, contra o que pensa outro. Mas, no final, aparece a frase de Miguel Russo. São decisões, e repito, é uma frase muito mais profunda, muito mais sábia do que a frase diz. Então, vamos seguir conhecendo todo o time, e quando o jogo abrir, aproveitar essa oportunidade. Não há outra.”

Calendário do futebol brasileiro

“A palavra “projeto” está pisoteada e se usa como algo superficial em todas as ligas. No Brasil, há muitos jogos seguidos e os resultados se juntam. Em outros países são quatro ou cinco partidas em um mês, aqui temos sete partidas. Não tem que ver como é culturalmente o torcedor brasileiro, mas a quantidade de partidas. É assim, não vamos mudar. Temos que pensar em focarmos e projetar o futuro, tem que haver um planejamento. Tratarei de usa a maior quantidade de jogadores, sem rodar tanto. Mas tem cansaço, lesão, cartão… Aí buscaremos opções.”

Erros cometidos no São Paulo

“Todas as experiências servem. Tiveram coisas boas, coisas não tão boas. Aqui é difícil só ter um nível. Nós fomos bem na Libertadores, mas não no Brasileirão por diferentes motivos. É um pouco assim, louco, vai bem em um ano e no outro não. Não só para mim, mas para todos. Salvo a alguns poucos. O Abel (Ferreira) é um treinador que merece elogios, o Renato também por tudo que fez na carreira. Sou um simples treinador que quer que as coisas funcionem bem.”

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