Decisão de utilizar força máxima no Fla-Flu, opção por Gabriel Teixeira no lugar de Luiz Henrique, foco na Copa Libertadores e muito mais: leia a entrevista coletiva de Roger Machado




Roger Machado (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Comandante tricolor concedeu entrevista coletiva no Maracanã

Após o empate do Fluminense em 1 a 1 com o Flamengo, na noite deste sábado (15), o técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva no Maracanã. O treinador falou sobre o desempenho do Tricolor, opção por Gabriel Teixeira no lugar de Luiz Henrique, decisão de utilizar força máxima no Fla-Flu, foco na Copa Libertadores e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Empate com o Flamengo 

“Foram muitos erros técnicos nos primeiros 20 minutos. Erros técnicos e individuais que não permitiram que a gente tivesse o contra-ataque. O Flamengo tem essa virtude de ficar com a bola e rodar. A gente não conseguiu encaixar no primeiro tempo.

Foram dois tempos distintos: um tempo para o Flamengo que chegou ao seu gol e talvez pudesse ter feito o segundo gol em algum outro momento. Mas na segunda etapa a gente voltou diferente para melhor, conseguimos o nosso gol. E talvez a gente tenha tido a bola principal em nossos pés.”

Mudança de postura no 2º tempo

“É algo que a gente trabalha bastante. Eu costumo dizer que o jogador da frente precisa estar com a perna rápida e sempre procurar colocar o pé na bola. E cobro muito as questões defensivas desses quatro jogadores da frente porque entendo que eles mesmos irão se favorecer quando a gente consegue fazer uma pressão adequada ali na frente. Quando o adversário consegue construir com um pouco mais de tranquilidade na primeira linha, naturalmente a linha imediatamente atrás tende a sofrer um pouco mais, que é o caso dos volantes, laterais e zagueiros.

Na característica de Caio (Paulista) e Luiz (Henrique), de colocar o pé na bola, foi evidente que gerou um desconforto grande para os jogadores da primeira linha. Tanto para (Willian) Arão quanto para Filipe (Luís) e isso é importante porque a gente conseguiu empurrar o Flamengo para dentro do campo de ataque quando a gente teve essa pressão mais forte ali na frente.

Foi importante, sim. Porque, além do jogo ofensivo, constranger o adversário para que ele acelere um passe, tome uma decisão diferente da que ele estava pensando inicialmente, ajuda a quem está atrás na linha poder antecipar e fazer uma recuperação por antecipação muitas vezes. Então, além do jogo técnico desses jogadores que entraram bem, também teve essa questão de encurtar um pouco mais os marcadores e permitir que a gente pudesse retomar. Nós retomamos bola dentro do campo do adversário, que foi algo que a gente não havia conseguido no primeiro tempo.”

Opção por Gabriel Teixeira no lugar de Luiz Henrique

“A busca pelo Biel no lugar no Luiz foi para tentar buscar espaços nas costas dos laterais do Flamengo, que tem uma característica de colocar muita gente à frente da linha da bola e tem um jogo apoiado pela característica de seus jogadores. A opção foi pela velocidade nas beiradas. O que não aconteceu bem foi que, ao retomar a bola, a gente ficou pouco tempo com a bola no pé.

Hoje, confesso que a escalação inicial era justamente para que a gente conseguisse fazer um jogo no primeiro tempo e tentar levar uma vantagem a partir do intervalo. A gente imaginava que o Flamengo fosse dentro da sua característica e nos desse o campo que nos deu. Nós que não conseguimos utilizar essas pernas de velocidade. Mas que bom que a gente tem um banco à altura e que com as trocas no segundo tempo tivemos outra postura.”

Decisão de utilizar força máxima no Fla-Flu

“A opção de vir com força máxima foi para valorizar a competição como todo mundo deseja que se valorize. No segundo jogo da semifinal já coloquei jogadores que vem atuando no time titular. Entendemos que a recuperação foi bem feita, e todos estavam aptos para estar em campo, mesmo com essa sequência grande. É o preço que se paga pelo nosso calendário. É um título importante, que há muito tempo o clube não conquista.”

Estratégias

“É uma disputa de estratégias. Eu e Rogério pensamos o que o adversário vai propor de dificuldade, como que você pode levar vantagem com base no que o adversário mostra. Hoje, no primeiro tempo, não saiu como a gente imaginava. Mas no segundo tempo, com as trocas, as coisas fluíram melhor, a gente entrou para a partida e fez um bom segundo tempo.”

Começar o segundo jogo com Cazares?

“Antes do segundo jogo ainda tem uma Libertadores no meio da semana. Cazares, Paulo Henrique (Ganso), tem entrado e entrado bem. O Nenê hoje que saiu no intervalo por uma iniciativa de eu mudar a característica da função e a gente deixar um pouco mais o Cazares, que tem a característica de descer um pouco mais para dentro do campo e articular essa bola lá de trás. Nós conseguimos sair com um pouco mais de lucidez à medida que o Cazares, pela sua característica, fez um jogo diferente do que nós precisávamos no primeiro tempo. Tudo é possível.

O Nenê tem contribuído dentro de sua característica. É um dos assistentes da temporada. Tem nos ajudado quando está em campo. E o Cazares e Paulo (Henrique Ganso) têm entrado bem. Tudo é possível. Porque o grupo não é fechado entre os 11. Trocar é comum, assim como hoje eu optei pelo Biel (Gabriel Teixeira) no lugar do Luiz (Henrique) imaginando outro tipo de jogo. Depende da estratégia e do adversário, mas tudo é possível.”

Possibilidade de mexer na equipe titular para o duelo contra o Junior Barranquilla

“Isso pode ser a formatação anterior (Gabriel Teixeira e Luiz Henrique). Não optei pelo Biel na posição do Luiz por uma opção técnica, mas sim por uma questão estratégica. No próximo jogo o Luiz, que tem atuado bem e contribuído dentro da sua característica, entrou bem hoje, novamente, descansado, saindo do banco… Teve a bola do jogo nos pés… Tudo é possível. Assim como entrei com o Cazares no segundo tempo, ele pode ter oportunidade como titular. A gente vai alternando e pegando o melhor momento, buscando pegar o melhor momento de cada jogador para que a gente consiga ter uma evolução como equipe.”

Foco na Libertadores

“Não tem como pensar no outro final de semana. A gente pensa jogo a jogo. Parece um chavão, mas eu confesso que antes da decisão para o jogo na Libertadores, eu nem começava a pensar sobre o clássico no fim de semana porque não tem espaço mental para que isso aconteça. A partir de amanhã, a gente volta novamente para a Libertadores. Recupera a energia mental e foca nesse resultado que nos dará a vaga. Posteriormente, quando acaba e tem o apito final, a gente se dedica novamente ao clássico. Não tem como ser diferente.

Você disse que a competição do ano é a Libertadores e eu acho que a Libertadores é uma das competições importantes. O Estadual é importante também. Muitas vezes a gente tira o peso do Estadual, mas muitas vezes ele é o título que há algum tempo o clube não conquista e também anseia novamente conquistá-lo. Então, tem um peso para a gente, sim.”

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Grupo D – Copa Libertadores (ative a rotação automática do celular para ver a tabela completa)

TIMES P J V E D GP GC SG %
1 Fluminense Fluminense 8 4 2 2 0 6 4 2 66
2 River Plate River Plate 6 4 1 3 0 4 3 1 50
3 Junior Barranquilla Junior Barranquilla 3 4 0 3 1 4 5 -1 25
4 Independiente Santa Fe Independiente Santa Fe 2 4 0 2 2 3 5 -2 16

Agenda tricolor na Copa Libertadores 2021

1ª rodada

22/04 – Quinta-feira – 19h – Fluminense 1 x 1 River Plate – Maracanã – Rio de Janeiro (RJ)

2ª rodada

28/04 – Quarta-feira – 21h – Independiente Santa Fe 1 x 2 Fluminense – Estádio Centenário de Armênia – Armênia (COL)

3ª rodada

06/05 – Quinta-feira – 21h – Junior Barranquilla 1 x 1 Fluminense – Estádio Monumental Isidro Romero Carbo – Guayaquil (EQU)

4ª rodada

12/05 – Quarta-feira  – 21h – Fluminense 2 x 1 Independiente Santa Fe – Maracanã – Rio de Janeiro (RJ)

5ª rodada

18/05 – Terça-feira  – 21h30 – Fluminense x Junior Barranquilla – Maracanã – Rio de Janeiro (RJ)

6ª rodada

25/05 – Terça-feira  – 19h15 – River Plate x Fluminense – Estádio Monumental de Núñez – Buenos Aires (ARG)



Por Explosão Tricolor

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