Derrota para o The Strongest, atuação de Fábio, jejum de gols e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz






Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva em La Paz

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o The Strongest, na noite desta quinta-feira, no Estádio Hernando Siles, pela 4ª rodada do Grupo D da Copa Libertadores. Confira abaixo todas as respostas do treinador tricolor:

Derrota para o The Strongest em La Paz

“Jogar nesse tipo de altitude é sempre uma coisa quase criminosa. Ninguém está preparado para isso. Os times estão no nível do mar e quando você vem pra cá, é outro esporte. Por isso que os times daqui, em casa, fazem o tanto de pontos que eles fazem historicamente. O River veio jogar aqui na estreia, com o time titular, tomou três e poderia ter tomado mais porque é muito diferente o jogo. E não é só o desgaste físico, o jogo muda completamente. Todo mundo erra passe que não erra no nível do mar. Cai, de maneira drástica, a qualidade do jogo.

Jogar nesse tipo de altitude tem que ficar registrado que o princípio da igualdade ele fica maculo, porque não é igual. É muito desigual jogar aqui. Para todo mundo. Não sei qual é a medida… mas não dá para jogar aqui. As pessoas vêm porque é obrigado a vir jogar. Mas não é uma coisa aceitável jogar acima de 3 mil metros. Quando bate 2.600 m já muda bastante, mas acima de 3 mil é muito pior.

Como é esse tipo de jogo e, com a maratona de jogos que temos, a sequência que vamos ter com Corinthians e Flamengo, a gente tinha que poupar em algum momento. O melhor momento para poupar era esse, porque o desgaste aqui é desumano. Trazer jogadores aqui como Marcelo, Felipe Melo, Ganso, jogador que têm mais dificuldade de recuperar por causa da idade e estão vindo em uma sequência, não teríamos os caras da maneira adequada no domingo e na quinta provavelmente, não. O planejamento foi pensando na sequência e trazer um time com saúde que conseguiu competir. Erramos muita coisa técnica, acho que suportamos vem os efeitos da altitude. É difícil, os jogadores se desgastaram. Acho que conseguimos desempenhar o máximo e não conseguimos o resultado que queríamos. Agora é olhar para o Corinthians e nas próximas competições.”

Atuação de Fábio

“É um prazer sempre poder contar com o Fábio. É um dos melhores goleiros que o Brasil produziu nos últimos vinte anos. Um tipo de jogador que merecia ter disputado, no mínimo, uma Copa do Mundo. Infelizmente teve pouca chance na Seleção Brasileira. É um craque, é um gênio. Só consegue jogar nessa idade porque não faz força para ser goleiro. Um cara que nasceu de fato para ser goleiro. Estou aqui há um ano e pouquinho e o Fábio nunca ficou fora de uma sessão de treino. Pagou um preço para aprender a jogar com os pés e evoluiu fantasticamente. A gente só tem a agradecer a presença do Fábio no nosso time.”

Jejum de três jogos sem gols

“Não é questão de incomodo, é uma coisa que a gente não quer que aconteça, mas aconteceu pontualmente. Acontece da mesma forma que ganhou de cinco, de sete, de quatro, é uma coisa que acontece. Não é preocupação, é trabalhar para que a gente volte a marcar e, mais do que marcar, que a gente volte a vencer.”

Gol no começo foi determinante?

“O gol no começo é algo que ninguém gosta porque modifica o aspecto do jogo. Tomamos um gol que fazia 27 partidas que o Fluminense não tomava gol de boal parada. Perdeu do Botafogo com gol de bola parada e hoje perdeu de novo da mesma forma, que estava sendo um dos pontos fortes da equipe nessa temporada.”

Mudanças táticas

“Nenhum momento pensei em jogar com ele como três zagueiros, porque todos os problemas que tivemos com bola aérea foram todas de bola parada. E na bola parada, ele já tá na área já. E hoje a gente tinha o time mais alto que eu consegui botar desde que cheguei. Tem uma dificuldade muito maior por conta da velocidade da bola. Tudo é difícil. É difícil o Fábio sair, é difícil para gente tirar e eles levam bastante vantagem na bola parada.

Embora o primeiro gol foi uma falha, uma bola baixa no primeiro pau, uma jogada mapeada, de um jogador que era para estar marcado. Foi uma falha tática. O primeiro gol não tem nada a ver com altitude, com estarmos com um time grande.

Não mudamos a tática por termos tomado o gol com quatro minutos. A gente ia tentar jogar em um bloco médio/alto e tentar deixar o time perto. Jogamos com um time que joga pouco junto… e inversões de bola erramos praticamente todas, porque é muito difícil acertar os passos técnicos aqui.”

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Por Explosão Tricolor

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