Competitivo e pragmático, Fluminense aplica outra “goleada”




Kauã Elias ( FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)

Competitivo e pragmático, Fluminense aplica outra “goleada” de 1×0 e vence a terceira seguida no Brasileirão (por Lindinor Larangeira)

Seria apenas coincidência que uma das defesas mais vazadas do campeonato brasileiro esteja a três jogos sem tomar gol? No caso do Fluminense, a tal coincidência tem nome e sobrenome: Thiago Silva.

Não é apenas o Monstro o responsável por essa virada de chave. O futebol competitivo e pragmático, que pode não ser encantador, mas tem sido extremamente eficiente, tem a cara, o dedo e a estratégia de Mano Menezes.

A atitude do time mudou da apatia para a combatividade. O modelo de jogo, antes uma irritante posse de bola estéril, passou a ser o que a partida e o adversário demandarem. Ou seja, o time não joga da mesma maneira. Busca jogar explorando as fraquezas do adversário e minimizar seus pontos fortes.

Foi o que se viu no exótico horário do final da manhã e início de uma tarde de muito sol, na simpática e bucólica Bragança Paulista.

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No primeiro tempo, o time da casa teve 15 minutos de pressão, mas sem levar qualquer perigo ao gol de Fábio, atualmente sem tantas funções de armação de jogadas. Entre os 15 os 25, o jogo ficou equilibrado e morno, apesar do forte calor. E a partir daí , o Fluminense começou a controlar a partida, criando as melhores oportunidades.

Depois de um defesa milagrosa do ótimo goleiro Lucão, em conclusão de Serna, que teve outra boa atuação, o tricolor chegou ao gol da vitória, em passe magistral de Ganso, para a conclusão de centroavante raiz do moleque Kauã Elias.

Na segunda etapa, o pragmatismo e a concentração foram fundamentais para manter o resultado, porque era óbvio, que a equipe local, que no primeiro turno sofrera uma única derrota, viria pra cima. E veio…

O bom treinador Pedro Caixinha encheu seu time de atacantes rápidos para tentar confundir a bem encaixada marcação tricolor.

Elétrico na beira do campo, o técnico português tentava jogar junto com seus putos, como são chamados os garotos em Portugal, mas a movimentação intensa do Red Bull, não dava asas ao sonhado empate, pretendido por Caixinha.

O Fluminense soube sofrer? Nada disso. Soube se defender. Teve bola na trave, mas Fábio não fez defesas milagrosas, como a de Lucão. 

Se não foi uma atuação brilhante tecnicamente, taticamente foi irrepreensível. A exceção de Martinelli, todos jogaram muito bem. Inclusive Samuel Xavier, que não deu espaço para a correria do ensaboado Vitinho.

Antônio Carlos também fez outro jogo bastante honesto. A zaga, antes deficiente na bola aérea, venceu, praticamente todos os duelos, nos muitos cruzamentos do time paulista.

No final, o caseiro e permissivo árbitro até tentou dar uma força para o nosso adversário, economizando cartões e liberando o rodízio de faltas dos locais.

Felizmente, não deu. O focado e disciplinado Fluminense, soube segurar o ímpeto da rápida molecada bragantina e aplicar mais uma santa goleada de 1×0. A terceira seguida.

Agora a parada é a Copa do Brasil. E que a gente possa comemorar mais uma vitória do Fluminense, brindando com um bom vinho da Serra Gaúcha.

PS1: Nonato não é genial, mas, pelo menos, é combativo. Martinelli tá difícil…

PS2: O Flu de Zezé Moreira voltou… (Os mais experientes entenderão..).

PS3: Um jogo de cada vez, no espírito do mata-mata, seja nas Copas ou no Brasileirão.