Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a vitória do Fluminense sobre o Internacional




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre o Internacional
Foto: FluTV

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a vitória sobre o Internacional

Técnico do Fluminense conversou com a imprensa após o triunfo no Beira-Rio

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Internacional, na noite desta quarta-feira (30/07), no Beira-Rio, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil 2025:

Fim da sequência de derrotas

“O problema no Brasil é que é difícil fazer futebol. Há três semanas tínhamos um grande plantel, uma grande comissão. Voltamos ao Brasil, tivemos resultados negativos e ninguém é bom. Ninguém leva em conta que o Fluminense foi o último dos brasileiros a voltar, quase todos tiveram uma pré-temporada e descansaram. Fluminense está numa decisão em todos os jogos. De noite para o dia, todo mundo passou a não ser bom. Amanhã, todo mundo volta a ser bom. Amanhã o Fluminense volta a ter um treinador excepcional.

Relação com Mário Bittencourt

“Nós temos um presidente excepcional, nota mil, que está sempre com a gente. E ficam me colocando contra ele, reclamando que eu peço reforço. Não teve nada disso. É um monte de mentiras. Essas coisas eu não deixo entrar no vestiário, mas vira e mexe alguém vê ali, outro vê lá. Não tem o que fazer e ficam inventando histórias. Ficam minando, minando, e o torcedor fica acreditando no que não é verdade.”

Vitória sobre o Internacional

“Sobre o jogo, a gente sempre respeitou o Roger. Falei para os meus jogadores que é uma partida de 180 minutos. Precisávamos competir como se fosse um Mundial. Faltava concentração. Hoje aconteceu isso. Enfrentamos uma equipe que eu conheço muito bem. Aproveitamos as oportunidades que apareceram. Poderia ser um placar maior se estivéssemos mais tranquilidade. Mas não ganhamos nada, são 180 minutos. Agora vamos pensar no Grêmio no final de semana e depois vamos pensar no Internacional.”

Concentração e desgaste físico

“Sempre cobro dos meus jogadores concentração, foco durante os 90 minutos. Isso, a gente tinha perdido nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro. Muitas vezes, eu mudo o time justamente por isso. Tenho dois laterais-esquerdos, os dois estão machucados. Por excesso de jogos. Aí ninguém quer comentar isso, ninguém quer saber. Daqui a pouco vou perder mais jogadores por lesão, justamente por isso. Não estou dando desculpa. Desde que cheguei ao Fluminense, nós tivemos 10 dias sem jogos nos Estados Unidos. E muitas vezes nossos treinos eram paralisados devido aos raios.

Então, todo mundo teve pré-temporada, todo mundo está de tanque cheio. Quer cobrar que a cada três dias a gente entre, ganhe, dê espetáculo, jogue bem, avance nas competições. Por isso que digo, o futebol brasileiro – falo por todos, tem muitos treinadores que gostariam de falar isso e não falam, eu falo por eles – o futebol brasileiro está muito chato. Ganhou é bom, não ganhou, não é bom. Historinha aqui e lá que minam o futebol. Minam muito infelizmente o ambiente em que os jogadores trabalham.”

Mudança de postura após a derrota para o São Paulo

“As atitudes. A concentração nos 90 minutos. Eu canso de elogiar o meu grupo. Dou “parabéns” pra eles todas as horas, acabei de dar. Nós perdemos três jogos no Rio de Janeiro e eu dei os parabéns para o meu grupo, pelo o que eles fizeram dentro do campo. Só o que eu cobro deles é a concentração. E sempre ficar focado durante os 90 minutos. No momento que um não fica focado, já complicam as coisas. E a gente tem perdido jogos nesse sentido.

Hoje eles ficaram focados o tempo todo, nós demos pouquíssimas oportunidades pro internacional. No futebol já é difícil fazer gol, e se você proporciona por adversário sair sempre na frente, aí o treinador tem que abrir o time e as coisas começam a se complicar. Não ficaram focados no jogo contra o São Paulo e deu no que deu. Ficaram hoje e a gente conseguiu a vitória importante fora de casa.”

Canobbio e Everaldo

“Quando elogio, elogio todo o meu grupo. O Canobbio entrou e estava muito bem, como o Soteldo estava. Coloquei uma equipe hoje para ir para dentro do Internacional. Da outra vez, jogamos da mesma forma aqui e ganhamos por 2 a 0, pelo Brasileiro, se não me engano. Justamente sabíamos o potencial do Inter, mas tínhamos que atacá-los também. O Soteldo estava muito bem, machucou, entrou o Canobbio que foi muito bem mesmo, fez principalmente a parte tática muito bem.

E o Everaldo é um cara que, como o Cano e Kennedy, converso bastante com eles, procuro dar conselhos, dar caminho, as melhores decisões que precisam tomar em campo. O Everaldo por onde passou sempre fez gols, o Cano é um goleador também, o Kennedy está de volta. Eu preciso deles todos, só que infelizmente não dá para jogar todos os jogos e todos eles ao mesmo tempo. Estou tentando, contra o São Paulo jogaram Everaldo e Kennedy, não deu certo.

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A cada três dias não dá para repetir, mas fico sempre feliz que possam fazer os gols porque são sempre cobrados. O Cano tem muita moral com o torcedor, fez muitos gols, e o Everaldo estava precisando disso. O torcedor no Mundial começou a entender, tem que incentivar, eu pedi. É um cara que faz gols, vai nos ajudar, é importantíssimo também. E hoje ele fez dois gols, é um cara que luta, se entrega. Isso que sempre peço para o torcedor, para apoiar os jogadores.

Porque no próximo jogo, quando ele entrar, vai ter confiança do torcedor. E entrando em campo com a confiança do torcedor, você não fica com medo de errar. Pode ter certeza que é sempre melhor. Não só pela nossa vitória, mas ele tirou um peso das costas. Dois gols muito bonitos diga-se de passagem, duas jogadas bonitas do Serna também e que nos proporcionaram um momento bom nos 90 minutos, mas nada está ganho.

Triunfo no Beira-Rio e conversa com jogadores

“É importante o que passo para o meu grupo. É importante o que o presidente conversa com eles. Elogiei meu time mesmo nas derrotas no Maracanã. Tomamos gol porque não estávamos concentrados. É preciso cobrar concentração dentro do campo, e vocês precisam se cobrar dentro de campo, também. Porque no momento que um der molhe, as coisas vão acontecer. E aconteceram. Mesmo com as derrotas, estou gostando do meu time. Faltou a concentração. Hoje eles fizeram o que conversamos e saímos daqui com uma grande vitória.

Não ganhamos nada, mas vamos decidir com a nossa torcida, no Maracanã. Toda hora estamos dentro do avião, dentro de um hotel. A cada três dias a gente não para. Eu não vejo o meu cachorro, que sou apaixonado por ele. Querem que jogue bem, ganhe os jogos.. Não dá. Acabei de ver o resultado dos outros jogos. Não quero comentar porque não é problema meu. Mas tem time de primeira divisão contra a terceira, contra quarta divisão. O futebol é assim, é difícil. Quando falo que o futebol está muito nivelado, é por causa disso.”

Expectativa para o jogo de volta

“Como o internacional vai jogar, depende do Roger. O importante é como a minha equipe vai jogar. Mas isso é um papo pra próxima segunda feira. A partir de amanhã a gente pensa no Grêmio. Nós temos um Campeonato Brasileiro pela frente, a gente precisa voltar a vencer também no Maracanã. Até porque nós últimos quatro jogos, nós não pontuamos. Espero que o torcedor compareça no Maracanã pra incentivar o nosso time, a gente precisa do apoio do nosso torcedor no próximo sábado. A gente sabe que é mais um jogo difícil. E a partir de domingo eu começo a pensar no Internacional, começo a pensar na melhor forma. Mas independente de como o Internacional vem, o importante são as atitudes que os meus jogadores tomaram hoje. O foco que eu tanto cobro deles.”

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