Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes do jogo contra o Al-Hilal




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva na véspera do jogo contra o Al-Hilal
Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes do jogo contra o Al-Hilal

Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva na véspera do jogo contra o Al-Hilal

Na véspera da partida contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita, pelas quartas de final do Mundial de Clubes da FIFA, o técnico Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva para a imprensa. Confira todas as perguntas e respostas do treinador tricolor:

Falta de valorização 

“Muitas vezes, agora faço uma crítica construtiva, a imprensa brasileira não valoriza o treinador brasileiro. Não são todos. Gosta é de valorizar um gringo. Mas eu queria ver um gringo fazer o trabalho que eu estou fazendo no Fluminense . “Tem de estar na seleção brasileira”, esse seria o discurso. Mas quando é um treinador brasileiro…

Eu gostaria de estar uma temporada no lugar de um treinador desses grandes clubes da Europa, e eles virem treinar o Fluminense de patinho feio. E dar resultado. Aí você vai ver quem é o bom. Só isso. Tem muita gente que fala que não é tudo isso. É tudo isso, sim. Tem de valorizar o treinador brasileiro. Se as pessoas não me valorizam, eu tenho de me valorizar. Se você ver os meus trabalhos em todos os clubes, sem os cofres cheios, eu sempre dou resultado. Então, alguma coisa eu devo ter.”

Escalação do Fluminense para o jogo contra o Al-Hilal

Diferença de investimento 

“Eu me vejo sempre muito forte. Vou explicar: muita gente fala, no bom sentido, que o Fluminense é o patinho feio. Que o Fluminense não tem o dinheiro dos outros clubes, mas eu confio no nosso grupo. Não vou mentir: o nosso grupo não tem a mesma qualidade desses outros grandes clubes. Mas o Fluminense está nas quartas. Então, eu gostaria de me colocar no lugar desses treinadores aqui fora.

Não vou citar os nomes dos clubes, mas esses quatro grandes clubes do mundo, com tudo o que eles têm e com o plantel que eles têm. Podendo mudar o esquema a toda hora, com uma qualidade imensa. Às vezes, você não sabe quem é o titular, se é quem está no campo ou no banco. Aí, sim, é bom de se trabalhar. Aí, sim, se torna fácil trabalhar. Então, eu gostaria de estar no lugar de um treinador desses. E gostaria, apesar de todos os méritos deles, eu os admiro, que um desses considerados os melhores do mundo viesse treinar um time no Brasil. E que desse resultado.”

Se hoje estamos vivendo esse momento maravilhoso e mágico do Fluminense, precisamos continuar entrando na história do clube. E isso se faz conquistando (títulos). Amanhã temos uma oportunidade de colocar o clube numa semifinal de Copa do Mundo, os melhores clubes do mundo. A gente precisa, sim, viver esse momento, ter essa entrega.

Não sabemos quando vamos ter uma outra oportunidade, se é que vamos ter. A entrega tem que ser 101%, não pode ser só 100%. É viver esse momento, e continuar sendo feliz é ter essas atitudes dentro do campo, não pode ficar dentro do vestiário. Espero que amanhã a gente possa ter uma tarde muito feliz, consiga nossos objetivos e continue sonhando esse sonho de uma maneira maravilhosa.

Qual o melhor time do mundo?

“A melhor equipe do mundo é a que ganha. O melhor esquema do mundo é o que ganha. O PSG é um time fortíssimo em todos os sentidos. O dinheiro é importante, mas o futebol é decidido dentro das quatro linhas. Não adianta ficar falando do PSG aqui agora porque temos um adversário fortíssimo amanhã. O PSG, atualmente por ter ganhado a Champions, está no topo.

Temos outros grandes clubes no mundo que jogam grande futebol. Pode ser o favorito para vocês, mas tem muita coisa pela frente. Penso no meu time em buscar essa classificação para a semifinal. Aí vamos ver quem vamos enfrentar. Muitos clubes grandes ficaram pelo caminho e temos que valorizar quem está nas quartas. Eu falo que o Fluminense é o patinho feio entre esses todos que estão aí, em termos financeiros. Espero mostrar nossa força amanhã e chegar na final.”

Importância de Jhon Arias

“A cada partida, ele tem jogado melhor. Estava um pouco cansado no último jogo porque correu bastante, e também por causa do sol. Escolhi deixá-lo por dentro naquela situação que conversei com o Thiago (Silva), abri o Lima e o sacrifiquei um pouco porque não era a posição dele, assim como o Everaldo.

Foram dois jogadores que vieram do banco e estavam mais descansados. Não adianta eu pedir nessas horas que o jogador tá bastante desgastado, colocá-lo ali e não conseguir desempenhar o papel que deveria, porque o lateral estava vindo toda hora. Coloquei ele por dentro, preocupando o zagueiro deles, e abri o Lima e o Everaldo. Já conseguiu se recuperar, tenho certeza que amanhã vai estar 100%.