
E agora, Fluminense?
(por Lindinor Larangeira)
Copo meio cheio e meio vazio. Cabe a cada um fazer sua própria interpretação. A minha sempre se baseia na realidade. E na real, o Fluminense está classificado para as oitavas de final do Mundial de Clubes da FIFA. É um dos 16 times da elite dos campeões. Amealhou cerca de R$150 milhões aos seus cofres.
Tudo perfeito, tudo bacana? “Nem tudo pode ser perfeito, nem tudo pode ser bacana”, já cantava o poeta Benito di Paula. Mas como o real é o presente, que se tenha aprendido com as lições de um passado bastante recente.
Criticar o treinador e os jogadores?
A única crítica possível e plausível deve ser direcionada aos dirigentes. Com um ano e sete meses de tempo, um elenco mais equilibrado poderia ter sido montado para esse torneio histórico. A gestão amadora da dupla Mário e Angioni também legou outro mico, quando o único reforço contratado, o baixinho Soteldo, contundido, nem poderá jogar a competição.
Não é responsabilidade de Cano, visivelmente sem condições físicas e ritmo de jogo, ou de Everaldo, aí a falta é de condição técnica mesmo, de que o elenco não tenha um centroavante confiável na Copa. A palavra planejamento parece ser maldita para os cartolas tricolores…
Portanto, a crítica deve ser dirigida a quem de direito. Renato pegou o bonde andando e está colocando nos trilhos. Everaldo, Paulo Baya e outros, não pediram para serem contratados.

Classificado, mas…
Um primeiro jogo de dominância, que colocou o Fluminense em destaque na imprensa esportiva internacional. Duas partidas que foram verdadeiro testes para cardíaco. Virada no peso da camisa e na imposição física. Cautela exagerada e excessivo apego ao regulamento.
Qual é então o Fluminense que vai entrar em campo daqui para frente? Prefiro o time que enfrentou de frente o Borussia. Adicionando a esse jogo a eficiência ofensiva e a raça apresentada contra o Ulsan. Já da partida contra o bom time do Mamelodi Sundowns, a presença segura de Fábio, o goleiro com mais jogos sem sofrer gol na história do futebol, e a tremenda sorte de quem não entrou em campo até a parada para hidratação e tomou um banho de bola dos africanos.
Sobre Mamelodi x Fluminense
Depois do tempo técnico, Renato ajeitou o time, corrigindo o posicionamento e a marcação encaixou um pouco melhor. O suficiente para equilibrar o jogo e não dar tanto trabalho a São Fábio das Laranjeiras.
Ainda no primeiro tempo, o pusilânime juiz poderia e deveria ter expulsado o capitão Mokoena, com o segundo cartão amarelo. Quem amarelou foi o árbitro, que aliás, pendurou praticamente todo o time do Fluminense.
Na segunda etapa, jogo morno, apesar do calor intenso, e poucas chances de gol. Fábio não fez uma defesa difícil sequer. O empate veio com a sensação de alívio.

Que venha a Inter de Milão
Segunda-feira é guerra. A previsão do volante Bernal se confirmou: o adversário é o atual vice-campeão europeu, a Inter de Milão.
Mais um gigante europeu no caminho do Fluminense. O time milanês joga num esquema 3-5-2, onde os laterais participam ativamente, sempre buscando as conclusões do artilheiro argentino, Lautaro Martinez, capitão e referência técnica da equipe. Um time muito forte, porém, pelo que apresentou nesta Copa, teremos um jogo na segunda-feira.
Como encarar a força dos italianos?

A primeira coisa é entrar com o espírito da estreia: foco, atenção e intensidade. Escalaria o time que encurralou o Borussia, com Serna na vaga de Everaldo. O colombiano, com a força física e a dedicação que tem, poderia ser uma alternativa para fazer a marcação alta no trio de zaga italiano, dificultando a saída de bola do adversário.
Keno pode ser uma ótima opção para o segundo tempo, para inibir as subidas do ala direito Dumfries, um dos principais desafogos da Inter.
Ou seja: o time deve entrar ligado. Jogar compacto. De forma solidária, como sempre fala o treinador (“Um ajudando o outro”). Respeitar o adversário, sem renunciar à coragem de jogar.
A 1ª Copa do Mundo de Clubes da Fifa, que já entrou para a história, se realiza nos Estados Unidos. Lá, existe uma expressão: “underdog”, que aqui no Brasil, pode ser traduzida como azarão. O Fluminense é um dos “underdogs” da competição. Mas, às vezes, o azarão surpreende.
PS1: Esse chileno Allende caberia bem no elenco do Fluminense.
PS2: O volante Mokoena também, como o brasileiro Lucas Ribeiro.
PS3: Coloque a coragem novamente em campo, Renato.
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