Dá para acreditar no Fluminense, mas terão que trabalhar muito




Fluminense ainda terá que trabalhar muito (Foto: Fluminense FC)
Fluminense ainda terá que trabalhar muito (Foto: Fluminense FC)

Tudo bem, sei que é apenas uma pré-temporada, o Fluminense está sendo remontado, mas pelo segundo ano consecutivo fomos para os Estados Unidos fazer o papel de saco de pancadas. Sei que internacionalizar a marca é importante, mas só uma pergunta: depois de duas participações seguidas com um empate e três derrotas, como o Fluminense ficou conhecido pela galera norte-americana?

Pois é, infelizmente, o nosso Fluminense na Florida Cup virou uma espécie de seleção da Arábia Saudita em Copa do Mundo. Pelo menos é essa impressão que devem ter tido os norte-americanos e os cento e tantos países que acompanharam o torneio em 2015 e 2016. Ano passado, o Corinthians venceu, neste ano, os outros três brasileiros venceram. E o Fluminense, nada. Isso é muito desagradável, e queiram ou não, irrita boa parte da torcida. 

De forma alguma quero caçar bruxas, sentenciar o time ou promover um incêndio nas Laranjeiras, mas essa é a realidade dos fatos, se analisarmos nos colocando no lugar de quem assistiu a nossa participação nas duas edições do torneio. 

Não incluirei no pacote, a constrangedora participação do Ronaldinho Gaúcho, pois foi mais do que visível que o ex-craque esteve presente por causa de obrigações contratuais. Nessa aliviarei, mesmo muito bolado, mas contrato é contrato e tem que ser respeitado.

Sobre a atuação do time nos dois jogos, por incrível que pareça, não vi um show de horrores. O time correu, lutou e brigou o tempo inteiro. Apresentou certa organização tática, mas necessita colocar mais velocidade durante o jogo e, principalmente, agredir o adversário de forma mais intensa. Como está apenas no início da preparação, a musculatura ainda está pesada e a rapaziada longe do ideal, darei um desconto. 

Pelo que assisti nestes dois jogos, o Fluminense merecia ter vencido o Shakhtar e não merecia ter perdido do Internacional, mas como futebol é bola na rede, não dá para chorar. Infelizmente, assim como na temporada de 2015, o nosso sistema defensivo deu mole nos dois gols que levamos no torneio. Enquanto o Eduardo Baptista não ajeitar isso, continuaremos perdendo jogos decisivos nos detalhes, como na Copa do Brasil do ano passado, onde jogamos melhor em três dos quatro tempos dos dois jogos contra o Palmeiras, mas fomos incapazes de conquistarmos a vaga para a final. 

Sem terror ou profecias do apocalipse. A ordem é trabalhar forte. Mas espero que o departamento de futebol chegue junto do comando técnico. Temos um elenco que dá para formar um time muito competitivo e ter opções interessantes no banco de reservas. A grande questão agora é saber se o Eduardo Baptista terá capacidade para fazer o time rodar. Na minha visão, esse esquema que possui uma linha de três meias com o atacante isolado lá na frente é uma tremenda furada, ainda mais se o Wellington Nem realmente retornar ao Fluminense.

Acho que dá para ser feliz em 2016, mas alguns ajustes terão que ser realizados. Se serão ou não, aí é outra história. Quem está lá dentro tem a obrigação de zelar pelo esforço do Fluminense. Gastamos mais de R$ 20 milhões em contratações para esta temporada. Não há mais espaços para desculpas. No Estadual, por exemplo, mesmo lutando contra um sistema cada vez mais cruel, temos a obrigação de estar na final dele, e passar por cima do Botafogo e do Vasco. Flamengo? Ganhar Fla-Flu em final é normal, por isso nem me preocupo! 

A luta continua. Vamos deixá-los trabalhar, mas com os olhos bem abertos, sem tapar o sol com a peneira, mas sempre torcendo bastante para que voltemos a comemorar vitórias e títulos.  

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Mais uma vez repito: quero o Wellington Nem de volta, mas sem ceder qualquer joia de Xerém com preço fixado para estes ucranianos ruins de jogo. Chega de dar mole, Fluminense!  

2 – Não, o Danielzinho não é o Messi. Mas pode ser um novo Gustavo Scarpa. Ou até melhor… Emprestá-lo com preço fixado é ir contra o patrimônio do Fluminense.

3 – Conhecendo bem o histórico do Fred, acredito que o ideal seria liberá-lo para jogar somente após um mês de preparação. 

4 – Considerando que o Henrique e o Diego Souza não jogarão na estreia da Primeira Liga, contra o Atlético-PR, na próxima quarta-feira, eu iria com Diego Cavalieri; Wellington Silva, Renato Chaves, Marlon e Léo Pelé; Edson, Cícero, Gustavo Scarpa e Danielzinho; Richarlison e Fred.

5 – Gostaria de agradecer ao Gustavo Albuquerque, do blog do torcedor do Fluminense, no portal Globoesporte.com, pela participação no programa “PAPO DE GUERREIRO”, realizado na última terça-feira, no nosso canal do YouTube. Um papo saudável, imparcial e de altíssimo nível. O Gustavo sabe muito! Para quem ainda não viu, confira no nosso canal do YouTube ou no vídeo mais abaixo.  

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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