DNA da mediocridade




Roger Machado (Foto: Reprodução / FluTV)

Empate desastroso com o Barcelona de Guayaquil, mas que não causa surpresa aos verdadeiros tricolores. Sim, quando digo verdadeiros tricolores, estou falando de quem realmente tem o conhecimento da grandeza do Fluminense. É bem verdade que o elenco tricolor não é de primeira linha. Porém, isso não pode ser motivo para justificar um time engessado e que não sabe o que fazer com a bola.

Honestamente, não vejo nenhum tricolor exigindo um futebol envolvente e extremamente ofensivo, pois todos possuem a consciência das limitações do elenco. No entanto, isso não significa que a torcida tenha que aceitar um time com o DNA da mediocridade em que o técnico Roger Machado mesmo já disse que as oportunidades criadas durante os jogos não serão muitas.

Infelizmente, o time não sabe o que fazer com a bola, pois é pessimamente treinado. Não há intensidade na troca de passes e nem na movimentação. Até a jogada de bola parada, que foi muito decisiva na temporada passada, foi exterminada. 

Contra o Barcelona, o primeiro tempo do Fluminense foi de doer, mas que acabou sendo mascarado por causa do famoso “gol cagado”, que já faz parte da cultura derrotista do “Novo Fluminense”, que de novo não tem nada, pois o clube segue sendo conduzido por filhotes oriundos dos velhos feudos de um modelo social ultrapassado e altamente prejudicial aos interesses esportivos do futebol.

No segundo tempo, o Fluminense até voltou melhor, porém, com dificuldade para executar o acabamento das jogadas. Finalização por cima do gol do Egídio, Fred chegando atrasado para cabecear, tabelas pela metade, etc… O time até teve atitude, mas parece que os jogadores já perderam o jeito de como construir até uma básica ação ofensiva.

A virada do Barcelona veio através de um pacotão de falhas individuais do Marcos Felipe, Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Martinelli. Porém, vale lembrar que a questionável saída do Luiz Henrique enfraqueceu defensivamente o lado direito tricolor. Outro detalhe que merece ser lembrado é que os equatorianos chegaram ao segundo gol com um jogador a menos. 

No apagar das luzes, o Fluminense salvou um empate. Considerando a regra do gol qualificado, o placar de 2 a 2, em pleno Maracanã, foi terrível, porém, é menos pior que uma derrota, mas o sentimento de indignação é grande.

É possível avançar à semifinal da Copa Libertadores, mas será necessária uma mudança de postura, pois o próprio Roger Machado já falou que o time não é de criar muito durante os jogos, porém, o Fluminense precisará uma vitória ou um empate a partir do placar de 3 a 3…

Observações:

– Marcos Felipe vem realizando uma boa Libertadores, mas falhou no primeiro gol. No pênalti, a impressão que ficou é a de que também dava para ter evitado.

– Sobre o meio de campo, sigo achando que o André deveria entrar para atuar à frente da zaga para liberar a dupla Martinelli e Yago Felipe.

– Fred fez o gol de empate através de pênalti, mas verdade seja dita: o ídolo fez hora extra. Já deveria ter saído no início do segundo tempo.

– O Cazares é frustrante.

– Volta Marcão!

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Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo