
Copa do Brasil 2025
Derrota escancara problemas do Fluminense
(por Lindinor Larangeira)
“No futebol não existe justiça.” “Futebol é bola na rede.” “Quem não faz, leva.” Fico nessas três velhas máximas para traduzir o que foi o jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil 2025, em que, mesmo jogando mais do que o time da casa, o Fluminense Football Club acabou derrotado pelo Bahia, com um gol, tão ridículo, quanto inaceitável, no final da partida.
O time da casa, nos 15 minutos iniciais, propôs o jogo e pressionou. Quando o Fluminense corrigiu a marcação, passou a controlar a partida e, não fosse a falta de cagoete de artilheiro de Canobbio, e do VAR com equipamento semiautomático, os visitantes sairiam com, pelo menos, a vantagem mínima no placar. A tecnologia mais moderna, que evita a manipulação no traçado da linha de impedimento, poderia mostrar o que a arbitragem viu em campo: gol legal.
No segundo tempo, jogo mais equilibrado. Lances de possíveis pênaltis a favor do Fluminense, que, estranhamente, seguem uma certa “lógica”: o VAR, quando a arbitragem de campo não marca, costuma respeitar a decisão, e, em caso contrário, chamar para a revisão. Que, quase sempre termina em marcação anulada. Mas vamos falar do que extrapola a derrota de ontem.
Elenco desequilibrado. Diretoria omissa
A janela de contratações fecha na próxima terça-feira, dia 2 de setembro. A diretoria trouxe apenas três jogadores após a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, e, de acordo com a imprensa, o presidente Mário Bittencourt não fará mais contratações.
Será que é tão difícil ver os desequilíbrios do elenco? Vamos ter que aturar o fraquíssimo Everaldo como titular da camisa 9 até o final do ano? Também um ídolo recente, como Germán Cano, se arrastando em campo? É óbvio ululante que esse elenco precisa de um centroavante para chegar e jogar, já que, ao que parece, JK voltou para ser, novamente, repassado, e não para ser opção. Sobre o comando do ataque, mais uma questão: por que nenhum garoto da base foi testado na temporada? No ano passado, Kauã Elias foi lançado no fogo e nos tirou do sufoco.
Xerém é um verdadeiro mistério. Vários times têm mais jogadores oriundos da nossa base em suas escalações iniciais do que o Fluminense. Por que isso acontece? Ao mesmo tempo, a diretoria inflou o grupo com “jogadores para compor o elenco”, que continua carente em todos os setores. Dinheiro para contratar reforços de verdade, o clube tem. Parece que os dirigentes não têm competência para fazer contratações mais assertivas.
Arbitragens tendenciosas. Dirigentes pusilânimes
Mais uma arbitragem tenebrosa. Parece choro de perdedor, mas o que o senhor Raphael Claus fez ontem, na Fonte Nova, foi repugnante. Na dúvida, sempre a favor do time da casa. Claus tem sido o pior adversário do Fluminense. Basta pesquisar a estatística de partidas apitadas por ele e ver o percentual de vitórias tricolores.
Os árbitros erram contra o Fluminense, de maneira recorrente, diante de uma passividade bovina e pusilânime de uma diretoria, que tinha como um de seus compromissos a “defesa institucional do clube”.

Treinador sem foco, de tanque vazio e que reclama de três em três dias
Renato tem sido repetitivo e irritante nas coletivas, coisa que só tem conseguido superar durante os jogos. Insistência com um esquema que não potencializa o time, o 4-3-3, com três volantes. Com alguns jogadores, como Everaldo. Com substituições tão previsíveis, quanto inofensivas. Como Soteldo, que até o momento, nada apresentou. Enquanto isso, Riquelme sumiu, como a molecada da base, que parece servir melhor aos adversários.
Renato, o foco é escalar o melhor time. Ter leitura mais ágil das situações de jogo e substituir melhor. Se você reclama que o elenco é o único que “não está de tanque cheio”, a torcida já está ficando de saco cheio das suas desculpas. Todo mundo está jogando de três em três dias. Vamos mudar esse foco e passar da reclamação, que de nada adianta, para as soluções. Afinal, como você mesmo já falou, você é pago, e muito bem pago, para apresentar soluções.
Sobre o jogo da volta, é perfeitamente possível reverter o resultado. A torcida, certamente, fará a sua parte. Um pouco mais de coragem e ambição, tanto do treinador, quanto do time, pode ser a chave para abrir a porta da semifinal.
Dia 10 de setembro é guerra!
PS1: Guga pode assinar pré-contrato? Obrigado e adeus.
PS2: Manoel e Thiago Santos têm contratos até dezembro? Grato, e tchau.
PS3: Mais um zagueiro, um lateral-direito, um volante e um centroavante deveriam ser contratados. Porém, devemos ir com esse elenco até o final da temporada.
PS4: Santos no domingo? Medo…
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