Coletiva completa: Zubeldía fala sobre utilização da base, estilo de jogo e disputa no ataque




Luis Zubeldía foi apresentado oficialmente neste sábado
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Coletiva completa: Zubeldía fala sobre utilização da base, estilo de jogo e disputa no ataque

Zubeldía concedeu a sua primeira entrevista coletiva como técnico do Fluminense

Na tarde deste sábado (27/09), no CT Carlos Castilho, o técnico Luis Zubeldía foi apresentado oficialmente pelo Fluminense Football Club. Em sua primeira entrevista coletiva, o novo comandante tricolor falou sobre o acerto com o clube das Laranjeiras, disputa no ataque, utilização da base, estilo de jogo e muito mais. Confira abaixo todas as respostas:

Acerto com o Fluminense 

“Quero agradecer ao presidente e as pessoas que trabalham aqui. Estou muito feliz de ocupar esse cargo. O que me fez tomar essa decisão foram os objetivos do clube. Me encontro num momento muito bom para estar à altura dos objetivos da equipe. Para isso, precisamos de bons jogadores e temos bons jogadores aqui. Por isso, acredito que a temporada tem sido boa, também por causa do grande treinador que foi o Renato. Com a saída dele, o presidente se comunicou comigo e apresentou a proposta. Objetivos claros, um bom elenco para poder alcançar os objetivos.”

Reencontro com Germán Cano e disputa no ataque 

“Falamos sobre jogadores pontuais e falamos sobre Cano. Acompanhei seu crescimento. Colaborei no início para que ele seja o atacante que é. Minha ideia e desejo é que ele possa sentir o mais cômodo possível dentro da equipe para fazer gols. Pode chutar de direita, esquerda, de cabeça. Tem boa técnica. Por isso fez uma grande quantidade de gols, não só aqui, mas em todos os lugares. Nessa posição, também há Everaldo, que é outro perfil de jogador, e Kennedy, que tem outro estilo. É uma boa notícia porque temos características diferentes. Mas não vou dizer quem vai jogar (risos), porque se não Ancelotti Junior vai trabalhar em cima dessa informação.”

Grande número de cartões recebidos 

“Tenho minha personalidade, minha liberdade de expressão. Falei com Mário, antes não tinha a regra de cartões amarelos. Três cartões dá suspensão ao treinador. Essa regra me prejudicou, bati recorde de suspensões no ano passado. Espero diminuir esse número, melhorar. É um desafio pessoal, mas vão me ver no banco fazendo um par de coisas. Vou tentar melhorar, mas não prometo nada. É um tema que não gosto, deixar a equipe. Tenho coisas boas e ruins, quero melhorar as ruins, sem perder minha personalidade.”

Três volantes ou armador no meio-campo?

“Esse conceito de que um jogador pode jogar atrás do 9 é algo que temos no elenco. Naquele momento no São Paulo, eu tinha o Luciano, que poderia combinar como segundo atacante. Nós precisávamos de um atacante a mais. No Fluminense, jogava-se com três volantes para dar liberdade aos pontas. Hoje, estamos vendo com muita atenção jogar mais com um meia-atacante para que ele possa acompanhar o atacante. Ele pode nos dar soluções em determinados jogos. Mas isso é difícil. Tenho que estar convencido de que o que eu coloco dará resultado. Tenho o desejo de jogar com um meia-atacante e três volantes. Com três volantes, já vi que funciona. Há três perfis de meia: um mais vertical, um atacante que joga atrás do 9, como o Luciano, e o 10, como Ganso. Sei que tem jogadores que estão com poucos minutos e verei se são meia-atacantes mais verticais, mais 10. Vamos definindo com o decorrer das partidas.”

Estilo de jogo 

“Para mim, é muito importante que a equipe encontre o equilíbrio entre posse (de bola) e verticalidade, que nos dão as diferentes características que se colocam no campo, as diferentes características dos jogadores. Se os jogadores têm a posse e falta verticalidade, terá só um estilo. Se tiver verticalidade e sem posse, será descompensado. Para mim, é importante ter antagonismo de características. Quero ter diferentes perfis. Encontrar esse equilíbrio de características me dá fluidez futebolística para defender e atacar. Na experiência que tive no Brasileirão é uma maratona, que também tem a Copa do Brasil, Libertadores, o Estadual… É tão longo que uma unidade (de time) não basta para sustentar uma temporada. Precisamos encontrar uma equipe para ser competitiva. Eu prefiro ter muitos jogadores do que pouco. Prefiro ter problemas de gestão por não dar oportunidade a todos do que não ter essas soluções.”

Experiência e juventude

“Joguei contra o Fábio o Mundial Sub-17. Eu era assistente na primeira divisão aos 24 anos. Aos 27 anos, fui o treinador mais jovem a estrear no futebol argentino, todos eram mais velhos que eu. Agora, só um é mais velho que eu. Má notícia. Estou velho (risos). Me dê os jogadores, a virtude do treinador é dar uma forma de jogo, tomar boas decisões, questionar vontades. Cada jogador é um mundo à parte. Tenho jogadores mais velhos, mais jovens, de idade intermediária. A arte do treinador é lograr essa fusão, lidar com os antagonismos.”

Utilização da base 

“Na Argentina, usei muitos jogadores jovens. No São Paulo, diziam que eu não usava os jovens, terminei coloquei muitos jogadores jovens. Três deles estão na Europa. Meteram gol na Copa Libertadores, o São Paulo foi o segundo melhor na classificação geral, com a participação e a estreia desses três jovens. No ano passado o mesmo, com a participação de um jogador. O plantel é amplo, está bom, há jogadores jovens, isso é bom. Com calma, vamos posicionando e utilizando, o que não posso fazer é acelerar o processo. Depois não tem como voltar atrás. Bernabei e Aguirre, os dois laterais do Inter, estrearam comigo. López, do Palmeiras, estreou e teve continuidade comigo. Poderia numerar mais. É saber usá-los no momento certo.”

Clássico contra o Botafogo

“Clássico é clássico. Sou argentino, vivi aqui e sei o que é a paixão no futebol. Com quatro anos já jogava, com 24 era treinador. Sei o que significa o clássico, todos queremos ganhar. Vamos fazer o melhor jogo possível, para termos consistência, poder trabalhar como equipe e buscar um bom resultado. Os pontos em casa são importantes, mas tudo que possamos conquistar fora também é importante. Cheguei ontem e prefiro já estar com a equipe amanhã.”

Pressão das redes sociais

“Acho que vamos ver um resultado do que estamos vivendo agora, sobre as redes sociais. Não sei quando, mas vai haver. Parece que após a Pandemia isso se agravou. Os seres humanos têm coisas boas para interpretar o que está acontecendo e encontrar o equilíbrio. Me parece que estamos nesta situação: de encontrar o equilíbrio tanto para quem opina quanto para os receptores, ou no futuro deixará de existir porque não é considerado. Eu recebo com equilíbrio o que se passa fora. Não tenho rede social, consumo pouco. Se me chega a informação, uso um filtro para não viver ilhado do mundo, mas considerar o que acho justo e necessário.”

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