Direito de pensar grande




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Fim do turno do Brasileirão, ou melhor, quase fim já que alguns times estão com jogos a menos. Na minha visão, isso é bizarro, ainda mais se considerarmos que o São Paulo, que está na quinta colocação, tem três jogos a menos, ou seja, pode assumir a liderança.

Independentemente de qualquer coisa, o Fluminense acumulou uma boa gordura na primeira metade do campeonato. Com toda sinceridade, terminar o turno com 32 pontos foi um baita alívio para a torcida tricolor.

Na quarta colocação, mas com possibilidade de perdê-la por conta dos jogos a menos do São Paulo, o Fluminense entrará no returno bem posicionado para se consolidar de vez na luta por uma vaga na próxima edição da Taça Libertadores da América. Porém, a missão não será das mais fáceis, pois os três próximos jogos serão contra Grêmio, Palmeiras e Internacional. Com base nos percentuais de aproveitamento dos times de G-4 e G-6 das edições anteriores do Campeonato Brasileiro, o Tricolor precisa garantir, no mínimo, de 5 a 6 pontos nestes três jogos.

Em termos de título, sigo com os pés no chão, pois o Fluminense iniciou a competição com o pensamento de fazer os famosos 46 pontos. Inclusive, essa pontuação virou uma espécie de lenda na torcida tricolor por causa de 2009. Apenas naquela ocasião foi necessário fazer essa pontuação para escapar. No ano passado, por exemplo, o Cruzeiro terminou na décima sétima colocação, com 36 pontos. Ou seja, 37 pontos já seriam suficientes para escapar. Em 2018, foram necessários 43 pontos.

A caminhada até  final de fevereiro será longa, mas o Fluminense tem uma oportunidade de ouro para encará-la. Ao contrário dos anos anteriores, o ambiente interno está bem blindado, o foco está apenas no Brasileirão e o elenco está muito unido. Isso tudo faz diferença.

Sob os pontos de vista técnico e tático, há brecha para melhorar. Seria interessante, por exemplo, contratar um lateral-direito e um meia de criação para serem titulares. Acredito que deixaria o time mais encorpado. Outra situação que deveria ser considerada é a de utilizar um ou outro garoto da base. O atacante John Kennedy, do Sub-20, está voando. Mesmo com apenas 18 anos, o garoto está salvando até o Sub-23. Já o Miguel, confesso que desisti. Só quero ver como terminará essa história quando o contrato dele tiver próximo do fim…

No restante, é torcer pelo crescimento de jogadores como o Marcos Paulo e Fernando Pacheco. O André como titular também pode ser um caminho interessante por mais que o Hudson seja um dos homens de confiança do Odair Hellmann. Respeito a forma de trabalhar do técnico, mas não concordo mesmo sem jamais ter dado dois treinos na vida.

Agora é aguardar a bola rolar no próximo domingo. Sem criar ilusões, mas com o legítimo direito de pensar grande, pois ISSO AQUI É FLUMINENSE!

Forte abraço e ST

Vinicius Toledo