Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após o empate com o Internacional




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após o empate com o Internacional
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após o empate com o Internacional

Técnico do Fluminense conversou com a imprensa após o empate com Internacional

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após o empate do Fluminense em 1 a 1 com o Internacional, na noite desta quarta-feira (07/08), no Maracanã, pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil 2025:

Empate com o Internacional e classificação às quartas de final

“Posso falar que, tecnicamente, não foi um grande jogo. Muitos passes errados de ambas as equipes. Mas tenho que destacar a entrega do meu time. Nós conversamos ontem no vídeo e na preleção. Essa atitude que eles tiveram foi bonita de ver. Sempre falo para eles que tem dia que o jogador não vai estar bem, mas tem que ter entrega o tempo todo. Usei o regulamento debaixo do braço só na parte final do jogo. O objetivo era a classificação e estamos na próxima fase.”

Atuação da arbitragem

“É difícil falar. Ele esteve muito bem no jogo, tem que dar os parabéns ao árbitro e aos assistentes. Pelo menos na minha opinião eles foram bem. É a lei. Ele cumpriu a lei. Sei que você fala “ah, é difícil de voltar”. Mas é difícil de voltar quando tem as cobranças de pênaltis. Hoje não sei se foi o VAR que falou para ele que tinha se adiantado, na posição que ele fica é difícil, não ia anular. Não tem condições de ter certeza que o Fábio tinha se adiantado. Mas foi no pulinho do Alan Patrick que o Fábio se adiantou um pouquinho. Ele cumpriu a lei. A única coisa que poderíamos colocar em questão é o pênalti logo no início, que o VAR poderia chamar ele. Seria uma interpretação dele, muitos vão falar que estava próximo do jogador, outros dariam pênalti, enfim. Mas acho que, pelo menos nos jogos do Fluminense, os árbitros têm ido muito bem.”

Busca por reforços

“Nós temos três bons atacantes, isso não é uma prioridade nossa. Temos dois jogadores que o presidente pode anunciar a qualquer momento. Eu troco bastante ideia com o presidente. Falei que nós temos necessidade de um zagueiro, justamente pelas lesões. O Thiago Silva e o Ignácio… no mínimo mais umas três semanas. Então eu pedi pra ele trazer mais um zagueiro pra compor o grupo.”

Bom momento de Martinelli e Everaldo

“Eu fico feliz. Vou dar outro exemplo do Everaldo. É mais ou menos parecido. Quando cheguei aqui eram jogadores sobre os quais havia uma cobrança muito grande por parte da torcida. Quando chego, no jogo contra o Bragantino, peço para o torcedor apoiar o Martinelli. Uma que ele é de Xerém, da base, produto do clube. Um grande profissional, menino que gosta de trabalhar, jogar todos os jogos, não gosta de sair. Cabeça muito boa e entrega grande dentro de campo.

Da mesma forma que o Everaldo. Pedi para o torcedor apoiar, recuperamos da mesma forma que o Martinelli. Fico feliz porque um é da casa e o outro tem feito gols, nos ajuda também. É importante. Subiram de produção pela confiança que o torcedor passa. Não tem mais vaias, só aplausos. O jogador se sente seguro de arriscar a jogada dentro do campo. Ficamos felizes também com o apoio do nosso torcedor hoje. É assim que tem que ser não só para os dois, mas para o grupo todo. O torcedor está vendo a entrega dos jogadores em campo. Jogando a cada três dias.”

Escolhas durante a partida

“Hoje, no final, usei o regulamento. Coloquei a equipe para trás, fiz basicamente duas linhas, uma de cinco e outra de quatro. Deixando o Ganso solto lá na frente. O Roger é inteligente, começou a colocar atacantes, jogadores altos. Ontem mesmo eu havia falado com o Thiago e o Facundo, falando que provavelmente usaria os dois hoje porque teria um determinado momento em que o Inter colocaria jogadores altos. E teríamos de aumentar nossa altura. Preferi sofrer nos últimos minutos e jogar da forma que começamos. O Internacional estava com muitos atacantes e eu não poderia tomar o gol. Fiquei no 5-4-1. Sofremos, é verdade. Mas tem horas em que é melhor sofrer do que dar oportunidades ao adversário. Valeu pela entrega. Aumentei a altura do time e estávamos brigando de igual para igual com o adversário.”

Está incomodado com a demora do Fluminense em contratar?

“Quanto mais opções o treinador tiver, melhor. Mas eu, sinceramente, em momento algum eu me aborreci. Muita gente falou que estava aborrecido. Não, de maneira alguma. Eu converso diariamente com o presidente, entendo o lado financeiro do clube. Entendo que muitas vezes se consegue o dinheiro mas não tem o jogador. Já falei para ele que a gente não pode errar nas contratações agora justamente por isso. E temos prazo até dia 2 de setembro, se por acaso acontecer alguma coisa e tiver que ir para o mercado para procurar algum jogador de alguma posição. Mas, principalmente pelo o que esse grupo fez no Mundial, acho que todo mundo ficou satisfeito com o grupo. É lógico que quanto mais opções eu tiver, melhor. Mas sempre confiei nos jogadores.

Você falou sobre o Manoel, que era o quinto, sexto. O Manoel sempre esteve no bolo dos jogadores, concentrou, sempre treinou, é um grande profissional. Falo para eles treinarem forte para jogarem forte porque daqui a pouco vai aparecer a oportunidade. Porque se o jogador acha que não está no esquema do treinador, não está jogando e daqui a pouco aparece a oportunidade, se ele não der conta, aí está todo mundo vendo. Todo jogador que tem entrado, o próprio Guga improvisado na lateral (esquerda) deu conta do recado. Esse grupo é muito bom, apesar de que muita gente acha que a gente precisa de reforços. Óbvio que quanto mais reforços, melhor.

Em momento algum me aborreci, pelo contrário. Sempre procurei dar força para todos eles. A única coisa que cobro é a resposta dentro de campo. A entrega que tiveram hoje contra o Internacional lá, tiveram contra o Grêmio. Entrega e concentração que não tivemos nos três, quatro jogos que perdemos, não foi a mesma concentração do Mundial. Falo para eles, no momento em que entrar e não tiver a concentração do Mundial, a conta vai chegar. Foram os quatro jogos que perdemos seguidos, mesmo assim jogamos bem, mas não ficamos focados nos 90 minutos. Tomamos os gols.”

Desempenho contra o Internacional

“Tecnicamente não foi uma partida muito boa da minha equipe. Eu gostei da entrega. Futebol é assim, tem que ter entrega. Lá, o Internacional saiu mais para o jogo, deixou espaços e aproveitamos muito bem. Aqui, sabíamos que eles iam chegar em um determinado momento que abririam mão da defesa e iriam nos atacar porque precisavam do resultado. Também foi um jogo bastante estudado das duas partes. No final do jogo preferi sofrer porque sabia que eles colocariam bola de tudo quanto era parte do campo dentro da área e eu não podia tomar gol de cabeça. Eu tinha que ter jogadores altos para competir com os do Inter. Com isso, obviamente, colocando o time mais para trás, você fica mais longe do gol do adversário. Eu já tinha pensado em tudo isso, usei o regulamento debaixo do braço. Para usar isso era para conseguir o nosso objetivo, que era a classificação. É o mais importante. Às vezes você tem várias oportunidades e não consegue fazer o gol, daqui a pouco sofre um.”

Vai priorizar a Copa do Brasil?

“Vamos focar nas três competições. Ali na frente, trocando ideia com o presidente e o grupo, se o presidente achar que direcionar uma competição, tudo bem. No momento a gente tem que pensar nas três. Quando falo para vocês que tenho que mexer no time não é porque vamos priorizar uma competição, é por obrigação, porque daqui a pouco vou perder meus jogadores por cansaço e por lesões. Além da viagem longa que a gente vai ter… Só nós que trabalhamos com futebol (sabemos). Eu estou cansado, imagina os jogadores, que correm. A gente não consegue comer direito, dormir direito. Para cima e para baixo em avião, hotel. No momento a gente sempre vai procurar buscar ponto no Brasileiro, na Copa do Brasil, classificação na Sul-Americana. Quanto ao time, infelizmente tem que segurar por causa de todos esses motivos que falei para vocês.”

Escalação para o jogo contra o Bahia

“Não tem como você colocar o mesmo time em campo, até porque tem posições que eu tenho na conta do chá, justamente porque tem bastante gente no Departamento Médico. É óbvio que eu vou mexer no time pra sábado. Os garotos vão jogar porque não tem saída. Se eu botar o time que jogou hoje, pra jogar contra o Bahia, meu time não vai andar no sábado e não vai andar na terça-feira também.”

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