Dificuldade para criar jogadas, manutenção de Fred entre os reservas e muito mais: leia a entrevista coletiva de Odair Hellmann




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.





Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o
Grêmio

Após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o Grêmio, na noite deste domingo (09), o técnico Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O treinador falou sobre o revés diante do time gaúcho, dificuldade para criar jogadas, posicionamento dos zagueiros, manutenção de Fred entre os reservas, conversa com Renato Gaúcho e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Derrota para o Grêmio 

“O jogo na minha avaliação foi igual em todos os aspectos. Acho até que em termos de situações perigosas, talvez a gente tenha criado uma ou duas a mais. No primeiro tempo, até os 20 ou 25 minutos estávamos muito bem, criamos a nossa oportunidade com o Evanilson em uma boa triangulação. O Grêmio tem essa de posse de bola, já está há quatro anos jogando juntos, mas mesmo assim não conseguiu criar tanta situações de gol. Depois a segunda bola começou a ficar um pouco mais com eles, isso deu volume, mas não foi transformado em situações de perigo.

Acabaram sendo mais efetivos porque aos 44 fizeram o gol em uma bola colocada para o Diego Souza, que cai no chão, a bola bate na perna de um, de outro, e faz o gol em momento ruim, que são início, finais de tempo e de jogo. É uma situação que a gente sempre comenta e trabalha para não tomar. No segundo tempo criamos oportunidades, o Grêmio abaixou a linha de marcação, e a gente deu espaço ao ir buscar o resultado, acaba se expondo um pouco mais. Mesmo assim tomou um ou dois contra-ataques mais perigosos. Mas criamos, a diferença no jogo foi a efetividade.

Os números técnicos também colaboram para isso que estou dizendo, nós com finalizações e posse um pouco maior, e isso não traduziu o resultado. (…) Hoje até acho que merecíamos um resultado diferente por tudo que se criou e fez dentro do jogo.”

Dificuldade para criar jogadas

“Eu vou concordar em partes. Acho que contra o Botafogo criamos poucas finalizações perigosas, que fizessem o goleiro trabalhar. Nós tivemos até um bom número de finalização para a posse que teve, foram 600 e tantos passes. Por esse volume realmente precisa ser mais efetivo e finalizar com mais força, estamos trabalhando esse aspecto. Hoje o enfrentamento foi diferente. Conseguimos criar oportunidades que aumentam chance de gol. As situações foram iguais nesse sentido. Criamos situações perigosas até a mais que o Grêmio. Mas a efetividade nessas finalizações fez diferença.

Mesmo que a jogada do gol não tenha sido de construção. Ele tentou fazer o pivô, caiu, a bola subiu, o Alisson dominou de cabeça, tentou ajeitar, a bola bateu no pé de alguém e acabou sobrando. Não foi situação tanto de construção, mas de atenção. São gols que não pode tomar para não deixar passar a oportunidade de ir para o intervalo igual. Criamos com a posse que tivemos. É continuar fazendo esses trabalhos individuais, de finalização, de confrontos, táticos também, de composição, parte coletiva, e conseguir continuar criando para transformar essa posse em finalizações perigosas.”

Ausência de torcedores

“Mostrou que visitantes tiveram bom lastro de vitórias. É o que mostra por exemplo esses números de hoje. Todos sabemos que o Grêmio em casa tem superioridade, por mais que o adversário jogue bem, tem um enfrentamento muito difícil. É um time já adaptado e entrosado, que tem imposição através da posse (de bola), qualidade. Mas hoje os números da parte técnica, finalizações, posse, até de chances perigosas, foram parecidos. O que mostra que há um equilíbrio sem torcida, acaba diminuindo um pouco a diferença fora de casa. Vamos ter muitas surpresas nesse Brasileiro.”

Posicionamento de Nenê

“Nenê não é ponta, vou falar mais uma vez. A visualização do contexto de jogo, da parte tática, vou continuar batendo toda hora nesses rótulos, eles não são trabalhados aqui dentro. O Nenê não é ponta, tem toda liberdade como meia para jogar entre as linhas, dar profundidade ao lateral… Todos os movimentos que são treinados são feitos 95% entre linhas, jogar mais nas costas dos marcadores do que de ponta. Da mesma forma o Marcos Paulo do outro lado.”

Posicionamento dos zagueiros

“Tanto o Nino, quanto Ferraz, Luccas e Digão, eles independem do lado que jogam. Eu sempre pergunto, um tem um pouco mais preferência por um lado do que pelo outro, mas os quatro não têm esse problema, eu converso antecipadamente.”

Manutenção de Fred entre os reservas

“Sempre tem papo, conversa, com total transparência e tranquilidade.”

Conversa com Renato Gaúcho

“Renato é um cara que respeito muito, quatro anos à frente do Grêmio fazendo um excepcional trabalho. Mesmo mudando de um ano para o outro, conseguindo manter qualidade de jogo e entrosamento. Fomos ali bater um papo, saber como estão as coisas do Rio de Janeiro. Ali foi um papo, trocar experiências, e parceira e o respeito continuam.”

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Por Explosão Tricolor 

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