Jejum de gols de Germán Cano pelo Fluminense completa um mês nesta quarta-feira
Atual Rei da América, Germán Cano faz uma temporada discreta em 2024, com 19 partidas disputadas e apenas cinco gols marcados. O atacante do Fluminense, inclusive, não balança as redes há um mês. O último gol dele com a camisa tricolor foi no empate com o Atlético-MG, no dia 4 de maio, pela 5ª rodada do Brasileirão.
Para analisar o jejum de gols de Germán Cano, o site GE ouviu os comentaristas Jéssica Cescon, Pedro Moreno e Rodrigo Coutinho. Dentre os pontos que podem justificar a performance do argentino, destacam-se a lesão sofrida em março e o desempenho coletivo do Fluminense na temporada.
Jéssica Cescon
– O Fluminense passa por um momento instável coletivamente e isso tem afetado, dentre outros aspectos, a criação das jogadas. Consequentemente o ataque passou a receber menos a bola em situação de conclusão do que costumava receber. Nem sempre a jogada chega limpa, em triangulações pelo chão, como foi a característica do time campeão da Libertadores. Além disso, por causa do momento que testa a capacidade do conceito de jogo antes sólido do time, a confiança individual dos jogadores também é atingida. Assim como vemos mais erros na saída de bola aparecerem, o atacante perde mais gols. Mas vale dizer que a instabilidade é natural em qualquer trabalho, e a queda de rendimento individual também. Uma coisa está conectada com a outra, e Cano deve voltar a ser o goleador que conhecemos na medida que o time recuperar consistência.
Pedro Moreno
– Acredito que o rendimento abaixo da média de Germán Cano nessa temporada seja explicado por alguns fatores. O primeiro deles é de ordem física. Cano, que é um jogador com baixo histórico de lesões, sofreu com lesão no início da temporada. Sendo que a pré-temporada do Fluminense já foi abreviada e longe do ideal, por conta da disputa do Mundial e da Recopa Sul-Americana. Outro motivo é no aspecto coletivo. Até aqui na temporada, o Flu tem sido um time com maior dificuldade de sair da pressão e, principalmente, de criar grandes oportunidades, em comparação ao time do ano passado.
– Por último, destaco também a questão do posicionamento. Embora Cano seja um jogador muito voluntarioso sem a bola, sempre se entregando demais na marcação, no perde-pressiona, não foi raro vermos em diversos jogos o atacante tricolor baixando na linha dos volantes, pra ajudar no momento sem bola. É claro que, no modelo de jogo tão agressivo do Fluminense, é muito importante a entrega de todos na recomposição. Porém, deixar um finalizador nato tão distante do gol tem cobrado seu preço.
Rodrigo Coutinho
– Acho que a gente pode ver essa situação por dois lados. Primeiro, tem o lado do time. O Fluminense é um time que tem produzido muito menos. Então, automaticamente, por ser o centroavante, ele recebe menos bolas em condições de fazer gol. Mas também tem o lado dele. Não sei se tem sentido alguma questão física. Desde o ano passado, o Fluminense passou por uma maratona de ter que se reapresentar, entrar de férias depois de todo mundo, entrar em forma rapidamente para jogar a Recopa.
– Ele também teve uma lesão no Carioca. Talvez isso tenha prejudicado esse início de preparação dele e tenha tirado a forma técnica, talvez tenha atrapalhado um pouquinho a parte mental também. Fato é que acho que não dá para ver isso (jejum) por um lado só.
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Por Explosão Tricolor
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