Dá para ter esperança?




Primeiramente, temos que reconhecer nossas limitações. Não é de hoje que a gente critica o desequilíbrio do elenco do Fluminense. Sobre as novas contratações, resolvi aguardar a bola rolar para depois poder formar uma opinião.

A humilhante derrota para o Internacional expôs a fragilidade do Fluminense de forma assustadora. Do estádio, vi a equipe colorada ganhar praticamente todas as divididas. No futebol moderno, a questão física faz uma diferença enorme.

Apesar da inferioridade técnica e física em relação ao adversário, Marcelo Oliveira errou na escalação. Matheus Alessandro não pode ser banco para o Júnior Dutra ou Marcos Júnior. No restante, eu nem discuto, entretanto, não há como não questionar o trabalho do treinador até aqui.

Marcelo Oliveira teve pouco mais de vinte dias livres para dar uma cara ao time após a pausa da Copa do Mundo. Logo que chegou, o treinador tratou de dar fim ao esquema com três zagueiros, que queiram ou não, quando teve as principais peças à disposição, não deixou a desejar na maioria das vezes.

Considerando as características e, principalmente, a qualidade do atual elenco, a formação com três zagueiros é a forma mais segura de escalar o atual Fluminense. Com três zagueiros, Gilberto e Ayrton Lucas se transformam nas principais peças de apoio ofensivo. Outro ponto que merece ser destacado é que o Gum não fica tão exposto.

Essa questão da formação tática tem que ser urgentemente revista pelo Marcelo Oliveira. O Fluminense tem sérias limitações, mas dá para fazer algo que dê mais equilíbrio, organização e segurança.

A proposta apresentada até aqui não tem agradado. As vitórias obtidas sob o comando do novo treinador foram conquistadas na base da superação e atitude. E só. Por falar em superação e atitude, o Fluminense até criou diversas chances na segunda etapa, entretanto, deu para perceber que o Internacional tirou o pé do acelerador pelo fato de ter resolvido a partida na primeira etapa.

Doa a quem doer, a realidade do Fluminense no Brasileirão é a de fazer os 46 ou 47 pontos. Esse é o nosso campeonato, entretanto, o fato de ter feito apenas um ponto em seis disputados, nos dois últimos jogos realizados no Maracanã, liga o sinal de alerta para os próximos quatro jogos: América-MG (fora), Corinthians (casa), Cruzeiro (fora) e São Paulo (fora).

Até que ponto vale a pena?

Os quase 15 mil de sempre apoiaram o time até quando o jogo estava 3 a 0. É bom pelo fato de demonstrar que está junto até nas piores horas, mas é péssimo por deixar a horrorosa diretoria numa zona de conforto cada vez maior. Sempre apoiarei, mas tem certas situações que a paciência termina. Levar uma surra de 3 a 0 já no primeiro tempo é um chute nos “países baixos” com direito ainda a uma pisada na cara.

Não dá para entender…

Marcelo Oliveira declarou que não relacionou o Daniel Simões pelo fato do Luciano estar treinando como meia. Pelo amor de Deus, professor! O Luciano está visivelmente sem o mínimo de condição aceitável para jogar de forma competitiva. O garoto Daniel é solução? Não sei, mas pelo menos vinha jogando com frequência pelo Oeste-SP.

Defesa do Júnior Dutra

Após o jogo, o treinador saiu em defesa do Júnior Dutra. Disse que indicou o jogador e confia nele. Dá para ter esperança?

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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