Com dedo do treinador






Não é sempre que o Muriel fará milagres e que a sorte andará de mãos dadas com o Fluminense. Na verdade, abusamos dos dois fatores nos últimos jogos. Aí surgiu o Athletico-PR no nosso caminho. Quem tem o mínimo de noção já sabia que a parada seria complicada. No entanto, a postura da equipe foi pra lá de corajosa. Por incrível que pareça, o Fluminense foi pra dentro dos caras. Porém, faltou decidir lá na frente.

Como tudo na vida tem um preço, a ousadia tricolor veio acompanhada de sérios problemas defensivos. Infelizmente, a marcação foi frouxa. Pelo meio ou pelos lados, o Fluminense cedeu diversos espaços. A defesa até cortava, mas a sobra sempre era do Athletico. O gol de empate sofrido no final do primeiro tempo era para ter saído bem antes.

Após o intervalo, o jogo seguiu aberto, mas com o Athletico melhor organizado em campo. Entretanto, as mudanças realizadas pelo Marcão foram um “grande tiro de 12” nos dois pés. A saída do Daniel para a entrada do Orinho e o deslocamento do Caio Henrique para o meio foram terríveis. Com o sistema defensivo bastante exposto por conta da frouxidão na marcação, acho que a entrada do Yuri equilibraria melhor o time, pois manteria o Caio Henrique na lateral-esquerda e ainda possibilitaria que o Allan avançasse com maior liberdade.

Apesar dos sérios problemas com a marcação, o Fluminense acabou sendo derrotado por conta de um gol originado de bola parada. Essa foi de doer. Gol pra lá de idiota.

Infelizmente, o Fluminense voltou a perder após uma invencibilidade de cinco jogos. Entretanto, sou totalmente contra qualquer tipo de caça às bruxas. Porém, por mais que seja muito gente fina, Marcão é o nosso atual treinador. Sendo assim, ele também tem que ser cobrado. Milagre não dá para fazer, mas ter leitura de jogo, estratégias e, principalmente, coragem para substituir quem realmente merece ser sacado são obrigações básicas de um treinador. Espero que ele tenha aprendido a lição.  

Agora é colocar a cabeça no lugar e focar no Fla-Flu. Antes de tudo, se o Fluminense pensa em fazer alguma graça terá que reconhecer suas próprias limitações ou será que alguém em sã consciência acha realmente que dá para encarar os caras de peito aberto? É o típico jogo que mais do que nunca, a equipe necessitará do dedo do treinador. Vamos aguardar…

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo