Despedida no Maraca pela vaga na Sula, pela artilharia do Dourado e pela dignidade…




Amigos Tricolores, hoje é dia de despedida. Despedida da torcida em 2017, pelo menos jogando em nossos domínios.

Um ano difícil, de alegrias apenas episódicas.

Um ano de problemas, de asfixia financeira, de contratações modestíssimas, de venda de uma de nossas principais revelações da temporada, no momento em que desabrochava, após um primeiro ano difícil, eis que comprado muito jovem ao América-MG, e que hoje é cobiçado pelos principais clubes ingleses.

Um ano de um carioquinha até enganador, de uma Taça Guanabara conquistada, não menos enganadora, num campeonato que a cada ano fica mais deprimente e decepcionante, com seus regulamentos escalafobéticos e suas decisões de campeonato quase que sistematicamente resolvidas em lances pra lá de suspeitos, como a deste ano, naquela falta absurda do Réver no Henrique que todo o estádio viu, inclusive os seis rapazes da arbitragem, que no entanto preferiram ficar quietinhos.

Um ano de decepção com a nova diretoria em seu primeiro mandato, que arrotou na campanha um suposto saneamento financeiro, prometeu austeridade, invocou profissionalismo nas contratações, visão de mercado, captação de novos recursos, patrocinadores masters, modernização do clube e o escambau…   Enfim, seria um ano prodigioso…

Do projeto do estádio não se fala mais nada há meses… Na campanha era uma das promessas…

Flu Samorin? Interessa a você? Não a mim!

Nada disso, Amigos Tricolores! Ficamos sem títulos (Taça Guanabara nunca o foi, ainda mais nos campeonatos do Rubinho. Antigamente ainda vibrávamos com a garantia de presença na final da competição. Até isso a FERJ nos tirou), sem bons jogadores, sem dinheiro, cheios de dívidas, e no final do ano com uma camisa que mais parece uma colcha de retalhos, com alguns trocados obtidos em cada espaço de nossa sagrada camisa, alguns representando apenas permutas!

Ficamos com uma final roubada do carioquinha, que representa que nem mesmo prestígio temos nessa falida FERJ, uma eliminação nas oitavas da Copa do Brasil, quartas da Sul-Americana, e até um bicampeonato na Primeira Liga foi desprezado, com o Flu dando pouca importância para a competição e ficando na semifinal, jogando com um time misto.

No Brasileiro uma campanha pífia, um brilhareco aqui, outro ali, e nunca o time engrenando de vez, mergulhado em sua própria inexperiência gerada por uma grande quantidade de jovens lançados, e falta de qualidade mesmo em algumas posições.

De positivo alguns bons jovens aparecendo, mas com certeza ainda mostrando-se inexperientes para uma campanha segura. E o Abel segurando as pontas, sabendo apagar incêndios – inclusive sua tragédia pessoal.

O Abel com certeza merece uma crônica à parte, já ouvi de tudo em relação a ele este ano. Conheço tricolores que não o querem nem pintado ano que vem, e talvez a maioria que entende que se não fosse ele este ano poderia ser muito pior.

Acho que só o Abel mesmo poderia segurar as pontas num ano tão difícil financeiramente, conseguindo contornar crises no time e manter dentro do possível a motivação da rapaziada.

A crítica da maioria, de que ele mexe mal no time, pode ser aceita em alguns momentos pontuais, mas fica também a certeza de que fica muito difícil mexer num time quando as opções no banco são reduzidíssimas.

E o ano ainda nos reservou terríveis contusões de nossos principais jogadores. Gustavo Scarpa e Sornoza, por exemplo, nossos meias de criação, tiveram fraturas que comprometeram terrivelmente a campanha, além das crônicas contusões de Wellington Silva e Douglas.

Gustavo Scarpa ficou 79 dias fora por uma entrada criminosa de Douglas Lima, do Madureira, mas é bom lembrar que, retornando no final de jogo de estreia do Brasileirão, repetiu o feito de Conca em 2010, completando hoje as 38 partidas do clube na competição, uma pena que muitas delas ainda sem a sua melhor forma, difícil de ser recuperada após uma fratura. Ainda assim foi um dos líderes de assistências no campeonato, e eu particularmente acho que vaiá-lo é uma grande injustiça, embora entenda que cada um possa ter seu entendimento da questão.

Enfim, Amigos Tricolores, hoje é dia de despedida do ano no Maraca, dia de conseguir uma vitória na luta por uma importante vaga de Sul-Americana, dia de Henrique Dourado ter a chance de se isolar na artilharia da competição.

Dia, enfim, do time honrar a camisa do Fluminense, pois a cada vez que entra em campo tem que haver este compromisso, esta missão!

Porque, apesar de um ano tão difícil,…

…O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

 PAULONENSE / Explosão Tricolor



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