Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a vitória sobre a Aparecidense




Foto: Fluminense F.C.

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a vitória sobre a Aparecidense

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre a Aparecidense, na noite desta terça-feira, no Maracanã, pela ida da 3ª fase da Copa do Brasil 2025:

Dificuldades para vencer a Aparecidense 

“Coloquei isso muito bem para o meu grupo durante a semana e hoje na preleção. Problema do futebol brasileiro é que você vê uma equipe da Série A enfrentando uma da Série D e diz “ah, vai ter goleada hoje”. O São Paulo enfrentou uma equipe da terceira divisão (Náutico) ganhou de 2 a 1, eu não tenho nada a ver com eles… o Internacional, que todo mundo coloca como candidato ao título, só ganhou de 1 a 0 de um time da quarta divisão (Maracanã) nos acréscimos. Atlético-MG e Fortaleza empataram. Se fosse só o Fluminense e as outras equipes tivessem goleado.

Hoje, nós não temos mais aqueles jogadores que mudem a partida de um momento para o outro. O torcedor tem que viver a realidade do futebol brasileiro. Dois ou três clubes têm muito dinheiro e contrataram jogadores decisivos, os outros clubes não têm esse dinheiro. Vai enfrentar um clube da terceira divisão… É qualidade. O futebol brasileiro infelizmente está nivelado por baixo. Eu estaria preocupado se fosse só o Fluminense que tivesse um resultado muito apertado, mas vejo outros clubes penaram para ganhar. O torcedor brasileiro tem que se acostumar que não temos mais dois ou três craques em cada time.”

Baixo aproveitamento ofensivo 

“Problema não são os jogos mais difíceis, problema é que não tem jogo fácil. Hoje criamos bastante oportunidades, mas não aproveitamos. Quando eu falo que não tem jogo fácil, vocês mesmo falam que tal clube pode ser campeão brasileiro, outro time pode ser campeão… vamos ver os resultados deles contra os times de Série C.

Eu concordo com algo que o Mano Menezes falou. Nós estamos em uma geração que não decide mais jogos a qualquer momento. Temos que ficar ligados nisso também. Estamos trabalhando, por mais que não tenha tempo nisso. O desgaste é grande, com quatro minutos eu perdi o Cano, é difícil. Vamos pegar um adversário carne de pescoço no fim de semana, o Sport, que não se desgastou no fim de semana e nós sim. É por isso que às vezes eu poupo algumas peças.”

Baixa presença de público 

“A presença do torcedor é sempre muito importante. A torcida está vindo quase sempre em números muito bons. Por outro, lado a gente entende… Pelo menos, eu entendo (o baixo público), né? Final do mês, estamos vindo de um feriado bastante desgastado, o povo não está com esse dinheiro todo, sábado já tem jogo de novo… Está difícil para o povo comprar ingresso toda hora. Quem sabe sábado, com o pessoal recebendo, a gente consegue mais pessoas.”

Retorno de Keno ao time titular 

“São jogadores (Canobbio, Serna e Kano) com características diferentes. Nós temos um jogador de um para um, que abre a defesa adversária e quebra linha. É o Keno. O único. Hoje nós precisávamos do Keno e ele foi bem. Oportunidade eu tenho dado para todo mundo… Nenhum deles vai jogar todos os jogos, então eles têm que aproveitar as oportunidades. O Keno foi bem hoje, o Serna entrou e foi bem também, mas é outra característica. Que bom que eu tenho essas opções para mudar uma partida.”

Situação de Germán Cano 

“Sinceramente ainda não falei com ele. Ele estava tratando o joelho, ainda não conversei com o Departamento Médico, mas acho que nem eles têm essa resposta. Precisamos dos exames e só amanhã eu vou saber realmente o que ele tem, não sei se foi só uma batida. A gente conhece já os jogadores que temos na base… Mas vamos esperar os exames até amanhã.”

Mudanças no time titular 

“Não tem como falar que ciclano ou beltrano vai ser titular ao longo da temporada. Eu tenho um grupo. Dependendo do jogo, das condições de cada um, do desgaste a gente vai trocando. O Martinelli vem jogando todos os jogos, o Facundo vem também. Jogou na Sul-Americana, o último jogo diante do Botafogo. Eu estou fazendo esse rodízio. O Nonato jogou lá (na Sul-Americana), hoje de novo, o Lima também. São jogadores que estão jogando, são da posição e jovens. Eu procuro aproveitar, principalmente, do desgaste destes jogadores mais jovens, é o que tenho feito. E ele (Martinelli) foi bem, o problema é que está desgastado, assim como o Samuel está bastante desgastado.

Você pode me perguntar, até conversei com o Guga, antes do jogo, que iria usá-lo, mas aí o Cano se machucou, problema de colocar o time para frente. Quer dizer que eu não posso ficar trocando muito jogadores de defesa. Como precisamos ganhar um jogo como hoje, eu teria que colocar mais atacantes, como fiz. Infelizmente, alguns jogadores ficam em campo com um desgaste muito grande. É o caso do Samuel, do Martinelli, que saiu hoje de novo. Então a gente vai tentando, temos essas opções, buscamos fazer o possível. Muita gente pode falar que eu demorei para mexer no segundo tempo, só que eu tinha só mais uma mexida só. Eu tinha três jogadores para fazer e uma parada só, por isso esperei um pouco mais.”

Saída de Fuentes no segundo tempo 

“O Fuentes é um jogador que voltou agora após quase dois meses de uma lesão natural que ele iria sentir um pouquinho no jogo. No segundo tempo senti que ele estava um pouco cansado, cansado não, sem o ritmo de jogo necessário e estava com um cartão amarelo. O adversário estava tendo um contra-ataque muito rápido, então pensei em trocá-lo antes que perdesse o jogador.”

– Próximos jogos do Fluminense

  • Brasileirão: Fluminense x Sport – 03/05 (sábado), às 18h30 – Maracanã
  • Sul-Americana: GV San Jose x Fluminense — 08/05 (quinta-feira), às 21h30 — Hernando Siles
  • Brasileirão: Atlético-MG x Fluminense – 11/05 (domingo), 17h30 – Arena MRV
  • Sul-Americana: Fluminense x Unión Española — 14/05 (quarta-feira), às 19h — Maracanã
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Por Explosão Tricolor

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