 
Calegari, André, Martinelli, Luiz Fernando e Marcos Paulo fazem parte do time profissional do Fluminense
Na última segunda-feira (21), o time sub-17 do Fluminense conquistou o Brasileirão da categoria diante do Athletico-PR, e coroou a chamada “Geração dos Sonhos”, que conta com Kayky, Metinho e outras joias. Contudo, a “Geração de Ouro”, que antecedeu a atual e também atraiu muitos holofotes, também despontou em Xerém em 2018. Daquele time, cinco jogadores já estão atuando pelo profissional. A matéria foi publicada originalmente no GE.
O time base da “Geração de Ouro” era: Marcelo Pitaluga; Luan Freitas, Davi e Marcos Pedro; André, Martinelli e Wallace; Luiz Henrique, Marcos Paulo e João Pedro. Desses, quatro fazem parte do time profissional do Tricolor, Marcelo Pitaluga foi negociado com o Liverpool e João Pedro com o Watford, ambos da Inglaterra, e os demais seguem no processo de transição atuando pelos times sub-23 e sub-20.
Naquele ano, os moleques de Xerém foram campeões carioca e chegaram às finais da Copa do Brasil e da Taça BH. A equipe chegou na final de todos os campeonatos que disputou em 2018.
Confira o levantamento feito pelo GE da situação atual do time-base da “Geração de Ouro” de 2018:
MARCELO PITALUGA (SUB-23 DO LIVERPOOL)
O promissor goleiro, hoje com 18 anos, foi vendido ao Liverpool, da Inglaterra, em setembro deste ano, antes mesmo de atuar profissionalmente pelo Fluminense. A transferência foi concretizada por 1 milhão de euros mais bônus futuros. O Tricolor ficou com 25% dos direitos econômicos.
Sempre cercado de muitas expectativas, Pitaluga chegou a integrar o elenco que viajou para a Florida Cup em 2018 quando tinha apenas 15 anos. Campeão mundial sub-17 com a seleção brasileira em 2019, ele vinha treinando com os goleiros dos grupos principal e sub-23 até ser negociado.
CALEGARI (PROFISSIONAL DO FLU)
Volante de origem, Calegari passou a jogar como lateral-direito no Sub-17. Com a ida de Gilberto para o Benfica, de Portugal, o garoto foi puxado pelo então técnico da equipe, Odair Hellmann, para o grupo principal. O jovem de 18 anos estreou entre os profissionais em agosto deste ano e não demorou muito para que ganhasse a preferência da torcida tricolor em relação a Igor Julião. Na última semana, foi campeão pela seleção brasileira do Torneio Internacional Sub-20.
LUAN FREITAS (SUB-23 DO FLU)
O zagueiro de 19 anos é titular absoluto da equipe sub-23 no Brasileiro de Aspirantes, time até pouco tempo comandado por Marcão, o que pode ajudá-lo a ter chance no time principal. Já foi relacionado algumas vezes esporadicamente para os jogos da equipe profissional, mas não saiu do banco de reservas. É figurinha carimbada em convocações para seleções de base.
Com a saída recente de Digão, que fechou com um time da Tailândia, e a lesão de Luccas Claro, que não deve estão à disposição para o próximo sábado, contra o São Paulo, a tendência é que Luan seja relacionado mais vezes.
DAVI ALVES (SUB-20 DO FLU)
Atualmente, o zagueiro de 18 anos é um dos pilares da sólida defesa da equipe sub-20, que está nas quartas de final do Brasileiro da categoria. É outro atleta de Xerém com passagens pelas seleções de base. Renovou com o clube em setembro deste ano até o fim de 2023 – com multa rescisória para o mercado exterior em € 30 milhões (cerca de R$ 188 milhões na cotação atual).
MARCOS PEDRO (SUB-20 DO FLU)
O lateral-esquerdo de 19 anos é capitão e titular absoluto do time sub-20 e atuou recentemente no sub-23. Este ano já viu seu nome ser pedido pela torcida tricolor algumas vezes. Principalmente antes da chegada de Danilo Barcelos, quando Egídio era titular absoluto, e Orinho o reserva imediato.
Foi mais um atleta de Xerém que teve seu contrato renovado recentemente: seu novo vínculo é válido até o fim de 2022 e sua multa rescisória para o exterior é de cerca de € 35 milhões (quase R$ 220 milhões na cotação atual).
ANDRÉ (PROFISSIONAL DO FLU)
Assim como Calegari, o volante de 19 anos estreou nos profissionais este ano. Sua primeira aparição no time principal foi nos minutos finais da vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, no jogo de ida da quarta fase da Copa do Brasil, em setembro. De lá para cá, foi acionado mais seis vezes, sendo titular em duas. Com o afastamento de Dodi, a tendência é que seja aproveitado com mais frequência.
MARTINELLI (PROFISSIONAL DO FLU)
O volante de 19 anos começou o ano no sub-20, passou para o sub-23 e recentemente foi integrado aos profissionais. Fez apenas dois jogos pelo time de cima, o suficiente para fazer o torcedor tricolor não sentir saudade de Dodi. Em razão de uma lesão na coxa esquerda, não jogou nas duas partidas sob o comando de Marcão. Retornará apenas em 2021.
WALLACE (SUB-20 DO FLU)
Meia-armador da “Geração de Ouro”, o jogador de 19 anos era um dos mais badalados daquele time. No entanto, viu a ascensão ser interrompida no começo de 2019 por uma grave lesão no joelho durante a Copinha, e ficou fora de combate por toda a temporada. Voltou a atuar justamente na edição deste ano da competição de base e chegou, inclusive, a ser relacionado por Odair para jogos do Carioca, mas não entrou em campo. Recuperando o espaço aos poucos, atualmente é titular do time sub-20 e passou um tempo no sub-23. Renovou com o clube até o fim de 2023, com multa de € 40 milhões (mais de R$ 250 milhões na cotação atual).
LUIZ HENRIQUE (PROFISSIONAL DO FLU)
O atacante é mais uma promessa que já está no grupo principal. Estreou com Odair logo na segunda rodada do Brasileirão e desde o início agradou o ex-comandante tricolor. Já foi titular em algumas oportunidades e marcou seu primeiro (e único) gol como profissional no empate em 2 a 2, com o Ceará, no Maracanã. Com 19 anos, o atacante também foi campeão do Torneio Internacional Sub-20 com a seleção brasileira na última semana. Em setembro, renovou com o Fluminense por cinco temporadas.
MARCOS PAULO (PROFISSIONAL DO FLU)
Centroavante nas categorias de base, Marcos Paulo era o nome mais badalado da “Geração de Ouro” e virou atacante de lado com a ascensão do amigo João Pedro. Sempre monitorado pelo futebol europeu, foi alçado aos profissionais já em 2019. Apesar das oscilações, o atacante de 19 anos tem sido peça importante. Foi crucial na luta contra o rebaixamento no Brasileiro do ano passado e tem bons números nesta temporada, com direito a uma atuação de gala contra o Athletico-PR.
Pelo potencial técnico e por possuir cidadania portuguesa, Marcos Paulo era a aposta do Fluminense para ser a maior venda da história do clube. Com o mercado esfriado pela pandemia de Covid-19, as propostas não chegaram, apenas uma oferta de empréstimo para o Torino, da Itália, que acabou não se concretizando.
Como o vínculo do atacante é válido até junho de 2021, o Fluminense corre risco de perdê-lo de graça ao fim do contrato. A diretoria corre contra o tempo para renovar com a joia. Na última semana, a diretoria tricolor se reuniu com o estafe do atleta, propôs extensão de três anos, além de aumento salarial, e agora espera uma resposta.
JOÃO PEDRO (PROFISSIONAL DO WATFORD)
Após um começo discreto no sub-17, João Pedro virou uma máquina de fazer gols quando foi colocado como centroavante. Foi negociado com o Watford antes mesmo de subir para os profissionais. Como só poderia seguir para a Inglaterra quando completasse 18 anos, foi promovido para a equipe principal do Flu precocemente, aos 17 anos, para que pudesse jogar ao menos uma temporada pelo profissional do Tricolor.
Com direito a gol em Fla-Flu, JP teve um início avassalador pelos profissionais. Foram 7 gols em 10 jogos, marca superior ao de craques que estouraram cedo como Ronaldo, Neymar e Vinicius Jr. Sua partida mais emblemática foi a do hat-trick no 4 a 1 sobre o Atlético Nacional, da Colômbia, pela Sul-Americana. Não conseguir manter nível tão alto durante toda a temporada e fechou o ano com 37 jogos e 10 gols. Hoje com 19 anos, tem 22 jogos e cinco gols pelo Watford.





















