 
Fluminense campeão deslumbrante como numa previsão de Nelson Rodrigues (por Paulo Vinícius Coelho)
Há uma crônica de Nelson Rodrigues, publicada em 1980, cujo título é: “Um Cano Deslumbrante.”
Tratava de um centroavante, ou um center-forward, como o Profeta Tricolor chamou, naquele texto, de forma nostálgica, a posição de Germán Cano: artilheiro.
Sem jamais esconder que faz parte de uma família de torcedores do Boca Juniors, nem que seu time de infância era o azul e dourado de Buenos Aires, Cano virou seu algoz.
Muito mais do que isso. Tornou-se o grande herói tricolor.
Junto com John Kennedy, dono do gol espetacular na prorrogação.
E Keno, de dois passes para gols.
É tão importante quem sabe fazer gols que Cano marcou, sozinho, mais vezes do que o time inteiro do Boca na Libertadores de 2023.
Em seu texto de 1980, Nelson Rodrigues tratava de Cláudio Adão, que deixou o Flamengo no final de 1979 e assinou com o Fluminense para ser campeão carioca vestido de tricolor. Parece profético. Um Cano Deslumbrante, o Germán Camo de 2023.
Autor de 81 gols pelo Fluminense, 60 deles num toque só, como o primeiro da vitória sobre o Boca Juniors. Momento importante em que a equipe de Fernando Diniz conseguiu aglomerar jogadores de um lado do campo, o direito, para ter triagulação com Keno e Arias trabalhando até o passe preciso do camisa 11, para Cano, deslumbrante, finalizar.
O jogo mudou na segunda etapa. Advíncula marcou seu quarto gol na Libertadores, terceiro de fora da área. O Fluminense entregou a posse de bola ao rival e só chutou uma vez no alvo, com André, de fora da área. O castigo aconteceu aos 35 da segunda etapa. Levou a partida à prorrogação.
Jogo estava chato, amarrado, mais tempo de bola nos pés dos jogadores do Boca, até que o Fluminense teve um escape com troca de passes e aglomeração de jogadores do lado esquerdo. De André para Marlon, para Diogo Barbosa, para Keno, o desvio para John Kennedy que já tinha participado da troca de passes antes e finalizou de modo estupendo.
O golaço teve comemoração com êxtase, na arquibancada, seguida por sinalização do árbitro Wilmar Roldán de que não podia ir à galera.
Como já tinha amarelo, levou o vermelho.
Mais dificuldade para sete minutos restantes da primeira etapa da prorrogação e toda a segunda parte.
Então veio reclamação do Boca por toque no braço de Guga. Não foi pênalti. A bola foi ao encontro do lateral tricolor e não o contrário.
Na confusão, Fabra deu tapa na cara de Nino: cartão vermelho.
Terminou assim o primeiro tempo da prorrogação.
O Boca seguiu chutando de longa distância. Dez finalizações ao todo, só uma dentro da área.
O contra-ataque tricolor seguir firme. Houve bola na trave de Romero, finalização de Guga.
O Maracanã pintado de verde, branco e grená, a esta altura muito mais do que de azul e ouro.
Porque tradição na Libertadores se constrói.
Assim como o Boca fez a sua e agora perde a terceira final após sua última taça, agora é a vez do Fluminense.
Deslumbrante. Como disse Nelson Rodrigues.
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Por Explosão Tricolor
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