Dirigente do Atlético-PR detona os clubes cariocas e paulistas, distribuição de cotas de TV e imprensa 




Em entrevista concedida ao canal do oficial do Atlético-PR, o presidente do Conselho Deliberativo do clube rubro-negro de Curitiba, Mário Celso Petraglia, não poupou críticas ao grupo dos doze grandes clubes do futebol brasileiro. O dirigente do clube paranaense detonou, principalmente, os oito maiores de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) e Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco).

Segundo Petraglia, estes são, de forma imerecida, os que mais recebem atenção da mídia e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

– No Brasil, a imprensa, a mídia, considera 12 clubes. Nós não temos um passado de Nilton Santos, de Didi, de Garrincha. Num estado que não tem tradição desportiva, não só no futebol. Não sendo maior, temos que procurar ser o melhor. Nós não entendemos e não nos conformamos em ganharmos menos que aqueles clubes que nós superamos, ultrapassamos. Pegar um Botafogo: ele tem história para contar, mas não tem presente. Então ficam pagando para eles pelo passado. E quem começou agora? Morre pária? É contra esse cartel que luto – declarou Petraglia, que ainda falou sobre o cenário ruim do futebol carioca: 

– Como estão os quatro? Menos o Flamengo, que está aí num projeto de reestruturação, pagando o passado. Mas não tem estádio, não tem centro de treinamento para o profissional. Então os outros três, sem demérito nenhum, instituições centenárias que ajudaram o futebol brasileiro, mas numa análise atual, o Vasco: São Januário acabou. Politica, econômica, financeira e patrimonialmente (destruído) – afirmou Petraglia.

O dirigente do Atlético-PR também não poupou críticas aos clubes paulistas:



– Corinthians [está] com problemas seríssimos. O Santos é um clube do interior, com todo respeito ao grande Pelé, e hoje o Santos é muito mais o Santos do Pelé, do que o Pelé do Santos. São Paulo, perdeu o trem bala da Copa do Mundo e perdeu-se. Tem o Morumbi, que precisa ser reformado. Tem um CT muito bom, mas é separado. O Palmeiras é uma grande instituição também, tenho grandes amigos lá, vem numa recuperação grande, mas me parece uma Unimed no Fluminense. De repente foi embora, por que não lhe convinha mais a parceria, e aí? – opinou Petraglia, que aproveitou a oportunidade para exaltar a independência do Atlético-PR:

– É o único clube que não tem empreiteiro. Falam que o Atlético deve, 200, 300, 400 milhões; mais cedo ou mais tarde todo mundo vai ficar sabendo qual é o saldo devedor. Temos propriedades para pagar com sobras isso. Alguns (clubes) fizeram, mas estão dependentes por décadas dos seus parceiros. Caso do Palmeiras com a WTorre, do Grêmio com a OAS, do Internacional com a Andrade Guitierrez, do Corinthians com a Odebrecht. Nós não temos. Tivemos o apoio e a compreensão, foi um trabalho recíproco, nós ajudamos a comunidade, a cidade e o Estado, a vir a Copa do Mundo, e eles nos ajudaram a construir o estádio. Foi um ganha-ganha. E não teve, nem poderia ter, Lava Jato na nossa vida – finalizou.

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Por Explosão Tricolor

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