
Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após o empate do Fluminense com o Mamelodi Sundowns
Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após o empate do Fluminense em 0 a 0 com o Mamelodi Sundowns, da África do Sul, na tarde desta quarta-feira, no Hard Rock Stadium, pela 3ª rodada do Grupo F do Mundial de Clubes da FIFA:
Vitória sobre Mamelodi Sundowns e classificação às oitavas de final do Mundial
“Felicidade muito grande, né? Esse era o nosso objetivo. Sabíamos que teríamos bastante dificuldade na partida. Às vezes é melhor você sofrer e conseguir a classificação do que querer jogar bonito e perder a vaga. O grupo e a torcida estão de parabéns. Alcançamos o que viemos buscar.
Sabíamos que nós iríamos ter bastante dificuldade, uma equipe rápida, uma equipe que está acostumada a jogar com calor também. Demos um pouquinho de espaço no início do jogo, depois acertamos a marcação. E é lógico que, para você jogar contra uma equipe dessa, você precisa ter os cuidados defensivos também. E tivemos. No futebol, às vezes, se você jogar bonito e vencer, é ótimo, mas às vezes você precisa saber sofrer também um pouquinho. Então hoje a gente soube sofrer. Eles tiveram as duas oportunidades logo no início do jogo, depois a gente se comportou bem.
Como falei, a gente sofreu um pouquinho, não demos tanto espaço ao adversário. E buscamos o nosso objetivo desde que nós chegamos aqui, que era a gente conseguir a classificação. Sabíamos que os três jogos iam ser difíceis, como foram, mas o grupo está de parabéns, o nosso torcedor está de parabéns porque alcançamos, alcançamos o primeiro degrau que a gente conseguiu. Amanhã a gente já pensa no nosso próximo adversário.”
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River Plate, Inter de Milão ou Monterrey
“Agora vamos ver o que acontece no outro grupo, independente de quem se classificar. A gente sabe que vai ser difícil também, a gente precisa se preparar. Vamos estudar bastante o nosso próximo adversário. Mas como eu falei, eu não tenho preferência, não. Eu acho que o mais importante de tudo foi que o meu grupo conseguiu o objetivo que foi a classificação.
Eu já tenho visto alguns jogos, inclusive desses adversários. Hoje à noite vai ter a decisão do grupo deles, obviamente que eu vou assistir. Cada um tem uma opinião, né? Mas a gente não escolhe adversário. Eu acho que o mais importante de tudo é a gente ter classificado. Conseguimos esse objetivo. Agora vamos ver o que acontece no outro grupo, independente de quem se classificar. A gente sabe que vai ser difícil também, a gente precisa se preparar.
Vamos estudar bastante o nosso próximo adversário. Mas como eu falei, eu não tenho preferência, não. Eu acho que o mais importante de tudo foi que o meu grupo conseguiu o objetivo que foi a classificação.”
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Chaveamento até a final
“Não, não tem preferência. Eu acho que já é um privilégio nós estarmos aqui nessa Copa do Mundo. É um privilégio a gente ter conseguido a classificação para a próxima fase. Agora, independente de quem a gente pegar, vamos trabalhar bastante para tentar passar ainda para outra fase.
A gente sabe o quanto é difícil, mas não tem preferência. Não tem jogo fácil e esse mundial tem provado isso. Não adianta você ter um time de R$ 400, R$ 500 milhões. O futebol é decidido dentro do campo e esse mundial, volto a repetir, tem mostrado isso. Então eu acho que nós estamos felizes, vamos comemorar nossa classificação, vamos ver o que acontece na outra fase. Vamos procurar estudar bem o nosso adversário para conseguir nosso próximo objetivo que é passarmos para outra fase, independente de quem vier pra frente, da nossa chave, do outro lado.
Enfim, degrau a degrau. Conseguimos passar o primeiro degrau, foi a classificação hoje, e a partir da manhã a gente começa a estudar o nosso adversário. O objetivo, obviamente, é tentar passar para outra fase também, independente do adversário.”
Relaxamento após empate com o Borussia Dortmund
“A concentração é o foco. Muitas vezes acontece isso no Brasil quando você tem um clássico, um jogo importantíssimo, a concentração é outra. E é natural do ser humano, é natural do jogador, ele dar uma relaxada quando ele acha que o jogo não é tão difícil assim. E todos os jogos são difíceis. Então a nossa concentração, o foco, o nosso trabalho, atingiu o máximo contra o Borussia. E deu no que deu. Fizemos uma grande partida, não demos muita chance ao nosso adversário, merecíamos inclusive ter ganho. E aí, de repente, na cabeça de alguns jogadores, num instante do grupo todo, achar que conseguimos uma bela atuação contra o time mais forte, teoricamente, da chave e agora aquele relaxamento é normal. E aí é que mora o perigo.
Então eu conversei bastante com o grupo, troquei bastante ideia com eles, principalmente em relação ao nosso último jogo, em que nós estávamos concentrados, focados no trabalho e deixamos de ficar concentrados e tomamos a virada. E de repente, por causa de 15 minutos daquele jogo, as coisas poderiam piorar para a gente.
Hoje, nós não poderíamos ter jogado pelo empate, por exemplo, se tivéssemos perdido aquele jogo. Então a gente procura ensinar, eu passo a minha experiência pra eles, procuro corrigi-los no vídeo, mas quem entra em campo são eles. Mas, sem dúvida alguma, o jogador de futebol tem essa concentração quando ele sabe que o jogo, principalmente diante de um europeu, a concentração é outra. E aí, de repente, quando você pega um time teoricamente mais fraco na cabeça deles, tem aquele relaxamento, e aí infelizmente às vezes as coisas acontecem ao contrário.”
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Disputa do terceiro mundial
“Eu acho que o mais importante de tudo também é o privilégio de eu ter disputado os três mundiais. Como jogador, com o Grêmio, e agora com o Fluminense, peguei os três mundiais, então me sinto uma pessoa bastante privilegiada.”
Entrada de Thiago Santos
O exemplo está aqui do lado, né (citando o Ignácio)? Quando eu falo para eles estarem preparados, fiquem preparados que a camisa chega, a bola chega, a oportunidade chega. E hoje o Ignácio fez uma grande partida, um jogador que não veio jogando, mas tem toda a confiança minha e do grupo. Então hoje ele representou bem, substituiu bem o Thiago Silva.
Quanto ao Thiago Santos, muitas vezes o torcedor, pelo estilo de jogo, ele não gosta do jogador, mas para o treinador, um tipo de jogador como esse é importante porque é um jogador tipo aquele pitbull na frente da área, que morde, que pega, não dá muito espaço ao adversário. E é importante um jogador desse no grupo. Então, uso ele às vezes como zagueiro, às vezes como volante.
Nessas horas a gente sabe que o adversário sempre vai colocar a bola nos minutos finais dentro da área. Então, ao invés de ter que colocar três zagueiros, eu coloquei tanto ele quanto o Facundo Bernal, que são dois caras altos, bons, dois pitbulls ali na frente da área para marcar porque a gente sabia que o adversário ia vir para o tudo ou nada.
Eles conseguiram entrar bem, neutralizaram os jogadores do adversário e na bola aérea também estavam dentro da área. São bastante úteis. A mesma coisa o Renê, eu lembro que lá no Internacional também, às vezes ele era perseguido e hoje ele fez uma grande partida novamente.
Às vezes o torcedor não tem tanto carinho com o jogador, mas o treinador tem. O treinador sempre sabe o que é o melhor para o grupo, sempre o que é o melhor para o time. Então, quando ele coloca a A, B ou C para dentro do campo, durante a partida de início, ele sabe o que está fazendo. Ele conhece o jogador. Ninguém conhece mais o jogador que o treinador. O treinador convive com o jogador todos os dias. Todos os dias. Então, quando a gente troca um pelo outro, começa uma partida, a gente sabe exatamente o que a gente está fazendo.”
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