“Tivemos 38 (jogadores) em 2019 pois alguns voltaram de empréstimo e não tinham para onde ir. Gostaríamos de trabalhar com um número bem reduzido, algo mais racional para o treinador. Vamos estabelecer o número com o Odair, mas acho que ele trabalhará, no máximo, com 25”.
A frase acima é uma declaração dada pelo diretor de futebol do Fluminense, Paulo Angioni, em recente entrevista concedida ao portal GloboEsporte.com. Considerando os contratos vigentes e a informação dada pelo executivo tricolor de que o elenco terá, no máximo, 25 jogadores para 2020, a situação de momento é a seguinte:
Goleiro
Marcelo Pitaluga, Marcos Felipe e Muriel
Lateral-direito
Gilberto e Igor Julião
Zagueiro
Frazan, Luccas Claro, Matheus Ferraz e Nino
Lateral-esquerdo
Mascarenhas e Orinho
Volante
Dodi
Meia
Miguel, Nenê e Paulo Henrique Ganso
Atacante
Evanilson e Marcos Paulo
Com base na relação acima, 17 jogadores já estão garantidos para 2020. No entanto, três jogadores devem acertar suas respectivas permanências nos próximos dias:
Digão (zagueiro)
Falta acertar a rescisão com o Cruzeiro.
Yuri (volante)
Falta o aval do Audax Osasco para acertar a sua permanência.
Pablo Dyego (atacante)
Ainda não confirmou oficialmente a renovação de contrato.
Sendo assim, restariam apenas cinco vagas. Sabe-se que o clube tenta garantir as permanências de Caio Henrique e Allan. Sobre a utilização da base, Paulo Angioni disse que Calegari, Luan e André serão aproveitados no time de aspirantes. Ele ainda revelou que não há nenhum outro jogador definido para subir da base para o profissional.
Há algumas situações que serão analisadas. O volante Jefferson Orejuela, por exemplo, está retornando da LDU, mas ainda não sabe se será reaproveitado ou negociado. Jogadores como os volantes Caio e Zé Ricardo devem ser utilizados no Sub-23. Já o Lucão pode deixar o clube.
Analisando friamente, é impossível não ficar preocupado. Entretanto, nada disso me surpreende. Com mais de R$ 200 milhões em dívidas para serem executadas no próximo ano, a situação financeira do clube é bastante complicada. Ou seja, fazer futebol na próxima temporada será uma árdua tarefa para o Fluminense, mas alguns critérios devem ser questionados. A renovação do Igor Julião há alguns meses e a do Pablo Dyego são pra lá de questionáveis. Assim como as contratações do Luccas Claro, Orinho e Lucão. Na situação que o clube se encontra, a gestão de futebol tem que ser cirúrgica.
Pode ser que a diretoria dê uma segurada agora para gastar um pouco mais lá pelo meio do ano. Porém, é um risco que se corre, pois a Copa Sul-Americana e Copa do Brasil terão os seus respectivos inícios já em fevereiro.
No restante, aguardarei a divulgação do Orçamento e as contratações para emitir uma opinião mais aprofundada. Por enquanto, é só preocupação. E muita…
Forte abraço e ST
Vinicius Toledo

