Cristóvão 2 x 0 Fluminense. Gum 3 X 0 Fluminense. A culpa é do treinador?




Diego Cavalieri; W. Silva, Renato Chaves, Henrique, Giovanni; Douglas, Edson, Cícero, Diego Souza; Richarlisson e Fred. Assim penso, não vislumbrando outra saída.

Estimados leitores; malgrado não seja técnico de futebol ou grande conhecedor tático ou de estratégia de futebol, quando o assunto é o nosso Fluminense, lhes digo que o conheço e muito bem.

O que vimos ontem, infelizmente, não é novidade desde 2014. A equipe que entrou em campo na noite de ontem pode ser cognominada, seguramente, de “mais do mesmo”, sendo certo que, no fundo no fundo, todos nós já sabíamos o que iriamos ver.

Vamos por partes, começando pela expulsão do Fred.

A minha glosa não é em relação ao ídolo Fred, e sim em relação aos seus “surtos” em jogos importantes, como foi no caso da final da Copa Sul Americana de 2009 onde estávamos dando um vareio na LDU, com um jogador a mais desde o primeiro tempo e, no início do segundo, ele vai e é expulso, como sempre de forma infantil, o que ao meu ver foi determinando para não levantarmos a Taça. Daí o porquê deu sempre dizer: o ídolo Fred, para se tornar um dos maiores ídolos do clube ao lado do inalcançável Castillo, tem que pagar uma Copa Sul Americana, onde aceito uma Libertadores como “pagamento alternativo”.

Mal começamos a Liga Sul Minas Rio e, por causa dessa expulsão infantil, já poderemos ser eliminados já na segunda partida, dependendo da combinação de resultados. O Fred precisa de um psicólogo para as vésperas de jogos importantes, sendo que o Marcos Junior também precisa melhorar esse temperamento desmedido, sob pena de ir para o mesmo caminho.

Seguindo nossa remada no balanço das ondas, vamos à equipe.

Incompreensível o nervosismo do time, no primeiro jogo oficial do ano. A equipe como com um todo sempre luta bastante, corre, chega junto, mas sempre o faz de forma errada, porque o conjunto que entrou em campo ondem é fraco.

Não estou falando individualmente de cada jogador, pois temos jogadores promissores e talentosos como Léo, Danielzinho e até mesmo o criticado Ayrton. Entrementes, estes jogadores são jovens, não estando no nível do Gustavo Scarpa, por exemplo, que tem uma aplicação tática bem melhor do que os demais jovens.

Quando disse: Diego Cavalieri; W. Silva, Renato Chaves, Henrique, Giovanni;

Douglas, Edson, Cícero, Diego Souza; Richarlisson e Fred, assim comecei, porque dita formação é a que acredito fielmente que pode nos levar a algum lugar, até porque, todas as demais, nos deixaram à mercê. Assim o digo agasalhando a esteira do raciocínio do nosso Treinador Nelsinho, pois, se as coisas não estão dando certo em determinadas jogadas, não tenho dúvidas de que o porquê está relacionado ao posicionamento de cada jogador para desempenhar as funções.

A culpa é do Nelsinho então? Por ora não é, pois como ele não teve muitos jogadores inscritos a tempo, parto da premissa de que ele não montou a equipe ideal por fatos alheios a sua vontade.

E hoje em dia vejo que também não era do Cristóvão, nosso grande camisa 10 de 1980, que foi o verdadeiro monstro da conquista do Estadual de 1980, atualmente técnico do Atlético Paranaense.

Jogamos duas vezes contra o Atlético Paranaense sob o comando do nosso ex- treinador Cristóvão Borges: perdemos as duas, sendo que na partida de ontem, o adversário estava consideravelmente desfalcado, o que demonstra que têm banco, com bons jogadores para cada posição. A posse de bola e a maneira de jogar deixou isso claro.

O nosso problema continua sendo os improvisos de posição, onde sinceramente, passo a duvidar que seja por opção do treinador, pois foram tantos os que fizeram isso no nosso time, coisa que não vejo nesses mesmos treinados em outras equipes: Dorival Junior e o próprio Cristóvão Borges são exemplos claros disso.

Vendo a declaração do Nelsinho dada ao canal Fox Sports no pós-jogo, em alguns momentos gaguejando – logo na primeira partida oficial do ano, com feição de abatimento? Muito estranho – ao menos para mim ficou evidente que, alguns jogadores, gostemos ou não, por imposição de alguém, tem que estar em campo, com lugar cativo.

Ilustres, não é perseguição: mas vejam a fotografia logo abaixo: terceiro jogo do ano, terceira falha do Gum. Errou a cabeçada feio, e a bola sobrou para o Vinícius. Não tem desculpa de início de temporada; isso já é uma constante desde 2010. Não vejo outras equipes em início de temporada cometendo erros crassos de zagueiro de categoria de base.

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Em relação ao Higor Leite, apenas para demonstrar a mencionada questão dos improvisos, sempre colocado para jogar de lateral direito, já sentia que havia algo de estranho.

Hoje em dia vejo que o mais estranho ainda é o Edson não jogar de segundo volante: ele nunca foi primeiro e desde os tempos do São Bernardo, ele sempre jogou na posição do Jean, chegando ao ataque. Temos mania de mudar característica dos jogadores, como o Marcos Junior que jogou melhor de meia.

O Cícero rende, como sempre rendeu, muito mais jogando como terceiro ou quarto homem de meio campo, sendo que o imagino fazendo uma linha de frente com o Diego Souza, situação esta que, por óbvio, se levado em consideração o futebol moderno, não o impede de, em alguns momentos da partida (e não a partida inteira), aparecer como falso segundo volante, para ajudar a equipe numa eventual dificuldade do “triângulo de saída de bola”, formado com Henrique, Renato e Douglas.

Sim, saída de bola com esses três, que possuem muito mais qualidade do que os três que estão sendo periodicamente escalados nessas posições.

Tanto o Scarpa, quanto o Marcos Junior e o Léo Pelé, ao meu ver, por serem jogadores rápidos, deveriam (ou devem) ficar como opção tática para o segundo tempo, até porque já ficou evidente que o Magno Alves também vai ser mais do mesmo.

Ver o Danielzinho virar o jogo de presente para o adversário, assim como dar passes para o nada, muito embora reflita a inexperiência e insegurança de um jovem visivelmente despreparado para ser titular durante o ano, são normais, por se tratar de um jogador extremamente jovem, cujas falhas são normais nesse período. Todavia quando quem faz isso é o Magno Alves dando bola no pé do adversário, entendo ser inadmissível.

Por todas essas razões, sou extremamente a favor da troca transitória do Danielzinho pelo W. Nem, pois, pouco importando a forma dele, com certeza será mais útil do que o Magno e o Osvaldo.

Titular ou reserva do Richarlisson, o W Nem, caso venha, junto com Scarpa, Léo Pelé, Amorim e Marcos Junior, teríamos um bom banco de reservas.

Vamos em frente, pois o ano só está começando, sendo que a maratona de jogos mostrará exatamente com quais jogadores poderemos contar ou não no segundo semestre.

Rápida Triangulação:

– Ridículo o público de ontem, se levado em consideração que o ingresso “custou” um quilo de alimento. Porém vejo que o torcedor não é bobo. Como assim; era ou não para ter gente? Por um pacote de feijão ou arroz, nesse caso sim. No entanto, está evidente que o Fluminense só estava visando $$$$$ nesse primeiro semestre. A partida contra o Internacional na Florida Cup expôs, como infelizmente comentei na coluna anterior, nossos velhos problemas. É claro que, frente ao cenário atual de divisão de quotas, temos mais é que faturar em tudo o que pudermos, até porque o patrocínio Master ainda é uma incógnita. Contudo ficar perdendo sistematicamente como se tudo fosse normal, é um achincalhe com o torcedor. Liga Sul Minas Rio e Rubensliga são dois produtos extremamente ruins. Já está claro. Pensamento na Copa do Brasil (preferiria disputar a Copa Sul Americana) e no Campeonato Brasileiro. Esse deve ser o foco.

– Falta o que para trocar transitoriamente Danielzinho pelo W. Nem? Osvaldo e Magno Alves serão mais do mesmo. Melhor garantir agora do que lamentar mais na frente, quando as lesões e expulsões do Fred aparecem com maior frequência.

– Espanholização do Futebol: muitos estão me cobrando. Prometo que falarei em breve sobre o tema. Mas já lhes adianto que é pura lenda, a começar pela grandeza de São Paulo (maior clube do Brasil em termos de conquistas, principalmente internacionais, sendo referência Sul Americana, como bem disse o ex Técnico Juan Carlos Osório “vim ao Brasil para treinar o São Paulo, um gigante. Se eu for demitido, volto para Colômbia ou quem sabe realizo o sonho de treinar uma Seleção; e o atual Edgardo Bauza, que escolheu o São Paulo, logo de cara falando nas conquistas internacionais marcantes, coisa que nem Corinthians, Flamengo, Palmeiras e Internacional juntos chegam perto. A sala de troféus do São Paulo no Morumbi, para quem nunca visitou, é assustadora), Palmeiras, Internacional e Santos, inclusive se levado em consideração o grande salto no programa sócio torcedor e as negociações com o Esporte Interativo, cujos valores apresentados são reais mesmo, nem com apoio “global” isso vai acontecer. Querem um exemplo? Gastar mal 160 milhões com jogadores fracos. Vejam o nosso rival: aparentemente com mais dinheiro, mais contratou Chiquinho.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

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