Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes da estreia do Fluminense no Mundial de Clubes




Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes da estreia do Fluminense no Mundial de Clubes

Na véspera da estreia do Fluminense no Mundial de Clubes da FIFA 2025, contra o Borussia Dortmund, o técnico Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva para a imprensa. Confira todas as perguntas e respostas do treinador tricolor:

Situação de Germán Cano

“O Cano é um jogador que está voltando de lesão, está 100% curado, mas o que falta é ritmo de jogo. E isso é muito importante para um jogador. A princípio, ele vai esperar um pouco. O horário dificulta bastante, independente do calor ou frio. Sabemos que ele está sem ritmo de jogo, e contra um adversário tão poderoso assim, vamos fazer com que ele espere um pouco. Durante a partida, quase certo que ele vai entrar.”

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Postura diante do Borussia Dortmund 

“Meu trabalho é fazer as duas coisas. Tomar cuidado na parte defensiva, meu time vai respeitar qualquer adversário, mas vai sempre jogar para ganhar. É dessa maneira que eu trabalho. Independente do adversário, a gente joga para ganhar. Nunca eu vou preparar uma equipe minha só para se defender. Sem dúvida alguma, com a bola a gente vai jogar. Com muita coragem.”

Essa coragem e essa confiança eu passo para o meu grupo. Aqui no Fluminense não tem sido diferente. Até temos os exemplos no Brasileiro, muita gente achava que não ia avançar, mas estamos na parte de cima da tabela porque encaramos nossos adversários da mesma forma. Sempre com coragem para jogar.”

Campeão mundial como jogador 

“Vou deixar o DVD de lado. Importante agora é a experiência que eu vivi lá atrás como jogador e posso passar para o meu grupo. Vamos estrear contra uma outra equipe da Alemanha e a gente sabe o quanto é forte o nosso adversário. Por ter passado isso lá atrás, tenho tranquilizado meus jogadores. A gente sabe das dificuldades que vamos enfrentar. Um privilégio estar em uma competição tão importante quanto essa contra as melhores equipes do mundo.”

Mundial como treinador pelo Grêmio

“É importante a experiência que eu tive como jogador, depois com o Grêmio contra o Real Madrid. Procuro passar experiência e tranquilizar meus jogadores. É importante também ter jogadores que ficaram muito tempo na Europa, como o Thiago Silva. É importante a minha experiência e dos jogadores para tranquilizar principalmente os mais jovens. Sabemos que é uma competição muito difícil, tem os melhores do mundo. Eu não estou representando só o Fluminense. Os quatro times grandes que estão aqui do Brasil estão representando o país.”

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Preparação para a estreia no Mundial de Clubes

“Tivemos esses dias para nos prepararmos para esse Mundial, apesar de vir bem nos campeonatos no Brasil. Treinamos a parte física, técnica, mas sobretudo a parte tática. Estudamos bastante o adversário. Conhecemos bem. Sabemos quem vamos enfrentar.”

Borussia e Fluminense favoritos?

“A diferença é muito grande na parte financeira, realmente os clubes aqui fora tem mais condições. A gente sabe que não existe jogo fácil. Respeito vai haver sem dúvida alguma. Preparei minha equipe com muita coragem, da mesma forma que estamos jogando no Brasil vamos jogar nessa competição. No papel, muita gente acha que os europeus são favoritos por conta da condição financeira e ter os melhores jogadores. Nem sempre o favorito ganha. Eu não vejo o que o treinador deles falou que o Borussia e o Fluminense são favoritos. Acho que dos quatro, qualquer um pode passar. A gente vai ver no campo e no campo a gente sabe que todo mundo quer passar para a segunda fase. Vamos degrau a degrau e o primeiro passo é conseguir a classificação para a segunda fase.”

Estratégia para o embate com os alemães

“A gente treinou bastante a parte tática nesses dias todos. Sabemos que nosso adversário é poderoso, tem jogadores altos. Conversei bastante com o grupo da maneira que eu quero que eles joguem. Nossos cuidados vamos tomar. Acima de tudo, vamos ter muita coragem e personalidade para jogar. Não adianta só ficar tentando se defender. Meu grupo está bastante confiante. Procuramos treinar para neutralizar as principais jogadas do adversário e com a bola vamos jogar.”

Mudança em relação ao Mundial de 2017

“Naquela época era uma semifinal e a final. Agora são três jogos. Naquele momento estávamos enfrentando o melhor time do mundo, agora temos adversários fortes também. Acho que o que muda é a experiência. Naquele jogo tínhamos vários jogadores no departamento médico. Hoje tenho o elenco quase todo à disposição. O que muda é a experiência.”

Privilégio de participar de mais um Mundial

“Quando falo que é um privilégio, é porque é para poucos. Já vamos estrear contra uma potência do futebol europeu. Quando falo em privilégio é quantos treinadores não gostariam de estar no meu lugar? Quantos jogadores não gostariam de estar nos lugares dos jogadores do meu grupo? Representando não só o Fluminense, mas sim o futebol brasileiro. Nesse sentido que eu digo.”

Desejo de disputar o Mundial de 2025 como jogador

“Seria uma satisfação muito grande disputar um torneio dessa grandeza. Na minha época não tinha isso. Independente de fazer gol, era muito bom estar disputando. Por isso já falei para o meu grupo para aproveitar a oportunidade porque o mundo todo está olhando. Essa é uma grande oportunidade de mostrarem o valor deles e realizar o sonho de jogar na Europa, por exemplo. É um privilégio estar aqui, infelizmente não como jogador. Queria muito.”

Apoio da torcida do Fluminense nos EUA

“Estamos representando um grande clube, o futebol brasileiro. Os torcedores invadiram Nova York. Hoje no final do dia minha filha está chegando. Passei para o grupo a importância que eles tem e a responsabilidade para fazermos o melhor para representar o Fluminense e o futebol brasileiro.”

Atenção especial com o atacante Guirassy

“Jogador difícil de ser marcado. Procuramos estudar o adversário não só individualmente, mas coletivamente. Treinamos não só para neutralizar A, B ou C. Nós vamos tomar cuidados sim, mas tenha certeza que o nosso adversário vai ter que tomar cuidado com a gente também.”

Serhou Yadaly Guirassy | Borussia Dortmund | Perfil do Jogador | Bundesliga 2

Diferença física entre as equipes

“É uma equipe muito forte, até pouco tempo estavam jogando. Em termos de desgaste não é tanto. Porque a gente vem se desgastando muito nas competições lá no Brasil. A gente teve uma semana, mas no Brasil a gente estava em campo praticamente a cada três dias por Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-Americana. A gente estava torcendo muito para tirar proveito do calor, mas infelizmente nem o tempo nos ajudou. Poderíamos tirar proveito do sol, já que o nosso adversário joga em um país bastante frio. Não vou falar muito da maneira que vamos jogar, mas queremos valorizar a posse de bola para cansar o adversário que vem treinando há poucos dias.”

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Cuidados que o Fluminense precisa ter contra o Borussia

“O jogador brasileiro quando tiver a consciência da parte tática do jeito que o europeu tem, vai evoluir bastante. É uma equipe que não se entrega, que briga o tempo todo. Esse cuidado a gente tem que ter. Jogada sempre muito forte dessas equipes é a bola aérea. É um cuidado que a gente vai ter que ter porque é uma equipe muito alta. Treinamos bastante isso. É uma jogada forte que eles tem. Importante é a gente respeitar. Pode ter certeza que eles na parte técnica não tem a personalidade e a qualidade que o brasileiro tem com a bola. Vamos tentar aproveitar isso. Sabemos exatamente a maneira que eles gostam de jogar. Talvez uma vantagem que a gente tem sobre eles é que talvez não conheçam tão bem a nossa equipe. Vamos tentar aproveitar isso.”

Diferenças entre o futebol brasileiro e o europeu

“Quando se fala que lá se joga outra futebol é porque o jogador europeu, e o brasileiro quando chega lá, começa a criar outra mentalidade. Vira realmente um profissional porque vai ser muito mais cobrado do que é no Brasil. Taticamente se entregam os 90 minutos. Eu coloco isso para o meu grupo. O dia que tiverem a mentalidade do jogador europeu os 90 minutos vão subir muito de produção. Você vê muitos jogos que os jogadores brasileiros ficam largados, desconcentrados. O europeu fica concentrado o tempo todo. E sem dúvida a parte financeira. Eu costumo falar que é como você pegar 100 reais ir no mercado fazer compras e pegar 10 mil reais e ir no mesmo supermercado fazer compras.

O clube brasileiro tá sempre com a corda esticada e muitas vezes não conseguimos comprar por conta da parte financeira. Na Europa é diferente. Por isso formam praticamente uma seleção. Eu nem vou muito longe. No futebol brasileiro, hoje, você tem o Flamengo, o Palmeiras e o Botafogo que hoje conseguem ir lá e comprar um jogador por 10, 15 milhões de euros. Os outros às vezes tem aquele valor para a temporada inteira. É o que eu falei do mercado. Se você for no mercado com 100 reais e quiser comprar lagosta, camarão, não vai conseguir. Se for com 10 mil reais, vai comprar isso tudo. É isso que o jogador europeu tem que faz a diferença. Eles vão lá, contratam quem bem entenderem e aí na hora de medir força todo mundo quer ganhar. A pessoa quer omelete, mas não te dá os ovos. Aí fica difícil de medir as forças.”

Fluminense x Borussia Dortmund: Onde assistir

  • TV Globo
  • Sportv
  • DAZN
  • Cazé TV

Tabela do grupo F do Mundial de Clubes da FIFA 2025

17 de junho

  • 13h – Fluminense x Borussia Dortmund (MetLife Stadium, em New Jersey)
  • 19h – Ulsan x Memelodi Sundowns (Inter&Co Stadium, em Orlando)

21 de junho

  • 13h – Mamelodi Sundowns x Borussia Dortmund (TQL Stadium, em Cincinnati)
  • 19h – Fluminense x Ulsan (MetLife Stadium, em New Jersey)

25 de junho

  • 16h – Mamelodi Sundowns x Fluminense (Hard Rock Stadium, em Miami)
  • 16h – Borussia Dortmund x Ulsan (TQL Stadium, em Cincinnati)

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