Críticas de parte da torcida do Fluminense, semelhanças e diferenças em relação a André, decisão contra o Corinthians e muito mais; confira a coletiva de Felipe Melo




Felipe Melo (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Volante conversou com a imprensa após o treino da manhã desta terça-feira

Cotado para ser titular no meio-campo do Fluminense no jogo decisivo contra o Corinthians, pela volta da semifinal da Copa do Brasil, o volante Felipe Melo concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, no CT Carlos José Castilho. Confira abaixo todas as respostas do meio-campista:

Decisão contra o Corinthians pela Copa do Brasil

“Vai encontrar um dos maiores clubes do continente, uma das maiores torcidas do continente, um ambiente super hostil. Mas o Fluminense é considerado time de guerreiros, então está acostumado com essas situações, é fazer o que temos feito, respeitar o Corinthians. Acho que o maior respeito é entrar em campo e dar nosso melhor.

A torcida faz diferença, e lá é bonito de se ver, é o estádio todo gritando, mas isso é bom para o jogador, o atleta gosta disso. Lembro quando estava no Palmeiras fomos jogar na Bombonera, o estádio tremia, e nós ganhamos de 2 a 0. A semifinal contra o Atlético-MG foi a mesma coisa, primeiro jogo não tinha torcida, mas no segundo tinha, empatamos e classificamos. Jogador de time grande gosta de jogar jogo grande, de chegar no estádio e ver o torcedor fazendo a festa. Por mais que seja contra, é bom, eu gosto, me amarro. E com certeza vamos estar bem preparados na quinta-feira.”

Possibilidade de ser titular na quinta-feira

“A possibilidade, pergunta tem que ser feita para o Diniz, eu estou à disposição. (…) Eu quero participar sempre, né? Vejo até algumas pessoas mandando mensagem para mim, essa interação que tenho com os fãs e quem não é tão fã assim, que mandam mensagens seja criticando ou não, dizendo que estou fora já tem tempo… Eu tive uma lesão complicada, e confesso que lembro dela com muito orgulho, porque foi a lesão que nos deu a primeira vitória na final do Carioca. Com cinco minutos tive um problema sério no menisco, era para eu ter saído, continuei no jogo até o final, aquilo piorou a situação, foi para a cartilagem.

Agradeço a Deus por estar em um clube que me dá totais condições para me recuperar. De repente se é outro jogador teria até desistido por causa das dores, mas estou no clube certo. Os fisioterapeutas, médicos, são de um nível muito elevado, por isso a cada dia que passa tenho melhorado, mas ainda falta. Tenho pagado um preço importante a cada dia, seja de dor, de muito treino, para estar junto do time. Lembro com orgulho porque deu certo. Infelizmente o preço que paguei foi essa lesão. Estou melhorando a cada dia, não sei se vou jogar, estou à disposição. Se entrar jogando vou dar meu melhor como sempre, e se o Diniz optar por colocar outro no lugar estarei ali torcendo, fazendo tudo que sei de melhor para meus companheiros entrarem em campo e juntos trazermos essa vitória.”

Postura contra o Corinthians

“Eu sou um cara que faço todos os jogos para mim como uma decisão. Acho que o o grupo tem que entrar em campo entendendo que para fazer a história depende muito desse jogo. O Fluminense foi campeão dessa competição uma vez, eternamente os atletas que estavam aqui vão ser lembrados. Se a gente quiser continuar colocando a nossa latinha no mural lá no Maracanã e aqui no CT, como já aconteceu depois do primeiro semestre, nós temos que encarar o jogo como uma decisão. Parece clichê falar isso, mas é entender que do primeiro minuto até o apito final não podemos em nenhum momento deixar com que a gente se perca, seja no foco, concentração, e sobretudo nos detalhes, que fazem a diferença em grandes jogos. Faz você perder e ganhar título.”

Torcida do Corinthians

“Bom, para mim em São Paulo a melhor torcida é a do Palmeiras, que grita os 90 minutos. Mas a do Corinthians faz uma diferença enorme também, é diferenciada. Eu tive oportunidade de jogar decisão ali, jogos importantes contra o Corinthians, e realmente eles fazem diferença fora de campo. Dentro de campo somos nós que jogamos. Tive oportunidade de ganhar o primeiro jogo da final do Paulista lá, mas também já perdi alguns jogos ali. É entender que é final, decisão, para um clube que quer ser campeão tem que saber jogar fora de casa. Jogamos contra o Palmeiras esse ano, conseguimos um empate e poderíamos ter ganhado fora de casa. Jogamos contra outros grandes clubes fora e tivemos resultado positivo. Mas também trazer à memória alguns jogos fora que não concluímos bem.

Por exemplo, na Libertadores fizemos o resultado em casa e perdemos fora a classificação. Já perdemos alguns jogos fora que estão fazendo muita falta no Brasileiro. É pegar os números que estamos bem, mas também lembrar aquilo de errado que já fizemos, e levar para dentro de campo. Tirar os erros, continuar com os acertos e tentar melhorar. Não temos margem de erro, é vencer ou vencer, não tem outra opção. É entrar focado, entendendo os mínimos detalhes. A torcida pode fazer diferença, de repente eles gritando podem ser o combustível para o time deles, de fazer pressão alta, mas estamos trabalhando bastante para entrar em campo e trazer essa classificação.”

Antiga rivalidade com o Corinthians

“Rivalidade vai existir sempre pelos anos que vivi no Palmeiras, sentimento que tenho pelo clube. Com certeza corintiano me vê, hoje atleta do Fluminense, mas como ex-jogador do Palmeiras.”

Semelhanças e diferenças em relação a André

“Não gosto de ficar fazendo comparações, o que o Felipe faz, o que o André faz… Eu creio que é uma pergunta para se fazer ao treinador ou alguém de fora. Prefiro me esquivar dessa pergunta. Eu tenho algumas coisas boas, outras que tenho feito melhor. O André é um menino que tenho muita consideração não só dentro do Fluminense, no âmbito profissional, mas considero um filho fora daqui também. Esses dias eu encontrei a esposa dele saindo do Maracanã e ela me perguntou: “Cadê seu filho”? Falei: “Meu filho não veio ao jogo”. E Ela: “Não, o outro (risos)”. Se referindo ao André. Tenho muito carinho por ele, sou suspeito para falar do potencial que ele tem para chegar aos grandes clubes europeus e também na seleção brasileira.”

Prefere atuar como volante ou zagueiro?

“Eu sou volante, modéstia à parte eu domino o meio-campo. Assisto a muitos jogos, tenho aprendido muito, não estou apostando, pessoal até brincou, é que eu gosto de respirar futebol. O meio de campo é onde eu tenho a arte de dominar, graças a Deus. Jogar como zagueiro é para ajudar. Tenho melhorado a cada dia, a cada pique em que sinto menos dor é motivo de orgulho e perseverança.”

Erros do Fluminense na saída de bola

“A gente treina muito, são três, quatro horas no campo treinando. Fora os vídeos e tudo. Eu já vi entendedores de futebol enxergarem erros de atletas que jogam em grandes clubes europeus como personalidade: “Caramba, que personalidade para sair jogando. Errou, acontece”. O erro nosso aqui não é personalidade. Quantas vezes aqui o Fluminense já saiu jogando? E quantas vezes foram saindo ao lado do goleiro? Quantos pontos já ganhamos construindo jogadas? Acho que foram muito mais do que erros individuais. É como eu falo, vamos focar no que temos feito de melhor. Sabemos o que a gente pode e deve melhorar. É claro que tem erros como aconteceram contra o Fortaleza que não devíamos cometê-los, mas a gente trabalha no limite. É um futebol bonito de se ver, mas para fazer um futebol bonito tem que trabalhar muito. Não é fácil, é muita movimentação.

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Por Explosão Tricolor

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