E se fosse o Fluminense, Sr. Neville Proa?

Só um aviso: “SEM DAR MOLE, FLUMINENSE!” Não entrarei no mérito das questões financeiras do nosso atual patrocinador. Cada um sabe do seu bolso e isso deve ser respeitado por todos. Assim como um contrato também deve ser rigorosamente respeitado por todas as partes envolvidas.

O Sr. Neville Proa, presidente da Vitton 44, alega que a crise econômica no país é o motivo da rescisão contratual com o Fluminense, mas como ele explica o recente acerto de patrocínio com o Santos para o clássico contra o São Paulo? Na semana passada, ele comentou sobre o acerto com o clube santista:

“A nossa marca é muito forte no Rio de Janeiro e queremos torná-la ainda mais forte em São Paulo, onde temos uma grande fábrica, na cidade de Ribeirão Preto. E nada melhor do que colocar o Guaraviton na camisa de uma dos times mais admirados do mundo. Entendemos o momento difícil que vive o país, mas o Santos é mundialmente conhecido e muito querido por torcedores de outras equipes. Ações como essa, que faremos no clássico, com certeza terá frutos a curto e médio prazo, tanto para a empresa como para o Peixe”.

Além disso, de acordo com o jornalista José Roberto Malia, que trabalhou na “ESPN Brasil”, o Santos e a Vitton 44 voltaram a negociar e estão prestes a fechar um contrato para 2016. O conceituadíssimo colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”, também confirmou essa informação. E aí, como ficaremos nessa parada, Fluminense?

Não vou me alongar sobre o Sr. Neville e a Vitton 44, pois acho que é perda de tempo, já que existe um contrato, e desde que me entendo por gente, se assinou, tá assinado e tem que cumprir. 

Torço para que a diretoria do Fluminense não abra mão da provável rescisão prevista no contrato, pois 2016 já está aí e o planejamento do futebol não pode levar este duro golpe sem um ressarcimento para aguentar o tranco até encontrarmos um novo patrocinador.

O cenário é preocupante, pois o país atravessa uma gravíssima crise econômica, e conseguir um bom patrocinador neste atual cenário, não será tarefa das mais fáceis, e o que é pior, pode acabar fazendo com que o Fluminense feche algum negócio na base do desespero.

Para não dizerem que sou radical, concordaria com uma rescisão amigável, caso o patrocinador tivesse tido mais zelo com a imagem do Fluminense, entretanto, ele andou dando umas declarações totalmente desnecessárias e nos expondo publicamente de uma forma não muito legal. Só para relembrar:

“Achei um absurdo. Absurdo. Fazer treino fechado? Evitar que o torcedor se aproxime do craque? Pra que isso? Não concordo com essa prática e sempre que me perguntarem vou dar a mesma opinião. Estão ganhando um dinheiro que pagamos e o resto que se dane. Não é preciso nem falar”- Criticando a decisão do Fluminense em fechar os treinos e vetar as entrevistas coletivas após as atividades no dia 30/07/2015.

“Se houver uma condição de não continuar com a parceria, não vou continuar. Nosso movimento caiu, as vendas estão ruins. Infelizmente, tive que demitir 170 pessoas. Isso é por causa do jeito que está a situação brasileira. O Fluminense é maravilhoso, mas não posso pagar um patrocínio caro se não tenho dinheiro. Não está adiantando. Se houver possibilidade de bloquear em outubro, vamos fazer. Ainda não fui lá para conversar com eles. Dependendo da coisa, quando terminar esse mês, se não der uma melhorada…” – Falando publicamente sobre sua situação financeira e criando um péssimo clima de instabilidade nos bastidores do elenco, administrativo, jurídico e político do Fluminense no dia 01/09/2015.

Galera, isso aqui é Fluminense! Não podemos aceitar este tipo de tratamento e exposição vinda de um cara que pensa que é o dono do mundo e pode sair por aí expondo particularidades do clube.    

De qualquer forma, vamos ficar de olhos bem abertos para o desfecho dessa história. Espero que o presidente Peter Siemsen tenha alguma carta na manga e consiga conduzir esta questão sem causar perdas ao Fluminense.

Para quem não concorda comigo, só digo uma coisa: inverta os papéis dessa história e tente imaginar o Fluminense rescindindo o contrato sem dar uma prata de rescisão para o outro lado da história. Com toda sinceridade, alguém acredita que o Fluminense sairia ileso?

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor 

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